O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado em Manchester, no Reino Unido, que vitimou crianças e jovens em um show da cantora Ariana Grande. Morreram pelo menos 22 pessoas, além de dezenas que ficaram de feridos. A vítima mais nova tinha apenas 8 anos de idade. Em uma espécie de nota oficial divulgada pela internet, os jihadistas afirmam que o atentado foi obra de um “soldado do califado”, na guerra contra os “cruzados”, termo usado para se referir aos cristãos europeus. Até o momento as autoridades divulgaram poucos detalhes. O autor do ataque suicida foi Salman Abedi, 22 anos. Seus pais eram imigrantes vindos da Líbia, mas ele viveu por muitos anos como um típico jovem de Manchester, até ser “radicalizado” e recebido treinamento terrorista. A polícia já prendeu um homem de 23 anos, irmão de Abedi e suspeito de ter auxiliado no atentado. A primeira-ministra Theresa May realizou reuniões com a equipe governamental de resposta em situações de crise e anunciou que elevou o nível de alerta para “máximo”. Este é a primeira vez que o alerta máximo é decretado desde junho de 2007. Policiais armados e centenas de soldados do exército patrulham as principais cidades do país. May dmitiu que “um novo ataque terrorista é iminente”. Um dos motivos para acreditarem nisso é justamente o comunicado do Estado Islâmico. Os jihadistas afirmam que o ataque é uma “vingança da religião de Allah” e que seu objetivo era “aterrorizar os politeístas”, pois consideram que os cristãos adoram 3 deuses [Pai, Filho e Espírito Santo]. Também alegam ser uma “resposta às suas agressões contra as casas dos muçulmanos”, uma vez que o Reino Unido faz parte de uma coalizão que luta contra o Estado Islâmico no Oriente Médio. No final da nota, o grupo ameaça que “o próximo [ataque] contra os adoradores da cruz e os seus aliados será mais forte, mais intenso”.