Segundo o banco, o crédito pessoal Caixa Energia Renovável terá taxas a partir de 1,17%, e poderá financiar até 100% do projeto de implementação de energia solar. A nova linha deve ser disponibilizada nas agências em breve, mas não foi informada uma data específica.
O prazo para pagamento é de até 60 meses, com carência de até seis meses para a primeira parcela. Ele será oferecido em duas modalidades, uma sem garantias e outra com caução de aplicações financeiras de renda fixa.
Além do projeto para pessoas físicas, a Caixa já oferece três linhas de crédito voltadas para empresas. Uma delas é a MPE Ecoeficiência, que financia máquinas e equipamentos que reduzam a geração de resíduos e emissão de poluentes.
Também é possível financiar a compra de sistemas de geração renovável de energia, de aquecimento solar de água, para melhoria de eficiência energética e para filtragem de gases.
O governo do Estado da Bahia publicou, no Diário Oficial desta sexta-feira (05), o decreto que congela o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de combustíveis por 90 dias. O prazo termina em 31 de janeiro de 2022.
A medida é uma tentativa de reduzir o preço da gasolina nos postos e também foi adotada pelos outros estados após as sucessivas altas nos valores estabelecidas pela Petrobras.
A CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) revisou novamente para cima a projeção de crescimento do setor para 2021. Agora, a expectativa é avançar 5%, o melhor resultado dos últimos dez anos.
Em julho, a entidade já havia voltado a apostar no crescimento de 4%, previsto no início do ano, após baixar a expectativa para 2,5% em abril.
“Estamos crescendo, mas o caminho para a recuperação de nossas atividades ainda é longo. Somente para recompor a perda que assistimos desde 2014, ainda precisamos crescer 5% até 2028”, diz a economista da CBIC, Ieda Vasconcelos.
A desaceleração na alta dos preços dos insumos, que começou a aparecer nos últimos dois trimestres, também colaborou para puxar a revisão, afirma Vasconcelos.
Apesar disso, mais de 54% dos empresários ainda reclamam da escassez e do alto preço dos materiais de construção. Segundo a entidade, a nova preocupação é a elevada taxa de juros.
A Brazil Iron Mineração Ltda, que possui um projeto de mineração de ferro em Piatã e em Abaíra, poderá executar um segmento de 70 quilômetros de ferrovia entre os municípios de Abaíra, local do terminal ferroviário que pretende estruturar, e Brumado.
Segundo informações do Correio da Bahia, a empresa solicitou permissão ao Ministério da Infraestrutura (Minfra) para implantar a ferrovia e um terminal ferroviário privado. É o primeiro pedido de um empreendimento localizado na Bahia, com base no novo instrumento de autorização ferroviária.
O projeto prevê 120 quilômetros de trilhos, com conexão à Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e futuramente à Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). Inicialmente, a empresa quer executar um segmento de 70 quilômetros, entre os municípios de Abaíra, local do terminal ferroviário que pretende estruturar, e Brumado.
O trecho conectará a mina Mocó, em Piatã e outros direitos minerários que a empresa possui no estado, ao entroncamento com a Fiol, próximo a Brumado.
Nesta segunda-feira (18), a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) divulgou dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica no qual constam que a Bahia lidera o ranking dos 05 principais estados na geração acumulada de energia solar e eólica, entre janeiro e agosto de 2021. Juntas, as fontes renováveis deverão investir cerca de R$ 37 bilhões em municípios baianos nos próximos anos, além dos R$ 25,7 bilhões já injetados no Estado para criação de parques eólicos e solares. Comparado a agosto de 2020, houve um aumento de 14% na geração de energia eólica.
“Estou em Berlim, na Alemanha, em viagem internacional junto com o governador Rui Costa e o superintendente de atração de investimentos da SDE, Paulo Guimarães para apresentar o potencial econômico do território baiano e receber novos investimentos nessa área e tentar atrair cada vez mais projetos de energias renováveis para o nosso estado”, destaca o Nelson Leal, secretário de Desenvolvimento Econômico.
