Na manhã da última sexta-feira (21), o debate sobre a construção da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol) foi retomado. Uma audiência pública, coordenada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), foi realizada no Hotel Praia do Sol, em Ilhéus, no Sul da Bahia.
O evento, faz parte do processo para concessão do trecho entre Ilhéus e Caetité que, de acordo com o Governo Federal, está prevista ainda para este ano de 2018. Na terça-feira (25), uma nova audiência pública acontece em Brasília.
“O objetivo aqui é colher contribuições para os estudos que foram realizados na concessão da Fiol e submeter à sociedade para que ela possa apreciar esses estudos”, explicou o superintendente substituto de Ferrovias da ANTT, Fernando Formiga.
O próximo passo é analisar as contribuições feitas nas audiências e editar um relatório final com conclusão desses estudos e, então, prosseguir com a licitação.
O secretário da Casa Civil do Estado, Bruno Dauster considera que as audiências são passos fundamentais para as obras da Fiol.
Ele relembra que em 2016, o Estado da Bahia foi à China propor às empresas China Railway Engineering Corporation (Crec) e China Communications Construction Company Ltd (CCCC) que estudassem a possibilidade, entre outros projetos na Bahia, de tocar a Fiol, uma obra Federal, sob responsabilidade da ANTT e do Ministério dos Transportes.
Em setembro de 2017, durante viagem à China, a Bahia Mineração (Bamin) e seu acionista Eurasian Resources Group (ERG), juntamente com o poder executivo baiano, assinaram um Memorando de Entendimento (MOU) com um consórcio chinês para o financiamento do projeto integrado da Fiol, do Porto Sul, e da mina de Pedra de Ferro.
O MOU faz parte do conjunto de esforços que a Bahia vem fazendo para reaquecer as obras da Fiol, por entender a importância do equipamento para o escoamento de minérios e a produção de grãos do oeste da Bahia, favorecendo o desenvolvimento do estado.
Dauster explica que esse consórcio pretende viabilizar o primeiro trecho da Fiol e o Porto Sul, já que uma obra depende da outra para cumprirem suas funções.