A Câmara dos Comuns do Reino Unido votou a favor de um projeto de lei histórico para legalizar a morte assistida, potencialmente colocando Inglaterra e País de Gales no caminho para uma reforma social fundamental que é amplamente apoiada pelo público britânico, de acordo com informações do portal InfoMoney.
Os membros do Parlamento votaram 330 a 275 a favor da mudança na lei que permitiria que pessoas com doenças terminais e menos de seis meses de vida optassem por encerrar suas próprias vidas. Dois médicos e um juiz do tribunal superior seriam necessários para aprovar a decisão. A legislação agora seguirá para a próxima etapa parlamentar, com o projeto sujeito a mais debates, emendas e votos antes de se tornar lei.
A votação foi precedida por mais de quatro horas de debate sobre uma questão altamente emotiva que dividiu os legisladores em ambos os principais partidos e que atraiu apoiadores de ambos os lados para se manifestar do lado de fora do Parlamento.
O chamado projeto de lei de membros privados — que não é uma legislação do governo — foi apresentado à Câmara dos Comuns pela deputada trabalhista Kim Leadbeater, que disse à câmara nesta sexta-feira (29) que ele daria aos terminais “escolha, autonomia e dignidade no final de suas vidas”, condicionados a critérios “muito rigorosos”.
“Não estamos falando sobre uma escolha entre vida ou morte. Estamos falando sobre dar às pessoas em fase terminal a escolha de como morrer”, disse ela.
É a primeira vez em nove anos que a questão chega à Câmara, e os deputados receberam liberdade de voto sobre o assunto, o que significa que não precisaram seguir as diretrizes do partido. O primeiro-ministro Keir Starmer, que havia se recusado a dizer anteriormente como votaria porque não queria exercer influência sobre os outros, apoiou a legislação.
A oposição, incluindo Diane Abbott, do Partido Trabalhista, a deputada mais antiga, citou os riscos de as pessoas serem coagidas a encerrar suas vidas, além de preocupações sobre pessoas com deficiência. “Não acredito que as salvaguardas sejam suficientes,” disse Abbott.
O legislador conservador Danny Kruger afirmou que alterar a lei “mudaria a vida e a morte para todos”.
“O projeto não criará apenas uma nova opção para alguns, mas imporá a cada pessoa no final de sua vida, a todos que possam ser considerados próximos da morte e suas famílias, essa nova realidade: a opção de um suicídio assistido, a obrigação de ter uma conversa,” disse ele.
Continue lendo…Um homem de 30 anos, que estava desaparecido, foi encontrado dentro de uma cobra da espécie píton de 7 metros. O trabalhador rural, identificado como Peco, residia em North Luwu, na Indonésia. Ele deixa esposa e três filhos.
De acordo com a polícia local, o homem, que coletava seiva em uma plantação, não retornou para casa após o expediente, gerando preocupação entre os familiares. As buscas se iniciaram após o desaparecimento e um familiar acionou as autoridades.
Durante a procura, o animal foi localizado com o corpo visivelmente dilatado, levantando a suspeita de que o animal pudesse ter engolido o trabalhador. A cobra foi abatida e aberta, confirmando que o corpo de Peco estava em seu interior.
As autoridades locais informaram que o trabalhador provavelmente foi atacado, imobilizado e sufocado pelo réptil antes de ser ingerido. O corpo do homem foi retirado e levado para uma funerária, onde passou por procedimentos de cremação.
A União Europeia foi destino de 3% das exportações de carnes brasileiras. De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), países europeus compraram 67 mil toneladas de carne bovina, de janeiro a outubro deste ano.
A França, nos primeiros dez meses de 2024, adquiriu 314 toneladas de carnes brasileiras. País de origem do grupo Carrefour, que puxou um boicote às carnes produzidos no Mercosul, bloco do qual o Brasil faz parte, a França respondeu por 0,02% das vendas externas brasileiras. A China, principal destino das carnes bovinas produzidas no Brasil, comprou 1 milhão de toneladas –o país responde, sozinho, por quase 50% das carnes brasileiras vendidas ao exterior.