A geração de empregos também é favorável quando se fala no segmento das energias renováveis da Bahia. No Informe Executivo Solar destaque-se a criação de 13 mil postos de trabalho diretos na fase de construção dos parques que já estão em operação. A previsão é que sejam criados mais de 64 mil empregos diretos na fase de construção para os parques que estão em construção e construção não iniciada.
Já em energia eólica, a geração foi mais de 148 mil empregos em toda cadeia produtiva. Sendo mais de 57 mil contratações diretas na fase de construção dos parques que já estão em operação. Além de prevê a criação de mais 69 mil empregos diretos e indiretos para os parques que estão em construção e construção não iniciada.
Em missão internacional, o governador Rui Costa se reuniu, nesta segunda-feira (18), em Berlim, capital da Alemanha, com executivos da Siemens Energy, empresa com sede no país e que é líder em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e soluções para projetos voltados à geração e transmissão de energia limpa em escala mundial. Acompanhado dos secretários estaduais de Desenvolvimento Econômico, Nelson Leal; de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti; e do superintendente de atração de investimentos da SDE, Paulo Guimarães, o governador conheceu a tecnologia da empresa para a produção e aplicação de hidrogênio verde, considerado o combustível do futuro e que pode vir a ser produzido na Bahia.
O banqueiro Roberto Setubal, copresidente do conselho de administração do Itaú Unibanco, afirma que o País precisa de um candidato à Presidência da República que possa se contrapor à polarização atual. Acredita que os favoritos à disputa hoje – o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula – já tiveram sua chance, mas não conseguiram fazer as reformas necessárias para o crescimento sustentado do Brasil. No caso de Bolsonaro, diz que a gestão é decepcionante em relação ao que foi prometido na campanha. Nesta entrevista, ele também fala da situação econômica, sobre a agenda de diversidade nas empresas e as mudanças em curso no Itaú.
Inflação alta de novo, desemprego gigantesco e ainda tem a pandemia. A impressão que temos não é apenas de que o País está parado, mas, pior, que ele está desandando. É possível reverter esse cenário a curto prazo, ainda mais levando em conta que teremos uma eleição que promete ser tensa ano que vem?
Não, não é possível. Na verdade, vejo a economia brasileira em decadência. Estamos há aproximadamente 40 anos sem crescimento da renda per capita. Isso é gravíssimo e, de certa forma, é diferente do que aconteceu no mundo. Vários países eram pobres há 50 anos e, hoje, estão se aproximando da renda dos países desenvolvidos. Nós, nos últimos 40 anos, tivemos momentos de melhora, como quando se controlou a inflação. Mas, de forma geral, continuamos no mesmo nível de renda de 40 anos atrás. Isso é um desastre do ponto de vista social. Não vamos melhorar a renda das pessoas sem crescimento. Eu acho que o País não vem focando no crescimento.
O que o sr. chama de focar no crescimento?
A economia precisa de um choque. Precisamos entrar numa agenda forte de reformas, que precisam focar no aumento da produtividade da economia e no aumento dos investimentos. Penso, por exemplo, em uma reforma trabalhista que aumente a produtividade. Abertura econômica também aumenta a produtividade. Sem falar numa reforma tributária. Temos um sistema tributário muito complexo e repleto de distorções, que foi sendo criado por remendos com objetivo único de aumentar a arrecadação. Não tem qualquer objetivo de justiça social, nem de fazer a economia alocar recursos eficientemente.
Foi noticiado pelo jornal Correio esta semana que a empresa Quinto Energy avançou em mais uma fase do desenvolvimento do projeto de implantação do Complexo Híbrido Jasmim (Eólico e Solar), localizado na região sudoeste, nas imediações dos municípios de Dom Basílio, Livramento de Nossa Senhora, Rio de Contas e Brumado.
A Quinto conseguiu atender a todos os requisitos exigidos pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema) para a concessão da licença ambiental. Com essa conquista, o Complexo progride em das principais etapas do processo de desenvolvimento de um parque eólico.
