Além do resultado da perícia do áudio entre o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista, o relatório da Polícia Federal aponta ainda que o dono da JBS e o ex-ministro Geddel Vieira Lima atuaram para obstruir a Justiça. Os dois atuaram juntamente com Temer. Geddel “manifestou interesse na manutenção de pagamentos a (Lúcio) Funaro (operador financeiro ligado a Cunha)”, diz o texto. Joesley, por sua vez, agiu para “embaraçar investigação de infração penal que envolva organização criminosa ao manter pagamentos ilegítimos a Eduardo Cunha e a Lúcio Funaro, enquanto presos, a pretexto de mantê-los em silêncio ou de não se ver envolvido em eventuais revelações de fatos comprometedores a si próprio e ao grupo empresarial que comandava”. Nesta segunda-feira (26), o procurador geral da república Rodrigo Janot denunciou o presidente Michel Temer ao STF (Supremo Tribunal Federal), sob acusação de corrupção passiva.