No início da tarde desta terça-feira (3), a Companhia Independente de Policiamento Especializado Sudoeste (CIPE/Sudoeste), deu apoio a revistas nas celas do Conjunto Penal de Brumado. Os detentos começaram princípio de motim no dia anterior.
Participaram da operação o Grupamento Especializado em Operações Prisionais (GEOP). Os presos foram monitorados durante a madrugada, não havendo nenhuma intercorrência no período.
Conforme a polícia, diante de novo início inquietação, foi determinada a realização de revista prisional. Foram cerca de 4h revistando tudo e todos na unidade prisional.
A revista ocorreu sem haver alterações. O Conjunto Penal de Brumado voltou a normalidade. Conforme a polícia, nenhum material ilícito foi encontrado.
O vice-presidente do União Brasil e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, criticou o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), após a divulgação de um estudo do Instituto Sou da Paz, que apontou o estado como o pior índice de esclarecimento de homicídios dolorosos do país. Segundo o levantamento “Onde Mora a Impunidade?”, apenas 15% das 4.719 ocorrências registradas em 2022 foram esclarecidas pelas autoridades baianas.
“Onde mora a impunidade no Brasil? Essa pergunta foi feita recentemente em um estudo nacional e, infelizmente, a resposta é que o estado campeão em impunidade em todo o nosso país é o estado da Bahia. Aqui na Bahia, apenas 15% dos homicídios dolosos, ou seja, aqueles onde a intenção de cometer o crime é claro, são esclarecidos. Significa dizer que 85% de todos os homicídios praticados em nosso estado simplesmente ficam impunes, sem a vida eterna”, afirmou Neto.
O ex-prefeito destacou que a falta de proteção cria um ambiente favorável para a ação de criminosos. Ele também criticou a estrutura da Polícia Civil, que, segundo ele, não recebe condições de trabalho, comprometendo as investigações. “A gente observa, por exemplo, a Polícia Civil sem condições de trabalho. Aliás, os policiais civis muitas vezes trazem declarações públicas contundentes sobre a falta de condições de trabalho. Então, a Polícia Civil fica sem ter condições materiais, de estrutura operacional, para promover as investigações possíveis, e aí dá no que está dando, ou seja, a impunidade só faz crescer no estado da Bahia”, destacou.
Neto também comentou sobre o recente episódio de violência em Boipeba, onde uma guerra de facções descoberta na morte de três pessoas e deixou outras duas feridas. Para ele, esse caso exemplifica como a violência tem se espalhado por todas as regiões do estado. “Quem poderia imaginar que em Boipeba iria acontecer guerra de facção, luta de crime organizado, que acabou, infelizmente, significando a morte de três pessoas, além de duas outras que morreram. E acontece esse tipo de coisa hoje em dia em todo o nosso estado”, lamentou.
ACM Neto responsabilizou diretamente o governador pela situação de impunidade e violência na Bahia. “Ó governador Jerônimo Rodrigues, o que é que ele faz? Perto dos olhos, finge que está tudo bem, que está tudo dando certo, que a Bahia é um estado absolutamente tranquilo, seguro, onde não há crime. E aí, é claro, essa passividade, essa omissão e essa falta de reconhecimento do governador acabam contribuindo para a impunidade do nosso estado”, disse.
Ele ainda defendeu que, com uma gestão mais comprometida e estruturada, a situação poderia ser revertida. “Se o governador chamasse a responsabilidade para si, determinasse as medidas possíveis e, sobretudo, essa condição de trabalho à polícia, além, é claro, de fazer um trabalho coordenado com o Ministério Público, com o Poder Judiciário, com a sociedade civil, tudo seria diferente no estado da Bahia”, concluiu Neto.
Uma mulher que estava grávida de 12 semanas foi assassinada com um tiro de espingarda em Barra, cidade do oeste da Bahia, na madrugada de segunda-feira (2). O companheiro dela e pai do bebê é apontado como principal suspeito do crime e é procurado pela polícia.
Segundo informações da TV Oeste, afiliada da Rede Bahia na região, o casal se relacionava há 8 meses. Luzinete dos Santos Silva, de 32 anos, foi morta dentro de um carro, em um trecho da BA-161, na localidade de Alto do Junco. Ela não resistiu e foi a óbito no local.
O corpo da vítima foi levado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), onde passou por necropsia, e foi sepultado na tarde desta terça-feira (3), na zona rural do município.
Ela deixou quatro filhos menores de idade, frutos de antigos relacionamentos. O caso é investigado pela Delegacia Territorial de Barra. Ainda não há informações sobre a motivação do crime.
A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) divulgou um relatório, nesta terça-feira (3), em que defende a não renovação do contrato da Neoenergia Coelba, companhia responsável pela distribuição de energia elétrica no estado. O documento, produzido pela Subcomissão de Acompanhamento da Execução do Contrato da Coelba, alerta sobre falhas recorrentes nos serviços prestados pela empresa, que atende mais de 6,6 milhões de consumidores.
A renovação do contrato, já solicitado pela Coelba até 2057, é vista como insustentável diante dos impactos negativos no desenvolvimento econômico e social da Bahia.