Na última semana, duas grandes redes varejistas com sede na França, Carrefour primeiro e depois a Intermarché, anunciaram que deixariam de comprar carne de países do Mercosul, em reação ao avanço das tratativas por acordo entre o bloco econômico sul-americano e a União Europeia.
A Embaixada do Brasil na França disse nesta segunda que é falsa a declaração de que haveria risco de “saturação no mercado francês por uma produção de carne que não respeita suas exigências e normas”, em resposta a declarações feitas pelo presidente mundial do Carrefour, Alexandre Bompard, ao anunciar a medida em redes sociais.
Com a poeira começando a baixar depois da sólida vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos, análises de diferentes matizes ideológicos tentam explicar como foi possível que o ex-presidente, acossado por investigações e fora do poder por quatro anos, vencesse de forma tão convincente.
Trump se tornou o primeiro candidato do Partido Republicano a conquistar o voto popular desde 2004 e levou seus correligionários ao poder tanto no Senado quanto na Câmara, garantindo para si controle total do Legislativo. Além disso, o agora presidente eleito venceu em todos os sete estados-pêndulo.
Para o historiador da Universidade de Cambridge Gary Gerstle e o vice-presidente da Open Society Foundations, Leonard Bernardo, essa demonstração de força, além de erros da campanha do Partido Democrata ou de uma eventual guinada à direita da população americana, pode ter uma explicação simples: Trump é um dos políticos mais eficazes da atualidade.
“Dentre milhares de pesquisas eleitorais antes das eleições, nenhuma conseguiu dizer que Trump venceria em todos os estados-pêndulo”, diz Bernardo. “Ele é o que está se chamando de um supercandidato. Não se tratou de um problema com a democracia americana, mas sim do fato de que Trump representa ideias maiores do que ele. E também não conseguimos prever a enorme vontade dos americanos de explodir tudo. Essa é uma ideia que atrai muita gente”.
Gerstle, por sua vez, afirma que um fator importante, sim, foi a fraqueza da candidatura democrata —mas não por causa de Kamala Harris. “Dadas as circunstâncias, ela fez uma excelente campanha, com alguns erros. Mas ela não tinha tempo de se distanciar de Joe Biden, que era um candidato ruim e pressionado pela inflação”.
Os dois especialistas americanos estiveram no Brasil para um evento organizado pelo Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) em São Paulo, nos últimos dias 21 e 22. Em conversa com a reportagem, concordaram com a ideia de que há uma erosão no apoio à democracia ao redor do mundo que afeta também os EUA.
“Kamala fez uma aposta. Ela apostou que os americanos estariam muito incomodados com o que aconteceu em 6 de janeiro em Washington [a invasão do Capitólio por apoiadores de Trump]. E ainda estou tentando entender por que a resposta parece ter sido tão indiferente”, diz Gerstle.
“Mas é fato que vivemos em um mundo no qual a confiança na democracia está enfraquecida, no qual as pessoas não acreditam que seja necessário sair às ruas para preservá-la a qualquer custo”, opina o historiador. “E a vitória de Trump inspira autoritários em todo o mundo, como [o ex-presidente Jair] Bolsonaro no Brasil”.
“E por que todas essas figuras reacionárias chegam ao poder? Muito tem a ver com os erros de liberais fracos que se comportam como se tivessem um direito divino de governar”, diz Bernardo, em referência à posição tida como arrogante de figuras do Partido Democrata. “Pode ser nos EUA, pode ser os liberais da Hungria antes da ascensão de [Viktor] Orbán, pode ser os peronistas na Argentina. Eles acham que não precisam se explicar por que estão lutando o bom combate. E é uma pena que esses liberais não tenham refletido [sobre suas derrotas]”.
“Ao fim e ao cabo, o Partido Democrata é uma instituição reformista. E a ideia de que a reforma vai nos tirar da miséria, seja essa miséria real ou não, foi vista como ilusória em comparação com a vontade de explodir as coisas”, analisa Bernardo. O cientista político, porém, ressalta que a posição de Kamala, Biden e do governo sobre a guerra na Faixa de Gaza também foi importante para sua derrota.
