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16 de outubro de 2023
Internacional

Estrangeiros de 28 países foram mortos em ataque terrorista do Hamas contra Israel; veja lista

Por Washington Tiago

Foto: AHMAD GHARABLI / AFP

Ao menos 161 estrangeiros de 28 países morreram no ataque terrorista promovido pelo grupo extremista Hamas no dia 7 de outubro contra Israel. Parte deles com dupla nacionalidade, a exemplo dos brasileiros Ranani Glazer, Bruna Valeanu e Karla Stelzer Mendes que também tinham passaporte israelense.

Conforme autoridades, 92 estrangeiros continuam desaparecidos desde a ofensiva do Hamas e ao menos 2.750 pessoas morreram nos bombardeios israelenses lançados em retaliação.

As Forças de Defesa de Israel afirmaram que há 199 reféns na Faixa de Gaza, nas mãos do grupo extremista Hamas. O contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz do órgão, disse que os responsáveis pelos atos terroristas levaram muitos idosos, crianças e mulheres como reféns.

Confira lista de estrangeiros vítimas do ataque do Hamas:
EUA: 30 mortos e 13 desaparecidos
Tailândia: 28 mortos e 17 reféns
França: 19 mortos e 13 desaparecidos
Rússia: 16 mortos e 8 desaparecidos
Nepal: 10 mortos
Argentina: 7 mortos e 15 desaparecidos
Ucrânia: 7 mortos e 9 desaparecidos
Canadá: 5 mortos e 3 desaparecidos
Reino Unido: 4 mortos e vários desaparecidos
Romênia: 4 mortos e 1 desaparecido
Áustria: 3 mortos e 2 desaparecidos
Bielorrússia: 3 mortos e 1 desaparecido
China: 4 mortos e 2 desaparecidos
Filipinas: 3 mortos e 3 desaparecidos
Brasil: 3 mortos e 1 ferido
Peru: 2 mortos e 5 desaparecidos
África do Sul: 2 mortos
Portugal: 1 morto e 4 desaparecidos
Chile: 1 morto e 1 desaparecido
Turquia: 1 morto e 1 desaparecido
Espanha: 1 morto e 1 desaparecido
Colômbia: 1 morto e 1 desaparecido
Honduras: 1 morto
Austrália: 1 morto
Azerbaijão: 1 morto
Camboja: 1 morto
Irlanda: 1 morto
Suíça: 1 morto
Alemanha: 8 reféns
México: 2 reféns
Itália: 3 desaparecidos
Paraguai: 2 desaparecidos
Tanzânia: 2 desaparecidos
Sri Lanka: 2 desaparecidos


14 de outubro de 2023
Eleições 2022

‘Se tivemos eleição do Lula, deveu-se à decisão do STF’, afirma ministro

Decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que participa do I Fórum Esfera Internacional, em Paris, defendeu o papel da Corte para o país. De acordo com o magistrado, o STF retomou a “autonomia” da política e a eleição do presidente Lula no Brasil se devem a decisões da Corte. A informação é da coluna Igor Gadelha, do portal Metrópoles.

“Se a política voltou a ter autonomia, isso se deve ao Supremo Tribunal Federal. Se hoje temos a eleição do presidente Lula, isso se deveu a uma decisão do Supremo Tribunal Federal. […] Se política deixou de ser judicializada e deixou de ser criminalizada, isso se deve ao Supremo Tribunal Federal”, disse Mendes, neste sábado (14), durante o fórum.

As declarações do ministro acontecem em meio às ofensivas do Congresso Nacional contra a Corte. Além do decano, também estão presentes no painel o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas


13 de outubro de 2023
Internacional

Itamaraty confirma morte de 3ª brasileira vítima de ataque do Hamas em Israel

O Ministério das Relações Exteriores confirmou, na manhã desta sexta-feira (13), a morte de mais uma brasileira, que estava desaparecida após ataque do grupo extremista Hamas em Israel no último sábado (7).

“O Governo brasileiro lamenta e manifesta seu profundo pesar com a morte da cidadã brasileira Karla Stelzer Mendes, de 42 anos, terceira vítima fatal brasileira dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro em Israel”, diz nota divulgada pelo Itamaraty.