O relatório, que se baseia em quatro audiências públicas realizadas pelo legislativo estadual, destaca as frequentes interrupções no fornecimento de energia, a alta quantidade de reclamações em órgãos como Procon/Ba e “Reclame Aqui”, e os mais de 44 mil processos judiciais contra a empresa, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além disso, aponta a falta de infraestrutura adequada, como redes modernizadas e novas subestações, como fatores que limitam o crescimento de setores importantes, como a agricultura e a indústria, especialmente em regiões como o oeste baiano.
“Setores econômicos importantes, como a indústria de laticínios, relatam prejuízos consideráveis devido à falta de energia ou falhas no fornecimento. Um exemplo citado durante as discussões foi o caso de produtores de leite na região de Itabuna, que perderam toda a produção devido à falta de energia elétrica por vários dias. No oeste da Bahia há produtores que precisam utilizar óleo diesel para garantir a continuidade da sua produção. Indústrias, em áreas urbanas e com pólos consolidados, como Camaçari e Feira de Santana, também enfrentam dificuldade de expansão de suas atividades”, enfatiza o relatório, assinado pelo deputado Robinson Almeida. “Regiões agrícolas importantes, como o oeste baiano e o território de Irecê, enfrentam dificuldades para crescer devido à insuficiência de infraestrutura elétrica”, observa. “Isso tudo sem contar os problemas enfrentados, diariamente, pelos consumidores residenciais”, afirma.
Outro ponto crítico é o aumento das tarifas de energia, autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Entre 2020 e 2024, a Coelba aplicou reajustes que somam 45,59%, colocando a Bahia entre os estados com as tarifas mais caras do Brasil, à frente de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, por exemplo. Embora a empresa tenha adotado maior transparência em 2024, o relatório ainda questiona a eficiência da comunicação e a gestão da Coelba, que deixou de fornecer informações detalhadas sobre investimentos ao longo da concessão.
O documento também critica a regulação da ANEEL, por ser “excessivamente leniente com as distribuidoras de energia e por não levar em conta as especificidades locais da Bahia, como a falta de energia em regiões mais isoladas e de difícil acesso”.
Ao final, a análise levanta sérias preocupações sobre a capacidade do grupo Neoenergia em assegurar a qualidade e a continuidade dos serviços, contribuindo com o desenvolvimento sustentável do estado da Bahia.
“A análise dos problemas no período de concessão da Coelba demonstra que a empresa do grupo Neoenergia tem falhado em vários aspectos operacionais e de planejamento. Diante dos evidentes déficits na prestação de serviços e na incapacidade de cumprir com os padrões regulatórios e de qualidade, a renovação da concessão da Neoenergia Coelba não é justificada. É recomendável que o processo de concessão seja revisado e que a possibilidade de uma nova licitação do serviço seja considerada, dado o quadro existente”, concluiu o relatório, que defende a revisão do modelo de privatização do setor elétrico no Brasil.
O vice-prefeito eleito de Santa Cruz Cabrália, Cláudio Xêpa, e seu filho Xande, foram assaltados nesta terça-feira (3) nas proximidades de Ponto Central, distrito de Cabrália, cuja via vicinal dá acesso à fábrica da Veracel Celulose e à BR 101.
De acordo com o site Bahia 40 Graus, Xêpa que é do PDT, seguia com o filho para Ilhéus. Em dois carros, os assaltantes sequestraram o vice-prefeito eleito e roubaram pertences (incluindo o celular).
Xêpa e seu filho foram libertados numa região remota da cidade e tiveram de andar longo trecho a pé para pedir ajuda, porque estavam sem celular e os bandidos levaram o carro.
Ainda segundo o Bahia 40 Graus, o vice-prefeito eleito e seu filho já estão em casa. Não se sabe se eles sofreram ferimentos. A polícia faz rondas na região do crime. Ninguém foi peso até agora.
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Adolfo Menezes (PSD), apontou o “medo” como o fator responsável pela falta de produtividade do Conselho de Ética da Casa, instalado em abril deste ano e que tem como principal missão analisar a situação do deputado estadual Binho Galinha (PRD).
O parlamentar, que é de Feira de Santana, é apontado pela Polícia Federal como chefe de uma organização criminosa envolvida com atividades como lavagem de dinheiro, extorsão, agiotagem, entre outros ilícitos. O deputado é o principal alvo da Operação El Pátron.
Durante o almoço com a imprensa na tarde desta terça-feira (3), Adolfo ponderou que a situação dos membros do colegiado é delicada por conta da segurança individual dos parlamentares, que viajam constantemente pela Bahia.
“Recebimento pela gravidade do problema. Em resumo, medo. Vocês viram na imprensa a gravidade e o tamanho do problema que é. Não sou eu que estou dizendo. A Justiça foi quem pegou todas as provas. Cabe ao presidente solicitar aos líderes, como foi solicitado a Rosemberg e a Alan (Sanches), mas o que é que os deputados dizem: ‘Se três juízas já correram de julgar o caso, como a gente vai entrar num negócio desse andando no interior? ‘ Eu não tiro a razão deles. O cara vai ser herói, e aí”, contextualizou o presidente.