“Quase 300 mil árabes-americanos moram no estado do Michigan, e muitos são da opinião de que há um genocídio em curso em Gaza. Mesmo que muitos deles não tenham votado em Trump, a maioria apenas se absteve. E a vice-presidente não estava em condições de se opor à política oficial do governo Biden”.
As embaixadas dos Estados Unidos, Itália e Grécia em Kiev, na Ucrânia, foram fechadas nesta quarta-feira (20), após “informações específicas de possível ataque aéreo significativo”. De acordo com a agência de notícias Reuters, o fechamento foi definido por precaução.
“A Embaixada dos EUA recomenda que os cidadãos dos EUA estejam preparados para se abrigar imediatamente caso um alerta aéreo seja anunciado”, diz o comunicado norte-americano.
O alerta de segurança foi emitido pela embaixada dos EUA aos seus cidadãos que vivem na Ucrânia e vale para todas as regiões do país, não apenas para a capital onde o prédio está localizado. A orientação é que as pessoas acompanhem as atualizações pela mídia local e identifiquem locais de abrigo com antecedência, além de seguirem as coordenadas das autoridades ucranianas e dos socorristas em caso de emergência.
Apesar de não fechar, a embaixada da França também emitiu alerta aos seus funcionários. Já a embaixada da Alemanha abriu com capacidade limitada, segundo informação do Ministério de relações exteriores.
O alerta das embaixadas acontece um dia após a Ucrânia usar seis mísseis de longo alcance dos Estados Unidos pela primeira vez em ataque ao território russo. A ação foi autorizada pela administração do presidente Joe Biden. O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que os artefatos foram laçados em direção a Bryansk, região do sudoeste do país, perto da fronteira, durante a madrugada desta terça (19), sendo que cinco foram interceptados e um parcialmente destruído, em que os destroços caíram perto de uma área do Exército causando um incêndio sem danos estruturais. Os russos prometeram retaliação.
No último mês de outubro, o presidente Vladimir Putin disse que responderia os ataques ucranianos feitos com armas norte-americanas. Além da promessa de retaliação, o governo russo também flexibilizou os parâmetros para o uso de armas nucleares, indicando uma escalada do conflito.
A guerra entre Rússia e Ucrânia vive momento agitado. Um quinto do território ucraniano está nas mãos dos russos, enquanto tropas norte-coreanas estão posicionadas na região russa de Kursk. Existem também dúvidas sobre a ajuda ocidental com a volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. O candidato republicano venceu as eleições no último dia 6 derrotando a atual vice-presidente Kamala Harris, do Partido Democrata.
A senadora Damares Alves (Republicanos) teceu críticas à primeira-dama, Janja Lula, após a esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) xingar o empresário Elon Musk durante o G20, no domingo (17). Em uma série de publicações no X, a ex-ministra do governo Bolsonaro classificou o episódio como “rídiculo”, afirmando que a socióloga “não tem nenhuma condição intelectual ou postura para participar de eventos internacionais”.
“É pra isso que a Primeira-Dama do Brasil está indo nos eventos internacionais? Além de querer aparecer, ela vai aos eventos para nos envergonhar e provocar empresários estrangeiros? […] o certo era todos terem se levantado, saído do ambiente e deixado ela sozinha com o microfone nas mãos”, disse Damares.
“Cadê o Itamaraty que fez história por conta da diplomacia, qualidade e preparo de nossos diplomatas que são homens e mulheres de fino trato, inteligentes e educadas? O Itamaraty ainda não entendeu que a atual primeira-dama do Brasil não tem nenhuma condição intelectual ou postura para participar de eventos internacionais? […] Desculpa, @elonmusk! Mas saiba que esta senhora não representa as mulheres brasileiras.”, acrescentou.
Nas publicações, Damares afirmou que Janja “não representa as mulheres brasileiras” e comentou ainda sobre festas organizadas pela primeira-dama. Em um dos posts, a senadora alega que vai investigar “quanto foi gasto de recursos públicos e de verbas das estatais brasileiras” nas confraternizações em que Janja esteve à frente.