Além de Karla, já tiveram a morte confirmada outros dois brasileiros que participavam de uma rave próximo à Faixa de Gaza no momento do atentado. São eles Bruna Valeanu e Ranani Nidejelski Glazer, ambos com 24 anos.


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11 de outubro de 2023
Internacional

Israel diz que há brasileiros entre reféns do Hamas em Gaza

O Ministério da Defesa de Israel afirmou nesta quarta-feira, 11, que há brasileiros entre as pessoas que estão sendo mantidas reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza. O anúncio foi feito por um porta-voz do Exército israelense. O número de reféns e suas identidades não foram confirmados pelo governo israelense.

“Temos americanos, britânicos, franceses, alemães, italianos, brasileiros, pessoas da Argentina e da Ucrânia, e vários outros países. Não lembro a lista completa, pois é muito grande”, disse o porta-voz Jonathan Conricus, em um vídeo publicado no X (o antigo Twitter).

“Há 1,2 mil israelenses mortos, e cerca de 2,7 mil feridos. Dezenas estão sendo mantidos reféns em Gaza pelo Hamas, inclusive, sendo muitos deles com dupla nacionalidade”, disse Conricus no vídeo. O porta-voz afirmou que esta “não é uma preocupação apenas para Israel”, mas de “muitos países livres no mundo”.

O grupo terrorista levou reféns para a Faixa de Gaza durante o ataque relâmpago do sábado. Na segunda-feira, 9, o grupo chegou a afirmar que haveria uma execução de refém para cada bombardeio de Israel no território. A ameaça não intimidou os militares israelenses, que continuam bombardeando o enclave palestino depois do comunicado.

De acordo com o Itamaraty, com a confirmação da morte de Ranani Glazer e Bruna Valeanu na terça-feira, 10, sabe-se que ainda uma brasileira considerada desaparecida, a carioca Karla Stelzer Mendes, de 41 anos. Entretanto, não há confirmação de que Karla possa estar entre os reféns de Hamas.

Karla, assim como Ranani e Bruna, estava em uma rave no sul de Israel realizada no sábado, 7. A festa de música eletrônica, também conhecida como rave, acontecia no deserto de Negev, perto do Kibutz Re-im, a 5 km da Faixa de Gaza, quando foi invadida por terroristas do Hamas. Segundo relatos de vítimas, homens armados cercaram o local, lançaram granadas e dispararam contra as pessoas que ali estavam.

Procurado pelo Estadão, o Itamaraty ainda não confirmou se já foi comunicado sobre os reféns.

Estadão Conteúdo


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10 de outubro de 2023
Brasil

Câmara dos Deputados aprova moção de repúdio ao ataque do Hamas

Uma moção de repúdio contra os ataques promovidos pelo Hamas a Israel no último sábado (7) foi aprovada na Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (10). O requerimento foi apresentado pelo deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP).

“Os ataques e bombardeios realizados em Israel são atos de terrorismo e desrespeitam as regras internacionais, devendo ser condenados veementemente por todas as nações civilizadas”, defende o parlamentar.

O governo de Israel estima que mais de 900 cidadãos israelenses tenham sido mortos, e outros 2,6 mil ficaram feridos, durante a guerra contra o grupo extremista islâmico Hamas, que já dura quatro dias consecutivos. A atualização mais recente foi divulgada na manhã desta terça-feira (10) pela embaixada de Israel no Brasil.

Em territórios palestinos, a estimativa é que 787 pessoas tenham morrido e 4,9 mil ficaram feridas. Desde o episódio mais recente do conflito, já são mais de 1,7 mil mortos e 7,5 mil feridos em Gaza, Cisjordânia e Israel. Além disso, segundo autoridades, 1,5 mil corpos de integrantes do Hamas foram encontrados em território israelense.


10 de outubro de 2023
Internacional

Governo confirma morte de brasileiro em Israel

Mônica Bergamo/Folhapress


O governo federal confirmou a morte de Ranani Glazer, 23, um dos brasileiros que estavam na rave atacada pelo grupo terrorista Hamas em Israel neste fim de semana. Dois brasileiros seguem desaparecidos.

