O homicídio aconteceu por volta de 14h30min de 18 de agosto de 2001, próximo à igreja do Povoado Marquinhos – Distrito de Ubiraçaba, Município de Brumado, figurando como vítima o pai de família Luciano Pereira da Silva, de 48 anos, Segundo consta na pronuncia, Antônio Silva Fernandes, apelidado Antônio de Catulino, portava ilegalmente um revólver calibre 38, e efetuou cinco disparos em direção a vítima matando-o. Catulino foi pronunciado pela prática do crime previsto no art. 121, par. 2º, IV, do Código Penal (homicídio qualificado por recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima). Ainda de acordo com a denúncia, a vítima Luciano estava em visível estado de embriaguez alcoólica, trazia consigo uma garrafa de cerveja vazia, e ofendeu seu desafeto Antônio, chamando-o de “corno e ladrão”. Imaginando que a vítima pretendia jogar a garrafa no acusado, um amigo de ambos – Edvaldo Souza Aguiar interveio, determinado que ele se afastasse. Embora a vítima tenha concordado em sair, antes discutiu com o acusado Antônio, tendo este dito: “Eu vou matar ele, Didi”. Em seguida o acusado foi a sua residência. Algum tempo após a vítima se aproximou daquela casa e houve nova discussão, momento em que o acusado entrou, pegou o revólver e efetuou disparos em Luciano, sem que ele esperasse aquela reação. O acusado admitiu ter atirado na vítima, que o estaria provocando mesmo ao perceber que ele estava armado; disse que há três anos possuía aquela arma, e depois dos fatos a jogou em plantação de algodão; alegou que há um ano já havia ocorrido desentendimento com a vítima, e esta alegava que tinha uma cartucheira para matá-lo; não registrou ocorrência policial sobre a suposta ameaça por entender que não valeria a pena. Não soube informar quantos disparos efetuou em Luciano, e fez diversas outras considerações. O julgamento está marcado para o dia 08 de agosto de 2017 (terça-feira), iniciando às 8h20min. O assassino vai a Júri Popular 16 anos após ter matado o pai de família.