O ganho real da poupança (descontada a inflação) é o melhor dos últimos 11 anos no acumulado de janeiro a julho, mostram cálculos feitos pelo economista Einar Rivero, da provedora de serviços financeiros Economatica, nesta quarta-feira (9). A rentabilidade acumulada da caderneta no acumulado de 2017 foi de 4,25%, enquanto a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 1,43% no mesmo período. O índice de julho, divulgado nesta quarta-feira, mostrou que a inflação em 12 meses foi a menor desde 2009. A poupança rende 0,5% ao mês (ou 6,17% ao ano), mais a taxa referencial (T.R.), atrelada à taxa básica de juros (Selic). “O ganho real do poupador nos sete meses de 2017 é portanto de 2,79%, que é o melhor desempenho da poupança nos sete primeiros meses desde 2006, quando o ganho real do poupador foi de 3,04%”, diz Rivero. Segundo a Economatica, desde 1995 – um ano após o plano Real – somente cinco anos foram melhores que o de 2017 no acumulado até julho. Principais aplicações em 12 meses. O melhor desempenho nos 12 meses até julho foi do Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira. O índice acumula alta nominal de 15,03% e, descontada a inflação, tem ganho acumulado de 11,99%. Segundo a Economatica, a poupança teve o terceiro melhor desempenho nos 12 meses fechados a julho de 2017 com ganho nominal de 7,85% e ganho real (descontada a inflação IPCA) de 5%. O IPCA nos 12 meses fechados a julho é de 2,71%, abaixo do piso da meta de inflação estipulada pelo governo pela primeira vez desde março de 2007, nesta base de comparação. O piso da meta é de 3% ao ano (1,5 ponto percentual abaixo do centro da meta, que é de 4,5% ao ano). Este patamar foi o menor para 12 meses desde fevereiro de 1999, quando o índice acumulou 2,24%.