A informação já tinha sido confirmada pela tia do jovem à Folha na noite de segunda-feira (9). Questionado, o Itamaraty, no entanto, não tinha respondido à reportagem nem confirmado o óbito.

Glazer estava com outros dois brasileiros —a namorada, Rafaela Treistman, e o amigo, Rafael Zimerman— em uma festa a 5 km da Faixa de Gaza no sábado (7) quando ela foi invadida por militantes da facção terrorista palestina. Homens armados cercaram o local, lançaram granadas e dispararam contra eles.

Segundo relato de Zimerman a Guilherme Botacini, da Folha, os três fugiram e se esconderam em um abrigo ao ouvir os primeiros disparos. Ao deixarem o lugar em que se esconderam, porém, ele e Rafaela já não sabiam o paradeiro de Glazer.

“Quando saí do abrigo, dei de cara com a polícia”, afirmou Zimerman. “Estava com a Rafaela. Mas o Ranani infelizmente não saiu com a gente. Chorei demais. Agradeci. O que falei com Deus não está escrito. Quando vi a Rafaela, só pensava em cuidar dela. Sair sem o Ranani foi uma dor enorme para ela.”

Mais de 260 morreram na rave. Não está claro se o brasileiro já está contabilizado nessa cifra, nem se ela faz parte do número total de vítimas do conflito iniciado no sábado.

Participantes da festa dizem que um alerta de foguetes tocou logo ao amanhecer e foram seguidos de barulhos de tiros. “Desligaram a eletricidade e, de repente, do nada, eles [militantes] entraram atirando, disparando em todas as direções”, disse uma testemunha a uma emissora de Israel. “Cinquenta terroristas chegaram em vans, vestidos com uniformes militares.”

Os participantes do evento tentaram fugir do local correndo ou em carros, mas encontraram com jipes de terroristas armados.

O local do festival, que contava com três palcos, área de acampamento e refeições, fica no deserto de Negev, perto do Kibutz Re-im, a poucos quilômetros da Faixa de Gaza, de onde combatentes do Hamas cruzaram no amanhecer de sábado.

A ofensiva do grupo terrorista é o pior sofrido por Israel em 50 anos. Por ar, terra e mar, com foguetes e combatentes armados, a facção adentrou o território israelense e realizou sequestros e massacres, como os registrados na rave onde estavam os brasileiros.

O conflito já tinha matado até a segunda cerca de 1.500 pessoas —ao menos 800 do lado de Israel e 687 palestinos.


9 de outubro de 2023
Brasil

Cúpula do Senado é iluminada com bandeira de Israel após ataque do grupo terrorista Hamas

Com informações da Agência Senado.

Após ataque do grupo terrorista Hamas em Israel, no último sábado (7), a cúpula do Senado Federal, em Brasília, foi iluminada com uma projeção da bandeira do país na noite do domingo (8). A iniciativa atendeu a pedido do presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senador Davi Alcolumbre (União-AP), que é de família judia.

“Na noite deste domingo (8), a cúpula do Senado Federal está iluminada com a projeção da bandeira de Israel em sinal de solidariedade pelo ataque terrorista sofrido e também em homenagem a todos os mortos, feridos e desaparecidos em decorrência desse ataque cruel. Agradeço imensamente ao presidente [do Senado] Rodrigo Pacheco por ter acatado o meu pedido para iluminar a cúpula do Senado em apoio ao povo de Israel nesse momento de grande sofrimento e dor”, declarou o parlamentar, por meio das redes sociais.

Líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) detalhou a atuação do Executivo em meio ao conflito. “Nosso governo colocou como prioridade absoluta a repatriação de brasileiras e brasileiros que se encontram na região do conflito entre Israel e Palestina. A operação já está em curso e envolve o Itamaraty, o Ministério da Defesa e a Aeronáutica, que destacou seis aviões da Força Aérea Brasileira para trazer ao Brasil aqueles que desejam retornar, turistas e moradores. O primeiro voo já partiu neste domingo. O compromisso do governo Lula é com a vida de nossas irmãs e nossos irmãos e com a busca permanente do diálogo para dar fim aos ataques e abrir espaço para a paz”, afirmou.

