Morreu no Hospital Municipal Professor Magalhães Neto (HMPMN), nessa manhã de quinta-feria (15), Júlio César de Andrade Silva, 25 anos, vítima de latrocínio na manhã da última quarta-feria na estrada vicinal do distrito de Samambaia em Brumado. A vítima trabalhava como motorista de uma empresa de perfuração de poços artesiano. Segundo a polícia, Julio levou um tiro de chumbeira disparado por assaltantes quando se dirigia a caminho do trabalho. A vítima passou por uma cirurgia, mas veio a falecer. A polícia trabalha com linha de investigação de latrocínio, já que a motocicleta Andrade foi roubada.
A Polícia Civil apura a morte misteriosa de uma família em Maragogipe, no Recôncavo baiano. Segundo o G1, uma mulher e duas filhas dela, uma de 2 e outra de 5 anos, morreram em menos de 15 dias em momentos diferentes, após sentirem um mal-estar com sintomas parecidos.
Os médicos, que atenderam à família, declararam que as vítimas salivavam muito e apresentavam um quadro de hiperglicemia (excesso de açúcar no sangue).
A primeira vítima foi a mais velha, Greicy Kelly Santos da Conceição. Em seguida, no dia 6 de agosto, a irmã dela, Ruth Santos da Conceição, também passou mal. Na última segunda-feira (13), a mãe, Adriane Ribeiro Santana Santos, também não resistiu.
A polícia já periciou a casa onde a família morava e encontrou medicamento usado por pessoas com diabetes. Os corpos também foram periciados. A previsão é de que o resultado do laudo já divulgado em até 30 dias.
Entre os pontos fortes está a narrativa das relações entre o PCC e o Comando Vermelho
Conseguir traduzir de forma clara, organizada e didática uma história complexa e, por muitas vezes, com detalhes inacessíveis até mesmo para os órgãos de investigação, é um dos principais méritos do livro “A Guerra – A Ascensão do PCC e o Mundo do Crime no Brasil” (Todavia).
Escrita por dois importantes pesquisadores do crime organizado, Bruno Paes Manso e Camila Nunes Dias, a obra traz bastidores da guerra nacional entre a facção criminosa PCC e grupos rivais, que eclodiu no início do ano passado com mortes em diferentes presídios do país.
A relevância do livro não está no currículo dos autores ou em alguma grande revelação, mas no conjunto de informações, algumas inéditas, que já faz dele uma referência sobre o crime organizado nacional.
Entre os pontos fortes está a narrativa das relações entre o PCC e o Comando Vermelho, do surgimento da parceria criminosa e o desgaste dela até o rompimento total em junho de 2016. Tal descrição fortalece o motivo mais provável para a ruptura: a proibição por parte do CV para integrantes do PCC batizarem novos membros nos estados.
“Essas pessoas que foram batizadas por vocês, querem brecar nosso batismo pelo estado e isso jamais vamos permitir”, diz mensagem do PCC endereçada ao chefe do CV, Marcinho VP, antes do rompimento, há dois anos.
Também merece destaque a forma como os autores detectaram as mudanças da “ideologia” do PCC ao longo do tempo e a forma como a facção expandiu seus domínios.
Os autores apontam a forma de o secretário paulista Lourival Gomes administrar o sistema prisional como um dos fatores para essa expansão, com transferências de membros após “pequenas rebeliões” no estado de São Paulo.
Ainda sobre o secretário, o livro insinua haver, atualmente, um acordo tácito entre governo paulista e o chefe da facção, Marco Camacho, para evitar, por exemplo, represálias do PCC à decisão de mandar chefes do bando para um regime de prisão mais duro.
“Como foi possível o PCC ter seu momento de maior expansão e chegar ao mercado atacadista justamente quando as principais [chefes] estavam presas na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau?”, questionam os autores em resposta enviada à reportagem.
Os autores deram atualidade ao livro ao incluir, por exemplo, informações sobre as mortes dos chefes do PCC Rogério Jeremias Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca.
