O Vem Pra Rua divulgou comunicado, nesta sexta-feira (26), defendendo a renúncia do presidente Michel Temer (PMDB). Após a divulgação dos áudios entre Temer e o empresário da JBS Joesley Batista, o grupo de direita que apoiou o impeachment de Dilma Roussef (PT) suspendeu a convocação de manifestação no domingo passado alegando “motivos de segurança”. O movimento não chegou a manifestar recuo sobre a questão. Em texto publicado em suas redes sociais, o Vem Pra Rua afirma que “diante da gravidade dos fatos revelados nos últimos dias, em mais um capÃtulo que explicita a promiscuidade em que se transformou a polÃtica brasileira, defende a renúncia do presidente Michel Temer e o cumprimento integral do que determina nossa Constituição Federal”. Ainda segundo o comunicado, a retomada do crescimento do paÃs “não pode servir de escudo para a manutenção da corrupção” e “a tecnicidade da discussão sobre os áudios é irrelevante diante do que foi revelado”. “Nossa guerra é contra a corrupção”, diz o texto que não chega a falar em quem teria o apoio do movimento em caso de eleições indiretas ou diretas. Segundo o Vem Pra Rua, apesar da gravidade da crise econômica e do desemprego, o movimento “não abrirá mão dos princÃpios éticos em torno dos quais milhões de cidadãos comuns, indignados, se reuniram e protestaram nas ruas”. O comunicado, que não chega a convocar nova manifestação, é encerrado com uma lista de nomes de polÃticos que, segundo o grupo, deve ser “extirpada da vida pública”. São eles: José Sarney (PMDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Roussef (PT), Michel Temer (PMDB), Renan Calheiros (PMDB), Eduardo Cunha (PMDB) e Aécio Neves (PSDB).