Até o momento, segundo o Itamaraty, foram identificados três brasileiros desaparecidos e um ferido após o conflito. Todos são binacionais e participavam de um festival de música no Distrito Sul de Israel, a menos de 20 quilômetros da Faixa de Gaza. O brasileiro ferido recebeu alta do hospital nesta segunda-feira (9) e se encontra bem.


9 de outubro de 2023
Internacional

Hamas fez mais de 100 reféns durante incursão, diz Israel

Mais de cem pessoas foram feitas reféns pelo movimento palestino do Hamas, informou neste domingo (8) o governo israelense, depois de um ataque da facção extremista contra Israel deflagrado no dia anterior.

Israel publicou o número de pessoas que foram capturadas numa infografia em sua conta do Facebook, e um funcionário que prefere não ser identificado confirmou os dados à agência AFP. Já o Hamas disse que divulgaria um comunicado ainda neste domingo informando quantos civis e militares capturou.

Ainda neste domingo, o chefe do grupo palestino Jihad Islâmico, Ziad al-Nakhala, afirmou que sua facção mantém em cativeiro mais de 30 dos israelenses que foram sequestrados na Faixa de Gaza desde sábado.

Os reféns não serão repatriados “até que todos os nossos prisioneiros sejam libertados”, acrescentou al-Nakhala, referindo-se aos milhares de palestinos que estão em prisões israelenses.

Os ataques do Hamas, grupo militante que controla a Faixa de Gaza, em Israel no sábado foram um dos dias mais violentos e mortais na região em décadas. A facção lançou uma série de mísseis que atingiram grandes cidades israelenses e enviou combatentes pela fronteira para o sul de Israel, onde tomaram bases e capturaram reféns.

A captura de tantos israelenses, alguns filmados sendo puxados através de postos de segurança ou conduzidos, sangrando, para Gaza, acrescenta outra camada de complicação para o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, cujo governo é o mais à direita da história de Israel, depois de episódios anteriores em que reféns foram trocados por prisioneiros.

Neste domingo, o Hamas lançou mais foguetes contra Israel, disparando sirenes de ataque aéreo no sul do país, e os militares israelenses disseram que combinariam a retirada de pessoas das áreas de fronteira com a busca por mais homens armados da facção.

Em menos de dois dias, o conflito já matou mais de 900 pessoas. Em Israel, ao menos 600 pessoas foram mortas e outras 2.048 ficaram feridas, segundo a imprensa local. Já na Faixa de Gaza, pelo menos 313 pessoas e outras 2.000 ficaram feridas, de acordo com o Ministério da Saúde palestino. Mais sete pessoas perderam a vida na Cisjordânia.


8 de outubro de 2023
Internacional

Donald Trump culpa Biden por ataques do Hamas em Israel

Foto EFE / Doug Mills

O ex-presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, divulgou um comunicado responsabilizado o atual presidente dos EUA, Joe Biden, pelo ocorrido em Israel. Trump afirmou que recursos americanos foram usados com financiamento dos ataques terroristas ao território israelense. “Infelizmente, dinheiro dos contribuintes americanos foi usado para financiar esses ataques, que muitos estão dizendo vieram do governo Biden”, escreveu Trump.

De acordo com o ex-presidente, em sua gestão a paz foi levada ao Oriente Médio. Segundo ele isso se deu por causa dos Acordos de Abraham. “Nós levamos tanta paz ao Oriente Médio por meio dos Acordos de Abraham, só para ver Biden jogar tudo fora muito mais rápido do que qualquer um poderia imaginar”, detalhou Donald Trump.


8 de outubro de 2023
Internacional

Lula se diz chocado com ataque contra Israel, mas não cita Hamas

Renato Machado / Folhapress

Edson Ruiz/Coofiav/Folhapress

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste sábado (7) ter ficado chocado com os ataques contra civis em Israel, que ele descreveu como “terrorismo”.

