A pré-candidata ao Planalto Marina Silva (Rede) disse, neste domingo (6), que fará uma “campanha franciscana” com o tempo de apenas 10 segundos na TV. O discurso aconteceu no Brazil Forum UK, um evento de debates organizado por estudantes brasileiros no Reino Unido, no auditório da Blavatnik School of Government, na Universidade de Oxford. “Eu literalmente entrei [nessa eleição] para fazer uma campanha franciscana, porque com um tempo de 10 segundos [de TV] é uma luta de Davi contra Golias. A gente vai usar esse tempo para remeter aos nossos programas na internet. É isso que dá para fazer. E é uma vez por dia só”, afirmou. Marina, em sua apresentação, lembrou suas origens humildes e voltou a defender o fim do foro especial. Disse que é contra a privatização da Petrobras, mas em relação à concessão da Eletrobras à iniciativa privada omitiu sua posição. Ela atacou o governo Michel Temer: “O melhor caminho para o Brasil era ter cassado a chapa Dilma e Temer para seguir para novas eleições, porque eles praticaram isso juntos. Quem elege o vice é o presidente da República”. A pré-candidata disse ainda que dialoga com outros partidos, mas no momento está se coligando apenas com movimentos sociais, o que seria, segundo ela, uma nova tendência diante da rejeição a polÃticos. “O Acredito, o Agora, o Brasil 21, o pessoal do Frente Favela. Em 2014 eu já dizia que era preciso fazer aliança com os núcleos vivos da sociedade. Estava surgindo um novo sujeito
“A gente tem que recuperar a potência transformadora da polÃtica. A prática é preferir sofrer justiça do que praticar injustiça. É preciso espaço de transição para colocar em campo quem está em estado de reserva”, falou.
Marina adotou tom cauteloso ao comentar gestos de estÃmulo a uma união sua com o possÃvel candidato Joaquim Barbosa. O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal é cotado para disputar a eleição pelo PSB, mas não anunciou nada oficialmente.
Na quinta-feira (3), o ex-ministro do STF Carlos Ayres Britto disse acreditar em uma aliança entre os dois.
“Eu respeito a decisão dele [Barbosa] de ter uma candidatura legÃtima pelo PSB, o que não impede que a gente mantenha pontos de diálogo partidariamente falando, porque numa eleição de dois turnos é comum que se tenha as candidaturas dos partidos que assim os desejam”, afirmou a ex-senadora.
“Ayres Britto… Eu sou amiga dele. Ele é amigo do Joaquim, mas nós não conversamos sobre isso”, disse ela a jornalistas no fim do evento. Com informações da Folhapress.