“O valor da festinha de Dona Janja custou em torno de 30 milhões de reais. Com este montante seria possível comprar mais de 666 mil cestas básicas com 13 itens. [O] Valor seria suficiente para alimentar por muitos dias mais de um milhão de pessoas. Seria suficiente para alimentar todo o Arquipélago do Marajó ou quase todo o Estado do Amapá por muitos dias. É lamentável!”, destacou.
O xingamento de Janja contra Elon Musk ganhou repercussão internacional. Diplomatas e ministros do governo Lula, nos bastidores, manifestaram-se contra a atitude de Janja. A avaliação feita é que o ataque da primeira-dama dificulte as relações entre Brasil e Estados Unidos (EUA) após a vitória de Donald Trump.
O presidente Lula chegou a comentar sobre o ocorrido. Durante um discurso no domingo (17), o mandatário alegou que não é necessário “ofender ninguém”.
“Eu queria dizer para vocês que essa é uma campanha em que a gente não tem que ofender ninguém. Nós não temos que xingar ninguém. Nós precisamos apenas indignar a sociedade. Indignar as pessoas que conquistaram o direito de comer, que a gente tem que trazer junto a essas pessoas que não têm o que comer. Porque não tem nada mais triste do que uma criança levantar de manhã e não ter um café, um copo de leite e um pão com manteiga para dormir”, disse o petista.
Em um discurso após uma série de vitórias em estados-chave que podem consolidá-lo como o próximo presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump disse que vai curar o país, pediu união e destacou o que chamou de “surgimento de uma nova estrela”: o bilionário Elon Musk, um de seus maiores apoiadores da campanha.
Trump falou à nação por aproximadamente 20 minutos em West Palm Beach, na Flórida, estado que antes era um estado-pêndulo e que se consolidou, no atual pleito, como um bastião republicano.
“É hora de deixar as divisões para trás. É hora da união”, disse ele ao celebrar o que chamou de “vitória política” sem precedentes, mesmo antes da divulgação do resultado oficial. “Nós alcançamos a coisa política mais incrível, uma vitória política que nosso país nunca viu antes.”
O republicano afirmou que os resultados lhe deram um “grande sentimento de amor” e que a nação lhe deu “um mandato poderoso”. Afirmando ter conquistado a maior parte voto popular, além de ter vencido no Colégio Eleitoral, Trump disse que os resultados significaram “uma nova era de ouro” para os EUA.
“Nós retomamos o controle do Senado. O número de vitórias no Senado foi memorável”, disse ele. “Vocês terão ótimos senadores. E parece que vamos manter o controle da Câmara dos Representantes”, afirmou.
Em nenhum momento do discurso Trump mencionou Kamala Harris, sua adversária na corrida eleitoral. Convidado a discursar brevemente, o vice na chapa de Trump, J.D. Vance, agradeceu o líder pela confiança e disse que sua vitória, tratada no discurso como certa, foi a “maior reviravolta política da história dos EUA”. Em resposta, Trump brincou dizendo que Vance havia sido “uma boa escolha”.
Além de Donald Trump e de seu vice, também estavam no palco Eric Trump e Donald Trump Jr. filhos do republicano, Melania Trump, a esposa do empresário, Dana White, o CEO do UFC, entre outros. Quase todos brancos —a exceção era Usha Vance, a esposa de V.D. Vance, cujos pais são da Índia.
O republicano ainda afirmou que a eleição representa “o maior movimento político de todos os tempos”. “Fizemos história essa noite”, disse.
Ele mencionou os “trabalhadores americanos que se esforçaram para votar”. E agradeceu Elon Musk, chamado por ele de “nova estrela”.
O clima no evento na Flórida foi se tornando de comemoração e euforia à medida que os resultados começaram a ser divulgados. Apoiadores comemoraram a arrancada de Trump nos estados da Pensilvânia e da Carolina do Norte em meio a petiscos e chocolates oferecidos pela campanha.
