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7 de março de 2024
Brasil

Avaliação negativa do governo Lula cresce e vai a 34%, aponta pesquisa Quaest

A avaliação negativa do governo Lula (PT) cresceu e alcançou 34%, enquanto a positiva caiu para 35%, aponta pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (6). No levantamento anterior, em dezembro, 36% tinham avaliação positiva e 29%, negativa. A parcela que tem opinião regular sobre o governo petista era de 32%, e agora está em 28%.

Não responderam ou não souberam 3%. A pesquisa ouviu presencialmente nesta rodada 2.000 pessoas dos dias 25 a 27 de fevereiro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

No recorte dos segmentos da população, a taxa de respostas negativas deu um salto entre os evangélicos, grupo que abrange cerca de um terço da população. A avaliação negativa era de 36% há três meses e agora foi a 48%.

No último mês, o presidente se envolveu em polêmica ao comparar a ação de Israel na Faixa de Gaza com o Holocausto. Acharam essa declaração exagerada 60% dos entrevistados no levantamento, ante 28% que não viram exagero.

A Quaest também perguntou especificamente se o entrevistado aprova ou desaprova o trabalho do presidente. Disseram que aprovam 51% dos entrevistados, ante 46% que responderam desaprovar. Em dezembro, o placar estava em 54% a 43%.


6 de março de 2024
Brasil

Agência Nacional de Energia Elétrica aprova redução de 37% na taxa extra cobrada na conta de luz

Foto Sudoeste Acontece

De acordo com uma reportagem do Metrópoles, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (5) a redução de até 37% nos valores das bandeiras tarifárias – taxas extras cobradas na conta de luz para custear usinas mais caras, quando o quadro de geração apresenta piora no país. Segundo a Aneel, a medida foi aprovada para o ciclo de 2023/2024, como resultado do “cenário hidrológico favorável”, além da “grande oferta de energia renovável e dos alívios verificados no preço dos combustíveis fósseis no mercado internacional”.

O Metrópoles aponta que o sistema de bandeiras foi criado em 2015 e mostra o comportamento dos custos variáveis da geração de energia elétrica. Ele usa um mecanismo de cores similar a um semáforo, que vai do verde, passa pelo amarelo e segue até o vermelho, o pior estágio. Ainda segundo a reportagem, quando a geração de energia por hidrelétricas cai, a Aneel aciona as bandeiras para custear as usinas termelétricas, cuja operação é mais cara. As cores amarela e vermelha representam maior custo para o consumidor na conta de luz.

A Aneel não aciona as bandeiras amarela ou vermelha desde abril de 2022. Na ocasião, elas foram utilizadas como resultado da crise hídrica registrada no ano anterior. A bandeira verde está em vigor há quase dois anos, sem custo extra para o consumidor, e a estimativa é de que continue nessa mesma cor até o fim deste ano. A Aneel informou que, agora, se utilizada a bandeira amarela, o consumidor vai pagar 36,9% a menos do que desembolsaria antes. Com a vermelha 1, o valor cai em 31,3% e, com a vermelha 2, em 19,6%, complementa o Metrópoles.


4 de março de 2024
Brasil

Ninguém acerta as seis dezenas sorteadas e Mega-Sena acumula em R$ 205 milhões

Por Washington Tiago

Foto Reprodução

Ninguém acertou as seis dezenas 15-17-32-33-34-40 e a Mega-Sena voltou a acumular. O prêmio estimado passa de R$ 205 milhões. O sorteio ocorreu na noite do último sábado (2), pelo concurso 2.695.

 Conforme a Caixa Econômica Federal, 249 apostas acertaram a Quina e vão receber R$40.004,66. A quadra teve 15.891 bilhetes premiados e os acertadores vão receber R$ 895,48. O próximo sorteio será realizado na terça-feira (5).


1 de março de 2024
Brasil

País ultrapassa 1 milhão de casos de dengue em 2024

O Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de casos prováveis de dengue em 2024. A informação consta na atualização mais recente do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, e foi divulgada nesta quinta-feira (29). Ao todo, são 1.017.278 casos prováveis somente neste ano.