Sem mencionar o grupo islâmico extremista Hamas, que assumiu a autoria dos ataques, o mandatário afirmou que o Brasil não poupará esforços para evitar uma escalada no conflito e pediu que a comunidade internacional trabalhe imediatamente para que as negociações de paz sejam retomadas. O presidente, por outro lado, também defendeu ações que garantam a existência de um Estado Palestino.

“Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas. Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas. O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU”, escreveu o presidente, em sua rede social.

“Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados”, completou.

Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro havia afirmado que vai convocar uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre os ataques em território israelense a partir da Faixa de Gaza na madrugada deste sábado (7).

O Brasil assumiu a presidência rotativa do órgão em 1º de outubro. Outros países membros também solicitaram uma reunião sobre o tema, e agora estão em consulta para determinar uma data. Em nota, também sem mencionar o Hamas, o Itamaraty disse ser urgente a retomada das negociações para a paz.

“O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina”, afirmou a pasta.

Em nova nota no início da tarde, o Itamaraty afirmou que mantém contato com cerca de 30 brasileiros que residem na Faixa de Gaza e outros 60 que moram em Ascalão e em localidades na zona de conflito.
Segundo o ministério, há cerca de 14 mil brasileiros morando em Israel e outros 6 mil na Palestina.

“Não há, até o presente momento, registro de nacionais vítimas ou diretamente atingidos pelos ataques.”

Neste sábado, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, declarou guerra após o Hamas lançar um ataque surpresa e de grande escala, numa ação que já é considerada uma das maiores ofensivas contra o país nos últimos anos. Ao menos 200 israelenses morreram, e autoridades dizem que o número de vítimas pode aumentar. Pouco depois, ao menos 230 palestinos foram mortos numa retaliação de Tel Aviv.

Em mensagem de vídeo, Netanyahu disse que o grupo extremista islâmico que controla a Faixa de Gaza pagará “um preço sem precedentes” pela ofensiva, que teria usado mais de 5.000 foguetes. “Estamos em guerra. Esta não é uma operação simples”, afirmou.

Outros políticos brasileiros se manifestaram sobre o conflito no Oriente Médio, condenando os ataques contra a população civil e pedindo negociações de paz.

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pediu uma ação da comunidade internacional para evitar uma escalada no conflito.

“É urgente que a comunidade internacional propugne esforços em favor da paz entre israelenses e palestinos, no sentido de evitar a escalada da violência no Oriente Médio. Não podemos fechar os olhos para a violação de princípios fundamentais”, afirmou o senador, por meio de suas redes sociais.

“E nada justifica o uso da violência. Em nome do Congresso Nacional, expresso condolências aos familiares das vítimas, e reafirmo meu desejo pelo fim do conflito e a busca por uma solução justa, pacífia e duradoura para a região”, completou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), por sua vez, condenou a ação do Hamas contra o território israelense, que considerou “inaceitável”.

“A guerra não é a solução para conflitos políticos ou de qualquer natureza. O ataque do Hamas a Israel é inaceitável e cria mais um foco de tensão mundial. Devemos todos, inclusive o estado brasileiro, buscar o fim das hostilidades e o entendimento político. O caminho é o da paz”, escreveu o deputado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou em suas redes sociais. “Pelo respeito e admiração ao povo de Israel, repudio o ataque terrorista feito pelo Hamas, grupo terrorista que parabenizou o Lula quando venceu as eleições de 2022”, escreveu. “Para que a paz reine na região, lideranças palestinas precisavam abandonar o terrorismo e reconheça o direito de Israel de existir.”

Ex-presidente do Senado e atual presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que é judeu, divulgou uma nota condenando o atentado. Ele acrescenta que a violência obriga Israel a usar “os instrumentos necessários” para defender a população.

“Uno-me à comunidade judaica de todo mundo, com meu povo em Israel que sofre nesse momento ataque em larga escala promovido pelo grupo terrorista palestino Hamas e seus apoiadores. Um ataque sem precedentes que vitima inocentes em todo o país e que obrigará Israel a usar os instrumentos necessários para defender sua população”, afirma o texto da nota.