A notícia consolida o projeto Jasmim como um dos mais eficientes do Brasil em agilidade para o cumprimento das etapas do desenvolvimento, fato que deve encurtar o prazo para construção do parque na região.
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (13), por 392 votos contra 71 e 2 abstenções, valor fixo para cobrança de ICMS sobre combustíveis. A medida está prevista no Projeto de Lei Complementar 11/20. Os deputados ainda precisam votar os destaques que podem alterar o texto.
O texto aprovado é o substitutivo do deputado Dr. Jaziel (PL-CE), que obriga estados e Distrito Federal a especificar a alíquota para cada produto por unidade de medida adotada, que pode ser litro, quilo ou volume, e não mais sobre o valor da mercadoria. Na prática, a proposta torna o ICMS invariável frente a variações do preço do combustível ou de mudanças do câmbio.
Dr. Jaziel estima que as mudanças na legislação devem levar à redução do preço final praticado ao consumidor de, em média, 8% para a gasolina comum, 7% para o etanol hidratado e 3,7% para o diesel B. “A medida colaborará para a simplificação do modelo de exigência do imposto, bem como para uma maior estabilidade nos preços desses produtos”, espera.
Atualmente, o ICMS incidente sobre os combustíveis é devido por substituição tributária para frente, sendo a sua base de cálculo estimada a partir dos preços médios ponderados ao consumidor final, apurados quinzenalmente pelos governos estaduais. As alíquotas de ICMS para gasolina, como exemplo, variam entre 25% e 34%, de acordo com o estado.
No substitutivo, as operações com combustíveis sujeitas ao regime de substituição tributária terão as alíquotas do imposto específicas por unidade de medida adotada, definidas pelos estados e pelo Distrito Federal para cada produto.
As alíquotas específicas serão fixadas anualmente e vigorarão por 12 meses a partir da data de sua publicação. As alíquotas não poderão exceder, em reais por litro, o valor da média dos preços ao consumidor final usualmente praticados no mercado considerado ao longo dos dois exercícios imediatamente anteriores, multiplicada pela alíquota ad valorem aplicável ao combustível em 31 de dezembro do exercício imediatamente anterior.
Como exemplo, os preços médios de setembro da gasolina comum, do etanol hidratado e do óleo diesel corresponderam, respectivamente, a R$ 6,078, R$ 4,698 e R$ 4,728, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP). Na forma do substitutivo, a alíquota seria calculada com base na média dos preços praticados de janeiro de 2019 a dezembro de 2020. Nesse período, os preços de revenda variaram de R$ 4,268 a R$ 4,483, no caso da gasolina comum; de R$ 2,812 a R$ 3,179, no caso do etanol hidratado; e de R$ 3,437 a R$ 3,606, no caso do óleo diesel.
O relator observou que os tributos federais e estaduais são responsáveis por 40,7% do preço da gasolina. “Independentemente da política de preços da Petrobras, a carga tributária é decisiva para o elevado custo dos combustíveis”, aponta Dr. Jaziel.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que a proposta de rever o ICMS sobre os combustíveis foi objeto de acordo com os líderes partidários.
“O governo propôs unificar as tarifas de ICMS no Brasil em todos os estados – o que todos nós não concordávamos – e o que nós estamos votando é um projeto que cria uma média dos últimos dois anos e, sobre esta média, se multiplica pelo imposto estadual de cada estado, com total liberdade para cada estado”, afirmou.
Lira disse que o projeto “circula desde o início da legislatura” e foi debatido em reuniões no Colégio de Líderes e que teve acordo de procedimento com a oposição para que não houvesse obstrução na sessão de hoje.
O preço médio de venda do GLP (gás de cozinha) e da gasolina para as distribuidoras irá aumentar a partir deste sábado, (9), A Petrobras fez o anúncio nesta sexta-feira (8). O aumento médio será de 7,2% e, segundo a estatal, é justificado pelas altas do barril do petróleo no mercado internacional, além da taxa de câmbio que acompanha o dólar.
“Esses ajustes são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”, afirmou a estatal.