Ao contrário de outras referências sobre o PCC, como “Cobras e Lagartos”, de Josmar Jozino (Edipro) e “Cocaína – A rota caipira”, de Allan de Abreu (Record), “A Guerra” usa informações jornalísticas mas também introduz teses defendidas pelos autores sobre o assunto. Mistura jornalismo com a academia.
A mais polêmica das teses é dar como certo que a “regulamentação desse mercado e a descriminalização do mercado das drogas são a forma mais eficiente de reduzir os ganhos do tráfico de drogas e controlar a violência”.
Allan de Abreu, que estudou o tráfico de drogas por mais de cinco anos para escrever “Cocaína” e é fonte de referência no livro, diz que a liberação não significa quadrilhas menos poderosas.
“Há estados norte-americanos em que a presença dos cartéis mexicanos se tornou mais intensa após a descriminalização da maconha.”
Embora não comprometa a qualidade e o conjunto da obra, o texto tem algumas imprecisões. A única que merece ser revista é atribuir a Aurinete, mulher do então chefe do PCC Cesinha, o mando da morte da ex-mulher de Marcola, Ana Olivatto. Segundo especialistas, entre eles o delegado Ruy Ferraz Fontes, essa afirmação não pode ser feita –até porque ninguém foi indiciado pelo crime.
Uma visão diferente sobre a organização do PCC está na obra do sociólogo Gabriel Feltran, “Irmãos – uma história do PCC (Companhia da Letras)”, que aponta o grupo como uma sociedade secreta, funcionando como uma espécie de maçonaria do crime.
“Uma rede de apoio mútuo, pautada pelo respeito aos negócios e pela honra do outro irmão”, explica a editora.
É uma interpretação diferente das autoridades brasileiras que, geralmente, comparam a facção criada em SP com máfias internacionais, ou até com cartéis mexicanos. A obra é baseada em anos de pesquisa nas periferias paulistas. “A metáfora da maçonaria é um recurso -quase didático- para demonstrar por que as metáforas da empresa ou do comando militar não são boas o suficiente”, diz.
Um dos pontos mais interessantes do livro são as conversas transportadas pelo autor de seu trabalho de campo das “quebradas”. Ele explica o funcionamento das regras de convivência criminal imposta por membros da facção.
Criminosos que não pertencem à facção podem responder por infrações às éticas do crime -como matar alguém sem autorização.
O professor prefere utilizar outro termo para imposição. “Não há uma imposição do PCC, mas uma regulação do que é considerado certo -obviamente na ética deles, que não é a nossa. Essa ética não é prescritiva como a nossa. Ela é mais retrospectiva. Avalia o que aconteceu, mais do que preconizar o que deve ser feito.”
Um problema do livro é a falta de rigor na apuração de algumas informações oficiais.
Por exemplo, diz que “mais de 15 anos da vida de Marcola foram passados em Regime Disciplinar Diferenciado”. Na verdade, desde que foi preso, em 1999, segundo dados do governo de SP, Marco Camacho (que o autor chama de Marcos), permaneceu nesse regime cinco vezes – totalizam menos de quatro anos.
Também diz ter sido a Polícia Federal a responsável pela Operação Ethos, quando na verdade foi a Polícia Civil e Ministério Público de São Paulo. “Seguramente estava baseado em informação de imprensa”, diz o autor, que promete uma correção na próxima edição.
IRMÃOS – UMA HISTÓRIA DO PCC
AUTOR Gabriel Feltran
EDITORA Companhia das Letras
QUANTO R$ 49,90 (408 páginas).
Na manhã desta quarta-feira (15), um jovem que trabalha para uma empresa de perfuração de poços artesiano levou um tiro de chumbeira nas costas na estrada vicinal do distrito de Samambaia, em uma tentativa de latrocínio. O bandido levou a motocicleta da vítima. Segundo informações da polícia, a vítima foi encontrada caída por populares, socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e encaminhada a unidade de pronto socorro do Hospital Municipal Professor Magalhães Neto (HMPMN) e esta inconsciente no momento.