Até o momento, o país contabilizou 214 óbitos por dengue e outros 687 ainda em investigação. O painel indica também que o coeficiente de incidência da doença no país é de 501 casos prováveis para cada 100 mil habitantes.

A unidade da federação com maior taxa de incidência por número de habitantes segue sendo o Distrito Federal, que contabilizou mais de 100 mil casos somente este ano e incidência de 3.575,1 casos por cada 100 mil habitantes.

Vale lembrar que, em todo o ano de 2023, foram registrados 1.658.816 casos prováveis de dengue. O Ministério da Saúde avalia que o país registrará em 2024 o drobro de casos do ano passado.

“A gente já tem uma avaliação de que é possível que nós venhamos a ter o dobro de casos do ano passado, por esse histórico de já haver um aumento em 2023 e também destes dois fatores: mudanças climáticas e a circulação de mais de um sorotipo de dengue”, explicou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Pico de casos – O volume de casos de dengue registrados no início deste ano apresenta um padrão atípico quando comparado à série histórica da proliferação da doença. Como informou o Ministério da Saúde, houve também uma antecipação do pico de casos para os primeiros dois meses do ano.

A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente a morte.


27 de fevereiro de 2024
Brasil

Pacote de socorro a aéreas pode chegar a R$ 6 bilhões, diz ministro

Foto Sudoeste Acontece

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou nesta segunda-feira (26) que o pacote do governo federal para financiar as companhias aéreas deve ficar entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões. De acordo com o ministro, a proposta do projeto deverá ser encaminhada para as empresas no próximo mês.

O ministro explicou que os valores serão repassados a partir de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Um fundo garantidor deverá ser criado para dar garantias aos empréstimos que serão feitos pelas companhias. A análise do projeto é feita em conjunto com o Ministério da Fazenda e a Casa Civil.

“Estamos trabalhando na ordem de R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões. Essa é a demanda das aéreas. Elas acham que esses valores seriam suficientes no primeiro momento. A gente espera trabalhar para fechar o montante ao longo do mês de março”, afirmou.

Com os valores, as empresas poderão pagar dívidas, fazer investimentos e comprar novas aeronaves.

“Para o consumidor, são mais aeronaves no Brasil. A Latam sinaliza compra 15 novos aviões. A Gol, mais dez, e a Azul, mais 16. São mais de 30 aeronaves novas que vão entrar no Brasil. Isso quer dizer mais voos operando no país e levando para mais destinos”, completou o ministro.

Voa Brasil
Silvio Costa Filho também informou que a primeira etapa do Programa Voa Brasil deve disponibilizar 5 milhões de passagens aéreas a partir de março.

“Não tem nenhum recurso público neste programa. É um projeto em parceria com as companhias áreas. Cinco milhões de passagens, que vão atender 20 milhões aposentados e mais 800 mil alunos Prouni”, completou.

O ministro participou de um evento sobre investimentos em aeroportos na Bolsa de Valores de São Paulo.


26 de fevereiro de 2024
Brasil

Mega-Sena acumula novamente e prêmio chega a R$ 120 milhões

Foto Reprodução

Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2692 da Mega-Sena, informou a Caixa. Os números sorteados na noite de sábado (24) em São Paulo foram 09, 33, 45, 55, 56, 59. Deste modo, o prêmio acumula mais uma vez e chega R$ 120 milhões. O próximo sorteio será realizado na terça-feira (27).

A Caixa informou ainda que 152 apostas registraram cinco acertos. Cada uma receberá R$ 44.288. Outras 14.561 apostas acertaram quatro dezenas e levam um prêmio de R$ 660.

As apostas para o concurso 2693 podem ser realizadas em todas as casas lotéricas do país credenciadas pela Caixa, ou então pela internet. O jogo simples, com seis dezenas, custa R$ 5.


26 de fevereiro de 2024
Brasil

Investigações mostram indícios de plano do PCC contra uma autoridade, diz revista

Um material apreendido pela Polícia Federal com integrantes do Primeiro Comando da Capital, o PCC, indicou que um núcleo da facção criminosa havia alugado um imóvel no Distrito Federal nos meses de maio, junho e julho do ano passado. A informação é da revista Veja.