Os republicanos já possuíam 38 cadeiras, que não estavam em disputa. Com as 13 conquistas, chegam à maioria dos 100 representantes.
O Partido Republicano, de Donald Trump, retomou o comando do Senado na madrugada desta quarta-feira (6). Eles conseguiram chegar a 51 cadeiras ocupadas pela primeira vez em quatro anos.
Já o Partido Democrata tem, no momento, 41 cadeiras ocupadas. Eles já possuíam 28 representantes no Senado.
O Congresso se divide entre a Câmara, onde estão em jogo todas as 435 cadeiras, e o Senado, onde há 34 vagas em disputa este ano. O resultado desta terça desempenhará um papel importante na determinação da facilidade com que o vencedor da eleição presidencial governará até as próximas eleições para o Congresso em 2026.
O atual governador de Virgínia Ocidental, Jim Justice, derrotou o ex-prefeito Glenn Elliott. Eles disputavam para substituir o moderado Joe Manchin, que está se aposentando e votava como independente ao lado dos democratas no Senado.
Em Ohio, o republicano Bernie Moreno, nascido na Colômbia, conseguiu mais uma cadeira no Senado para seu partido. Ele superou o democrata Sherrod Brown, que ocupava o cargo desde 2007.
As vitórias de Justice e Moreno reverteram a vantagem democrata de 51-49 no Senado. Os republicanos ainda podem ampliar sua vantagem com possíveis triunfos em Montana, Wisconsin e Pensilvânia.
O cenário é menos claro na Câmara, onde os republicanos detêm uma estreita maioria de 220 a 212 votos, do que no Senado. Os analistas dizem que os democratas poderiam facilmente conquistar cadeiras suficientes para ganhar o controle da Câmara, embora não haja sinais de uma “onda”, semelhante à de 2018 ou 2010, que resultaria em uma mudança decisiva no poder.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deu os parabéns ao republicano Donald Trump pela iminente vitória na eleição presidencial dos EUA nesta 4ª feira (6.nov.2024). Em post em seu perfil nas redes sociais, o ex-chefe do Executivo brasileiro citou um verso bíblico e publicou um vídeo de momentos em que esteve com o norte-americano durante seu mandato.
“O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã”, escreveu Bolsonaro. “Este triunfo é histórico, um marco que reacende a chama da liberdade, da soberania e da autêntica democracia. Esta vitória encontrará eco em todos os cantos do mundo, impulsionando não apenas os Estados Unidos, mas também o fortalecimento da direita e dos conservadores em muitos outros países”, declarou em outra publicação.
Bolsonaro disse esperar “que a vitória de Trump inspire o Brasil a seguir o mesmo caminho”. Ele escreveu: “Que nossos compatriotas vejam neste exemplo a força para jamais se dobrarem, para erguerem-se com honra, seguindo o exemplo daqueles que nunca se deixam vencer pelas adversidades”.
O ex-presidente escreveu: “Talvez, em breve, Deus também nos conceda a chance de concluir nossa missão com dignidade e nos devolva tudo o que foi tirado de nós. Talvez tenhamos uma nova oportunidade de restaurar o Brasil como uma terra de liberdade, onde o povo é senhor de seu próprio destino. Até lá, seguiremos firmes, de pé, cada um de nós, pelo sonho de um Brasil forte, livre e fiel aos seus valores mais elevados”.
Líderes internacionais começaram a parabenizar publicamente Donald Trump pela vitória projetada pela imprensa norte-americana na disputa pela Presidência dos EUA. O presidente da França, Emmanuel Macron, falou em trabalhar junto com o republicano. “Pronto para trabalharmos juntos como fizemos por quatro anos. Com suas convicções e as minhas. Com respeito e ambição. Por mais paz e prosperidade”.
Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido, disse estar “ansioso” para trabalhar com Donald Trump. “Estamos lado a lado na defesa dos nossos valores partilhados de liberdade, democracia e negócios. Do crescimento e da segurança à inovação e à tecnologia, sei que a relação especial entre o Reino Unido e os EUA continuará a prosperar”.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, reforçou o discurso de Trump sobre o “maior retorno da história”. “Seu retorno histórico à Casa Branca oferece um novo começo para a América e um poderoso compromisso com a grande aliança entre Israel e a América”.
Javier Milei, presidente da Argentina, comemorou a vitória de Trump. “Faça a América grande novamente. Você sabe que pode contar com a Argentina para executar sua tarefa”.
O secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Mark Rutte, reforçou a aliança com a entidade. “Sua liderança será novamente a chave para manter nossa aliança forte. Estou ansioso para trabalhar com ele novamente para promover a paz através da força através da Otan”.
Na campanha, Trump chegou a dizer que incentivaria os russos a fazerem “o que quiser” com aliados da Otan que não pagam pela defesa conjunta. Os aliados ocidentais também temem que uma presidência do republicano signifique uma redução da ajuda militar à Ucrânia por parte dos Estados Unidos, que impulsionou o apoio de toda a Otan a Kiev e foi seu maior apoiador.
Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, foi outro líder internacional a se parabenizar Trump. “Lembro-me do nosso grande encontro com o presidente Trump em setembro, quando discutimos em detalhes a parceria estratégica Ucrânia-EUA, o Plano de Vitória e maneiras de pôr fim à agressão russa contra a Ucrânia”.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, disse que os EUA e a Itália são nações “irmãs”. “A Itália e os Estados Unidos são nações ‘irmãs’, ligadas por uma aliança inabalável, valores comuns e uma amizade histórica. É um vínculo estratégico, que estou certo que iremos agora reforçar ainda mais. Bom trabalho, presidente”..
Outros líderes internacionais também parabenizaram o republicano pela projeção de vitória (veja mais abaixo). Entre eles, Viktor Orban, primeiro-ministro da Hungria, e Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.
Donald Trump venceu a disputa pela Casa Branca contra Kamala Harris e chega à Presidência dos Estados Unidos pela 2ª vez.
Segundo o jornal The New York Times, o republicano alcançou a marca de 276 delegados dos 270 necessários, ante 223 da candidata democrata.
De acordo com agências internacionais, Trump superou a performance que teve na eleição de 2020, quando foi derrotado pelo atual presidente Joe Biden.
Ele derrotou Kamala Harris em estados decisivos como Pensilvânia desde áreas rurais até centros urbanos.
Antes mesmo do fim da contagem oficial, após a Fox News projetar sua eleição, Trump já havia feito o tradicional discurso de vitória.
“Vamos ajudar nosso país a se curar. Vamos consertar nossas fronteiras, consertar tudo no nosso país. Fizemos história, superamos obstáculos. É uma vitória política que nosso país nunca viu antes”, disse Trump.
“O governo Lula não tem projeto para o país e que passou um sinal negativo ao mudar as metas do próprio arcabouço fiscal que criou no ano passado”. A afirmação é do ex-presidente da República Michel Temer, 84 anos. Mandatário entre setembro de 2016 e dezembro de 2018, Temer instituiu em sua gestão o chamado teto de gastos, que corrigia o gasto do ano corrente pela inflação do anterior
“A sensação que eu tenho é que este governo não tem um projeto. Ou, se o tem, tem às escuras, não às claras. Não lança para a população”, diz Temer. Temer também aprovou a reforma trabalhista, além de ter iniciado as discussões da previdenciária, finalmente aprovada em 2019, no governo Jair Bolsonaro (PL).
O ex-presidente afirma que a fase de radicalização política no Brasil está ficando para trás e que o desempenho positivo de seu partido, o MDB, no último pleito seria prova disso. Temer participou nesta terça-feira (29) do Lide Brazil Conference, em Londres, promovido por Folha, UOL e Lide.
“Assim que eu cheguei no governo, percebi que a economia não se resolve num passe de mágica. Você não reduz os juros nem a inflação com uma única medida. É preciso uma série delas. Por isso, optamos pelas reformas, começando pelo teto de gastos”, lembra.