Ao realizar medição precisa da antimatéria, cientistas da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN) chegaram a uma conclusão totalmente insólita. Os resultados do experimento foram publicados na revista Nature. Com a realização do experimento, os cientistas descobriram completa simetria entre a matéria e antimatéria examinada, algo que põe em dúvida a existência do universo. “Em tais condições, não deveria existir […] Ainda não entendemos onde está a diferença, mesmo estando claro que deva haver alguma”, explicou o pesquisador do estudo do Instituto RIKEN (Japão), Christian Smorra no artigo publicado na Nature. Graças ao uso de duas armadilhas Penning (uma combinação de campos elétricos ou magnéticos para captura de Ãons em uma região de um sistema de vácuo ou tubo de vácuo), ao invés de apenas uma, os pesquisadores obtiveram resultados 350 vezes mais precisos do que em janeiro deste ano. De acordo com o comunicado do porta-voz de projetos internacionais do CERN, Stefan Ulmer, “estamos diante do resultado de vários anos de esforços em investigação e desenvolvimento. Trata-se de uma das medições mais difÃceis já realizadas com uma armadilha Penning”. Não obstante, os dados obtidos pelos fÃsicos do CERN não explicam a formação da matéria no universo. “Em essência, a questão é se o antipróton tem o mesmo magnetismo que o próton. Precisamos resolver esse enigma”, indicou Ulmer. Mas o que explicaria a existência do universo? Mesmo havendo uma simetria entre matéria e antimatéria em nÃvel de partÃculas elementares, em escala cosmológica, a matéria é predominante.