Segundo reportagem da revista, publicada nesta semana, o núcleo em questão é o Restrita, especializado em colocar em prática as missões mais arriscadas e perigosas da facção, como o cometimento de atentados e sequestros. Ligado à cúpula do PCC, o grupo obedece a ordens diretas do seu líder maior: Marcos Camacho, o Marcola, que cumpre na Penitenciária Federal de Brasília pena de mais de 300 anos de prisão por crimes como formação de quadrilha, homicídio e tráfico de drogas.

Desde o ano passado, os investigadores procuram o endereço da residência. Uma série de incursões já foi feita, mas ainda não há nenhum sinal de onde a facção criminosa possa ter se estabelecido em Brasília.

Uma das possibilidades levantadas é que o grupo tenha alugado um imóvel no Jardins Mangueiral, um bairro popular localizado a cinco quilômetros de onde Marcola está preso. Além da localidade, pesa na suspeita o valor do aluguel encontrado nas prestações de contas, de R$ 2.560.

Nas anotações apreendidas em posse de criminosos presos, ainda há o detalhamento dos gastos na mobília do imóvel. Pelos registros, foram comprados uma geladeira (2.800 reais), um sofá retrátil (1.800 reais), um painel com suporte (1.200 reais), uma televisão de LED (2.500 reais) e um fogão (1.700 reais). Também há despesas com o frete de uma cama, com IPTU e com deslocamentos pela capital do país.

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26 de fevereiro de 2024
Brasil

Bolsonaro reúne 750 mil pessoas em ato na Avenida Paulista, diz SSP


Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) do estado de São Paulo, um total de 750 mil pessoas participaram do ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (25) na Avenida Paulista.

A estimativa engloba não apenas o público presente na avenida principal, contabilizando 600 mil pessoas, mas também as ruas adjacentes, onde outras 150 mil se aglomeraram. De acordo com a SSP, o ato transcorreu de maneira pacífica, sem qualquer registro de incidentes.

Para garantir a segurança do evento, aproximadamente 2 mil policiais militares foram mobilizados, incluindo diversas equipes especializadas como a Força Tática, Rocam, 7º Baep, Batalhão de Choque, Cavalaria, Policiamento de Trânsito, além do Comando de Aviação. Drones e câmeras fixas e móveis foram utilizados para o monitoramento da manifestação.


26 de fevereiro de 2024
Brasil

Tarcísio enaltece Bolsonaro e cobra segurança jurídica em discurso na Paulista

Ana Luiza Albuquerque e Artur Rodrigues / Folhapress

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) cobrou liberdade de expressão e segurança jurídica no país neste domingo (25) em discurso na avenida Paulista e celebrou o legado do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Eu não era ninguém”, disse o governador, que ainda chamou Bolsonaro de amigo.

“Que festa bonita. Vocês estavam com saudades de vestir verde e amarelo”, disse Tarcísio.

“Viemos celebrar o verde amarelo, o estado democrático de direito e entender os seus desafios”, completou o governador, ao citar liberdade de expressão e de manifestação e sem censura.

A fala de Tarcísio ocorre no momento em que Bolsonaro é alvo de uma investigação da Policia Federal sobre uma trama golpista organizada em 2022 para impedir a posse do presidente Lula (PT).

O ato deste domingo tem como objetivo demonstrar força política de Bolsonaro e pressionar o STF (Supremo Tribunal Federal), que tem autorizado prisões e buscas em torno da investigação de uma trama golpista.

Durante o ato bolsonarista, as bandeiras de Israel foram onipresentes. Item obrigatório entre os camelôs, a bandeira do país foi escolhida pelo ex-presidente no primeiro aceno ao público em cima do trio elétrico.

Bolsonaro convocou a manifestação, organizada pelo pastor Silas Malafaia, com o alegado objetivo de se defender das acusações imputadas contra ele e defender o Estado democrático de Direito.

Aliado e ex-ministro de Bolsonaro, Tarcísio é frequentemente cobrado por aliados próximos de Bolsonaro a se posicionar publicamente em defesa do ex-presidente.