“Peço, como judeu que sou, que os líderes mundiais reúnam os esforços necessários para neutralizar essa escalada cruel e preocupante de violência e a perda de milhares de vidas em meio a um ato de terror injustificável”, completou.


8 de outubro de 2023
Internacional

Hamas ataca, e Israel revida com ofensiva aérea em Gaza

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou neste sábado (7) que Israel está em guerra, horas após um grande ataque do Hamas deixar pelo menos 150 israelenses mortos e mais centenas de feridos no país.

A ação teve mais de 5.000 foguetes lançados da Faixa de Gaza que atingiram diferentes partes de Israel, inclusive Jerusalém. Além disso, militantes do Hamas usaram parapentes, blindados e barcos para invadir o sul do país, promovendo tiroteios, ateando fogo em casas e sequestrando civis e militares. Moradores da região buscam abrigo em bunkers. O governo contabiliza 57 israelenses em poder do Hamas.

“Estamos em um guerra. Não numa operação, mas em guerra. O inimigo pagará um preço sem precedentes. Estamos em guerra e vamos vencê-la” Benjamin Netanyahu primeiro-ministro de Israel, em comunicado neste sábado (7)

Israel contra-atacou ainda neste sábado (7). Um bombardeio na Faixa de Gaza matou pelo menos 198 palestinos e deixou mais de 1.600 feridos, de acordo com autoridades da saúde da região, controlada pelo Hamas, informou o jornal Valor Econômico.

As Forças de Defesa de Israel estão em “alerta de estado de guerra” desde os ataques do Hamas. Militares fizeram infiltrações em território palestino e Netanyahu convocou reservistas para reforçar suas tropas. Isso não significa contudo, que o país já declarou oficialmente estado de guerra, o que implica uma série de medidas de exceção. É o que disseram especialistas ouvidos pelo jornal O Globo.

Os ataques, aliás, coincidem com o aniversário de 50 anos da última guerra na região. Em 6 de outubro de 1973, uma coalizão de países árabes invadiu áreas conquistadas por Israel, dando início ao que foi chamado de Guerra do Yom Kippur, como lembrou o site CNN Brasil.

Este é o primeiro grande conflito entre Israel e Palestina desde 2021. Naquele ano, incursões militares que duraram dez dias terminaram com 250 palestinos e 13 israelenses mortos, como registrou o jornal Folha de S.Paulo.


2 de outubro de 2023
Internacional

Brasil assume presidência do Conselho de Segurança da ONU

O Brasil assumiu nesse domingo (1º), pelo período de um mês, a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU). Entre os temas que o país vai defender, o principal é a importância das instituições bilaterais, regionais e multilaterais para prevenir, resolver e mediar conflitos. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, presidirá uma audiência sobre essa questão no dia 20 de outubro.

“Vamos trazer este mês a ideia de que o Conselho de Segurança deveria tratar mais amplamente dos instrumentos que as Nações Unidas, os países e as organizações regionais têm para prevenir os conflitos e não só tratar deles depois que ocorrem. Um reforço da diplomacia bilateral, regional e multilateral para prevenir a eclosão de conflitos”, explicou o secretário de Assuntos Multilaterais e Políticos do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Carlos Márcio Cozendey, em entrevista sexta-feira (29).

Como exemplo, ele citou o tratado de Tlatelolco, firmado em 1967 pelos 33 países da América Latina e Caribe, para garantir a não proliferação de armas nucleares na região.

Segundo o diplomata, outros temas serão abordados ao longo do mês na presidência brasileira do Conselho de Segurança: a possível missão de apoio às forças de segurança do Haiti; a manutenção da missão da ONU que supervisiona as negociações de paz na Colômbia; e, possivelmente, questões relativas à guerra entre Ucrânia e Rússia.

Reforma

Instituído após a Segunda Guerra Mundial, em 1948, para zelar pela manutenção da paz e da segurança internacional, o Conselho de Segurança da ONU tem cinco membros permanentes – China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia – e um grupo de 10 membros não permanentes com mandatos de dois anos.

Atualmente, ocupam as vagas rotativas Brasil, Albânia, Equador, Emirados Árabes, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique e Suíça. O mandato desses países vai até dezembro.

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