A Polícia Civil em Barra da Estiva vem mantendo o índice de 100% de elucidações de crimes contra a vida. O último praticado na noite de sábado (11), já foi elucidado e a justiça expediu os Mandados de Prisão Preventiva contra três acusados de tramar e participar na morte do comerciante e Guarda Municipal de Barra da Estiva. Segundo o Delegado Titular Joildo dos Humildes, Elias Silva do Nascimento, Samuel Gonçalves Rocha e Tailan de Araújo, planejaram a morte do Guarda Municipal, pois desconfiavam que a vítima estava passando informações para a polícia. Os acusados foram para casa de Tailan, onde testaram a arma do crime (revólver calibre .32), ficando Elias encarregado de executar o plano. Elias foi até a casa da vitima, pulou o muro, exigiu que a filha da vítima chamasse pelo pai e assim que o mesmo veio atender ao chamado da filha foi atingido por vários disparos de aram de fogo. Ainda segundo o delegado, autor confessou o crime. No município de Barra da Estiva já ocorreu 07 homicídios até o mês de agosto, a Polícia Civil elucidou todos, e mantem o índices de 100% de elucidação dos crimes contra a vida.
Acusado de mandar matar um policial civil em outubro do ano passado, no bairro de São Cristóvão, em Salvador, o traficante Fábio Souza dos Santos, o Geleia, que comanda as ações da facção Bonde do Maluco (BDM) na localidade Vila de Abrantes, em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS), foi preso no Paraguai neste final de semana.
Ele estava dentro de um carro com outros dois homens quando foi abordado pela polícia da cidade de Minga Guazú, na fronteira com o Brasil.
A informação foi confirmada pela delegada Daniele Monteiro, titular da 26ª Delegacia (Vila de Abrantes). “Ele estava com um revólver calibre 44 e uma pistola 9 milímetros, além de cartuchos e carregadores”, declarou a delegada.
Um caminhão com três toneladas de leite em pó foi recuperado por equipes da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Caatinga, após denúncia anônima de veículo abandonado na BR-116, no km 107. A ação aconteceu neste domingo (12/8), e teve apoio do 5º Batalhão da Polícia Militar (BPM/Euclides da Cunha). Segundo o comandante da Cipe/Caatinga, major PM Wildon Reis, a informação chegou pelo Disque-Denúncia e, logo em seguida, os policiais saíram para verificar o fato. Chegando no local, já havia equipe do 5º BPM. Foram apreendidos 15 mil pacotes de leite em pó, da marca ‘Camponesa’, no caminhão com placa PPZ-6632, de Minas Gerais. O motorista Rafael Carlos Borges de Araújo, 26 anos, já havia prestado queixa, um dia antes, na cidade de Canudos, sobre o roubo do veículo da empresa JLI Transportes LTDA. O caminhão e todo o material foram apresentados, na Delegacia Territorial de Macureré.
Nos primeiros sete meses deste ano, o Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher, registrou mais de 740 ocorrências relacionadas a feminicídios e tentativas de homicídio contra mulheres. Os números fazem parte do balanço divulgado nesta segunda-feira (13/8) pelo Ministério dos Direitos Humanos (MDH). De janeiro a julho de 2018, foram registrados 78 casos de feminicídios e 665 tentativas de assassinatos de mulheres. No mesmo período, a Central recebeu quase 80 mil relatos de violência de gênero, sendo que cerca de 80% das denúncias foram classificadas como violência doméstica. Agressões físicas representam quase metade (46,94%) dos relatos. E três em cada 10 denúncias se referem a violência psicológica. Além das violências doméstica, física e psicológica, o Ligue 180 registra ainda casos de violência sexual, moral, patrimonial, obstétrica, no esporte, cárcere privado, crimes cibernéticos e agressões contra mulheres migrantes e refugiadas. As denúncias são encaminhadas para a Defensoria Pública e Ministério Público e outras instituições da rede de proteção das mulheres. A Central também orienta sobre a Lei Maria da Penha e outros dispositivos legais de defesa dos direitos das mulheres. A ligação para o 180 é gratuita e pode ser feita inclusive nos feriados e fins de semana. Os casos de violência também podem ser registrados pelo e-mail ligue180@spm.gov.br. (Aratu notícias)
Policiais civis da 36ª Delegacia Territorial, de Mata de São João, na Região Metropolitana de Salvador, prenderam, nesta segunda-feira (13), o homem suspeito de ter furtado o notebook de um juiz dentro do Fórum de Pojuca na última quinta-feira (9).