Eles avaliam que o governador, apesar de ter sido eleito com o apoio de Bolsonaro, não é de fato comprometido com as pautas bolsonaristas. Tarcísio já afirmou que não é um bolsonarista raiz e que não quer se envolver em guerras ideológicas e culturais.

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26 de fevereiro de 2024
Brasil

Bolsonaro reúne milhares na Paulista e em discurso fala em abuso de alguns no país

Ana Luiza Albuquerque, Artur Rodrigues e Fábio Zanini / Folhapress

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste domingo (25) em discurso na avenida Paulista que nenhum “mal é eterno” e que o “abuso por parte de alguns trazem insegurança para todos nós”.

Antes de Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do ato, fez críticas tanto ao STF como ao TSE em seu discurso durante o evento.

O pastor criticou a atuação do ministro Alexandre de Moraes durante as eleições de 2022 e fez insinuações sobre um suposto papel do presidente Lula (PT) no ataque de 8 de janeiro, organizado por bolsonaristas em 2023.

O ex-presidente acumulou declarações golpistas ao longo de seu mandato e agora é alvo de uma investigação da Policia Federal sobre uma trama golpista organizada em 2022 para impedir a posse do presidente Lula (PT).

O ato deste domingo teve como objetivo demonstrar força política de Bolsonaro e pressionar o STF (Supremo Tribunal Federal), que tem autorizado prisões e buscas em torno da investigação de uma trama golpista.

O ato atraiu milhares de pessoas. Não houve estimativa oficial pela Polícia Militar de São Paulo. Ao menos quatro quarteirões da Paulista ficaram superlotados. Havia bolsonaristas, mais espalhados, em cerca de um total de dez quarteirões da avenida.

Bolsonaro fez a declaração em cima de um trio elétrico ao lado de aliados como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que busca o apoio do ex-presidente.

Durante o ato bolsonarista, as bandeiras de Israel foram onipresentes. Item obrigatório entre os camelôs, a bandeira do país foi escolhida pelo ex-presidente no primeiro aceno ao público em cima do trio elétrico.

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22 de fevereiro de 2024
Brasil

Caixa Econômica Federal abrirá concurso com 4 mil vagas

Foto Sudoeste Acontece

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quarta-feira (21) a realização de um concurso com 4 mil vagas neste ano. O edital do concurso será publicado no Diário Oficial da União desta quinta (22).

“A Caixa realiza [o concurso] após dez anos, para 4.000 novos empregados. A destinação é de 2.000 vagas para técnico bancário e 2.000 vagas para os empregados que irão aderir a nossa categoria de tecnologia”, disse o presidente da Caixa, Carlos Antônio Vieira, após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto.

Prova e benefícios – A prova será realizada pela Fundação Cesgranrio e ocorrerá ainda no primeiro semestre. O salário de um empregado da Caixa é de R$ 6.000, mas conta com outros benefícios.

A expectativa é de que a convocação ocorra até o final deste ano. O banco tem hoje 87 mil empregados pelo país, mas o quadro é considerado defasado. O edital trará a distribuição das novas vagas por região. “Vamos estimular com esse concurso que a Caixa ocupe parte do território que é desassistido por bancos”, afirmou.


22 de fevereiro de 2024
Brasil

Evangélicos veem Lula mais distante e apontam erros em série após fala sobre Holocausto

Thiago Resende e Victoria Azevedo, Folhapress

Foto: Lula/Ricardo Stuckert

Líderes evangélicos mais próximos ao governo avaliam que o presidente Lula (PT) tem cometido erros em série, o que cria barreiras à intenção do petista de se aproximar do segmento.

A avaliação foi feita após a declaração de Lula na qual comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto nazista. Os evangélicos apoiaram majoritariamente Jair Bolsonaro (PL) na corrida presidencial de 2022, segundo mostraram as pesquisas de opinião às vésperas da eleição.

O PT tem ciência dos entraves para reduzir resistências do segmento a Lula e tem focado em ações na área econômica e social para atrair evangélicos de baixa renda à base política do partido. Sobre a recente crise com Israel, integrantes do PT minimizam os impactos no relacionamento com esses eleitores.

O deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), que até o início do ano estava à frente da bancada evangélica no Congresso, classificou a fala de Lula como um “erro gravíssimo” e mais um episódio que mostra a necessidade de o presidente deixar de falar de maneira improvisada.

Silas Câmara é visto pelo Palácio do Planalto como um interlocutor importante com os evangélicos, por ter atuado no ano passado para tentar contornar crises entre o governo e o setor.

“O Lula de hoje e o PT de hoje não acordaram para a realidade que o Brasil de hoje não é o de dez anos atrás. É um país dividido e todo erro que ele comete é potencializado em um milhão de vezes pelas redes sociais, que quem controla não é a esquerda, é a direita”, disse o deputado.

“Lula é político habilidoso e pode mudar muita coisa em relação à divisão do Brasil. Como? Ele não falando sem escrever [o discurso antes].”

Outros líderes evangélicos já criticaram a declaração de Lula nos últimos dias, como o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), e o deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP), que também ocupa o posto de um dos principais interlocutores de Lula junto ao segmento evangélico.

Cezinha avalia que o presidente “errou feio” ao comparar a ação militar de Israel em Gaza ao Holocausto. Para Pereira, “a perda de vidas não pode servir como índice comparativo, como lamentavelmente fez o presidente ao citar o Holocausto”.

Nos bastidores, integrantes da bancada evangélica se dividem sobre a possibilidade de a crise servir para inflar a participação desse setor na manifestação convocada por Bolsonaro no próximo domingo (25), na avenida Paulista, em São Paulo.

Já aliados de Lula minimizam o impacto da fala. Para esses auxiliares, o segmento evangélico no Brasil é mais sensível a pautas de costumes, às quais o presidente tem evitado tratar nesse mandato.

No entanto líderes evangélicos apontam que o governo tem adotado medidas que tornam pouco propícia uma aproximação com o presidente, como a suspensão da isenção tributária a pastores.

Esse grupo lembra ainda da resolução do Conselho Nacional de Saúde que versa, entre outros temas, sobre a transição de gênero entre adolescentes. Por isso, falam em “erros em série” que dinamitam os esforços do governo de se aproximar do segmento.

Um deputado evangélico e aliado de Lula afirma, sob reserva, que as declarações de Lula sobre Israel atrapalham a relação com os evangélicos, mas que ela não fica comprometida por isso.

Ele diz que não é todo o segmento que se sentiu ofendido com a fala, mas sim os que são mais ligados a Israel, e que a mensagem que deve ser difundida é a de que Lula discursou pela paz e contra as injustiças.

Petistas e pessoas próximas ao presidente dizem que a fala não deve criar rusgas com o segmento. O argumento deles é que a crítica de Lula foi direcionada ao premiê Binyamin Netanyahu e que, na base evangélica, a discussão não deve encontrar terreno.

“O presidente se referiu ao governo da extrema direita, e não ao povo judeu nem israelense. Isso é uma tragédia o que estamos vendo”, disse a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.

O líder do PT na Câmara, deputado Odair Cunha (PT-MG), traçou o mesmo cenário. “Na medida em que fica claro os crimes cometidos pelo governo de Israel, as pessoas vão compreender que o presidente Lula atacou Netanyahu, e isso não tem nada a ver com a relação de Lula com o povo de Israel”, afirmou.

Essa visão do PT, no entanto, é criticada por evangélicos, que afirmam que o partido não tem conseguido olhar para fora da sua base de esquerda.

A crise Lula-Israel deu munição à oposição e mobilizou aliados de Bolsonaro para um novo pedido de impeachment contra o presidente, mas líderes de bancadas no Congresso Nacional afirmam ser zero a chance de a ofensiva prosperar.

O deputado federal André Figueiredo (PDT-CE), que faz parte da base política de Lula, disse que o presidente agiu corretamente ao condenar os ataques ao povo palestino, mas que ele deveria moderar o discurso.

“É preciso falar sobre esse genocídio. Mas o presidente precisa ficar atento a esses discursos de improviso que geram desgastes. Mas não tem como ver isso como uma crítica aos evangélicos.”