A Justiça da Bahia manteve a prisão preventiva de Vinícius Pereira de Barros, de 24 anos, preso em flagrante em Brumado sob acusação de tráfico e armas. Buscas em imóveis ligados ao jovem resultaram na apreensão de espingarda calibre 12, munições variadas, drogas sintéticas, drone e réplica de fuzil.
Chamou atenção dos investigadores a apreensão de cartuchos .40, supostamente ligados a pistola furtada do Departamento de Polícia Técnica (DPT), usada em homicídio na cidade. De acordo com o Ministério Público, Vinícius é suspeito de integrar uma facção crimionosa e atuar como braço direito de um lidér criminoso na cidade.
Conforme a Polícia Civil, Barros teria participado do assassinato de Lamarque de Jesus Santos em Brumado, reforçando a ligação com facções violentas da região. Família do suspeito, em contrapartida, entregou declarações de boa conduta e ressaltou que o jovem trabalha como vacinador e inseminador de animais.
Garantia da ordem pública foi a justificativa do juiz Genivaldo Guimarães para manter a prisão, afirmando que medidas leves seriam insuficientes. Houve tentativa da defesa de invalidar a prisão por falhas na cadeia de custódia, mas o argumento foi rejeitado por falta de provas concretas.
Investigadores afirmam que Vinícius alternava endereços para esconder armamentos e drogas, dificultando a apreensão de arsenal de guerra. Já em audiência de custódia, o acusado alegou ansiedade, negou uso de drogas ilícitas e declarou nunca ter sofrido agressões policiais.
Laudos periciais confirmaram a natureza ilícita dos entorpecentes apreendidos, reforçando a acusação de tráfico de drogas em grande escala. Na decisão, o juiz afirmou que a gravidade dos crimes e a ligação com facção nacional tornam a prisão necessária para proteger a sociedade.
O caso segue em investigação, e a polícia ainda busca a pistola furtada do DPT, peça-chave em homicídios recentes atribuídos ao grupo. Por enquanto, Vinícius permanece preso em Brumado, enquanto a Justiça analisa novos desdobramentos do inquérito e da facção criminosa.