Apesar do aumento no valor da gasolina ser de 20 centavos, considerando a mistura do etanol à gasolina, a diferença deve ficar na casa dos R$0,15.
A famosa batata inglesa é, na realidade, originária da América do Sul. Foi levada para a Europa pelos espanhóis que chegaram ao Império Inca em busca de riquezas. No Velho Mundo, caiu no gosto dos ingleses, ganhando o nome pelo qual é atualmente conhecida. Agora, a recém-divulgada atualização da pesquisa da Produção Agrícola Municipal (PAM), do IBGE, mostra que a Bahia vem se destacando na produção do tubérculo.
Entre 2019 e 2020, a Bahia passou da quinta para a quarta posição entre os maiores estados produtores, sendo que Mucugê é a segunda cidade maior produtora do país e Ibicoara tem a quarta posição nesse seleto ranking.
“Nossa agricultura vem se diversificando e isso é muito importante. Temos um estado de grande dimensão e por isso culturas diferentes se adequam a regiões diversas. Isso faz com que a Bahia cresça na produção de variadas culturas, potencializando os resultados do Agro em nosso estado, produzindo empregos e aumentando a renda das famílias que se dedicam ao trabalho no campo. É o caso da batata inglesa na região da Chapada Diamantina, que tem produção de destaque no Brasil”, disse o secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia, João Carlos Oliveira.
Em 2020, segundo os dados do IBGE, foram colhidas na Bahia 390.789 toneladas de batata inglesa, representando um crescimento de 30,1% na comparação com 2019. No mesmo período, o valor de produção cresceu em 32%, chegando a R$ 805 milhões em 2020. Foi essa performance que fez com que a Bahia ultrapassasse o Rio Grande do Sul no ranking dos estados com maior produção do tubérculo, conquistando a quarta posição.
É na Chapada Diamantina onde a batata inglesa melhor se desenvolve no estado. E o maior destaque fica com a cidade de Mucugê, que em 2020 teve uma safra de 234.630 toneladas, com valor total de produção de R$ 483,3 milhões.
Com esses números, em 2020 Mucugê foi, no tangente à batata inglesa, a maior produtora do estado, a segunda maior produtora do país e a cidade de maior valor de produção do produto no Brasil.
Segunda maior produtora do tubérculo no estado, Ibicoara registrou, em 2020, safra de 156 mil toneladas, o que o torna o quarto município brasileiro maior produtor de batata inglesa. Essa tonelagem gerou um valor de R$ 321,3 milhões.
Os números consolidados da agropecuária baiana, apresentados a partir da recém-divulgada atualização da pesquisa da Produção Agrícola Municipal (PAM), do IBGE, demonstram o quanto o setor tem experimentado crescimento no estado. Um exemplo é a cultura da manga, que teve resultados positivos na Bahia entre 2019-2020, tanto na quantidade produzida quanto no valor gerado. A pesquisa indica que a Bahia possui três municípios entre as cinco cidades com maior produção de manga no país: Juazeiro (2º), Casa Nova (3º) e Livramento de Nossa Senhora (5º).
Os dois principais municípios da fruticultura na Bahia são Juazeiro e Casa Nova. Nacionalmente, Juazeiro é o segundo com maior valor de produção frutífera, atrás apenas da vizinha Petrolina (PE). Já Casa Nova, segundo o mais recente levantamento da PAM, ocupa a décima colocação nesse ranking. Tanto Juazeiro quanto Casa Nova têm a manga como principal produto nas suas áreas plantadas.
“A manga da Bahia vem ganhando mercados nacionais e internacionais. É uma fruta muito conhecida e apreciada em nosso estado, e seu consumo vem alargando fronteiras, inclusive ganhando mercado internacional. A Seagro acompanha há muito toda essa escalada de produção, contribuindo para o crescimento do plantio e da produção não somente dessa, como também de outras frutas por todo o estado”, afirma o secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura, João Carlos Oliveira.
Em quantidade produzida e valor gerado, a Bahia fica atrás apenas de Pernambuco. De 2019 para 2020, a produção baiana de manga cresceu 6,4%, chegando a 470.487 toneladas, mais 28,2 mil toneladas em relação a 2019. Quanto ao valor de produção, no período, avançou em 15,8%, chegando a R$ 755,4 milhões, um acréscimo de R$ 102,9 milhões em relação a 2019.
Juazeiro, além de ser o segundo município em valor de produção frutífera no Brasil, também é o segundo, na comparação nacional, no tangente à produção de manga. Na Bahia, Juazeiro é destacadamente o município maior produtor de manga do estado. No período abrangido pela pesquisa PAM (2019-2020), Juazeiro apresentou um crescimento na produção de 1,3%, chegando a um total de 181.716 toneladas.
Casa Nova registrou um crescimento de 4,7% no valor gerado pela manga, chegando a R$ 155,1 milhões em 2020. Porém, a produção em volume teve queda de 6,1%, chegando a 107 mil toneladas. Ainda assim, Casa Nova permaneceu, em 2020, como o terceiro maior município produtor de manga de todo o Brasil.
Ainda sobre manga, a PAM trouxe outra boa notícia para a Bahia: o crescimento da produção em Livramento de Nossa Senhora. No período 2019-2020, passou da sétima para a quinta colocação entre os municípios brasileiros com maior produção de manga.
A pesquisa da Produção Agrícola Municipal faz o levantamento a partir da coleta de dados sobre 66 produtos em todos os municípios do país. Para isso, o IBGE se utiliza de fontes secundárias de informação (associações de produtores, órgãos públicos e entidades ligadas à agricultura, dentre outros). Dos 66 produtos investigados, 45 são cultivados na Bahia e 38 deles (84,44%) apresentaram crescimento no valor de produção entre 2019 e 2020. A performance fez a participação da Bahia subir no valor total gerado pela agricultura brasileira, saindo de 5,4% (2019) para 5,8% (2020).
No recorte da fruticultura, o estudo demonstra que o setor em 2020, na Bahia, atingiu a segunda maior marca histórica no tangente ao valor de produção, somando R$ 3,5 bilhões, o que representa acréscimo de 11,7% com relação a 2019.
Para transformar vento em eletricidade de forma mais econômica e eficiente, uma nova tecnologia de energia eólica está em desenvolvimento na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Cientistas do grupo UFSCkite trabalham em um protótipo que substitui as torres convencionais por um cabo e, no lugar das pás, é usado um tipo de asa.
De acordo com o professor Alexandre Trofino, que coordena o projeto, dessa forma, é possível explorar a energia dos ventos em altitudes bastante elevadas, inacessíveis para as torres convencionais. Segundo ele, a altura pode chegar a cerca de 600 metros com os cabos.
“Com uso de cabos, a asa pode operar em alturas elevadas, no caso da tecnologia que a gente adota, 600 metros, onde um grande números de localidades apresenta ventos mais fortes e mais frequentes.”
Além de reduzir custos de produção, instalação e ainda tornar a energia renovável mais barata. A fauna também é beneficiada com essa nova tecnologia.
“Também é possível, com a tecnologia existente, detectar a chegada de pássaros e desviar a operação da asa da rota de migração evitando a morte de muitos pássaros”, afirma Trofino.
Existem 55 grupos de pesquisa no mundo que estudam esse tipo de geração de energia eólica. O grupo UFSCkite é pioneiro e único na América Latina. Os testes com os protótipos já estão na fase final. O professor Alexandre Trofino conta que investimentos são fundamentais para a continuidade do projeto. O grupo busca parcerias e vê potencial para alimentar o mercado interno.
“Segundo empresas e universidades europeias, [essa tecnologia] deve chegar ao mercado no horizonte de 5 a 10 anos. A questão é: vamos comprar ou vender essa tecnologia quando ela estiver no mercado? Se quisermos vender, o momento de investir é agora.”
Segundo o governo federal, há uma estimativa de que o uso da energia eólica como matriz elétrica alcance a marca de 17% até 2029. Atualmente, está em cerca de 10%. O Brasil depende em grande parte das hidrelétricas que correspondem a mais de dois terços da geração de energia do país.