Segundo os investigadores, José Raimundo Santana dos Santos usava documentos de identificação do seu irmão Ernando Santana dos Santos para cometer delitos.
O suspeito, encontrado em no bairro de Vila de Abrantes, em Camaçari, foi preso em virtude de um mandado de prisão e apresentado na delegacia de Pojuca, onde segue custodiado.
Uma guarnição da CIPE/Sudoeste apreendeu no último domingo (12), na cidade de Barra da Estiva, através do setor de informação que dois irmãos, conhecidos por diversas práticas criminosas, seriam os autores do homicídio que vitimou um guarda municipal naquela cidade, no início da noite de sábado, dia (11). Ao se aproximar do endereço informado, dois elementos, ao avistarem a viatura, empreenderam fuga pulando muros de algumas residências. Após cerco e buscas nas proximidades, os mesmos foram localizados e detidos pela Guarnição, os quais foram abordados e identificados. Indagados sobre os fatos referentes ao homicídio do guarda municipal, negaram as acusações, porém colaboraram com algumas informações. um dos invividos detido contou que o homicídio foi cometido por uma pessoa de vulgo “Pardal”, o qual se encontra detido na Delegacia de Brumado. Após autorização, foi constatado que havia uma ligação telefônica oriunda do referido “Pardal”, para o celular de um dos elementos.
Após entrarem diversas vezes em contradição, a Guarnição deu continuidade à abordagem, se deslocando até a residência de um dos presos onde com sua permissão, foi realizada buscas em seu interior, onde foram encontradas 19 petecas de substância análoga à maconha, as quais o suposto afirmou serem do seu irmão que se encontra preso na Delegacia de Barra da Estiva. O mesmo ainda alegou que na noite do homicídio do guarda municipal se encontrava em um bar próximo, e que ouviu três indivíduos por nomes “B.”, “T.” e “S.” planejando o crime, assegurando ainda que “B.” possuía uma arma de fogo. A Guarnição efetuou diligências no intuito de localizar os citados, mas nenhum deles foi encontrado.
“E.” contou ainda que efetuou assalto a uma farmácia da cidade, onde na ocasião, câmeras de segurança o flagraram cometendo o crime.
Diante do exposto, os indivíduos e o material foram apresentados à DP de Brumado, para a tomada de medidas cabíveis.
Trinta homens do Comando de Operações Táticas (COT), a tropa de elite da Polícia Federal, estavam a postos com suas armas para invadir o Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo. Com mandado de prisão expedido pelo juiz Sérgio Moro, o ex-presidente Lula resistia a se entregar. Na primeira entrevista desde que assumiu o cargo, há cinco meses, o diretor-geral da PF, Rogério Galloro, relata detalhes das negociações para levar o petista a Curitiba naquele sábado, 7 de abril. O número um da polícia se aproximou dos negociadores de Lula: “Acabou! Se não sair em meia hora, vamos entrar”. Em seguida, ordenou que os agentes invadissem o prédio no fim do prazo estipulado.
Como foi o episódio da prisão do ex-presidente Lula?
Foi um dos piores dias da minha vida. Quando eles (interlocutores de Lula) pediram detalhes da logística da prisão, nos convenceram de que havia interesse do ex-presidente de se entregar ainda na sexta (6 de abril, prazo dado pelo juiz Sérgio Moro). Acabou o dia e ele não se apresentou. Nós não queríamos atrito, nenhuma falha. Chegou o sábado, Moro exigiu que a gente cumprisse logo o mandado. A missa (improvisada no sindicato) não acabava mais. Deu uma hora (da tarde) e eles disseram: ‘Ele vai almoçar e se entregar’.
O sr. perdeu a paciência em algum momento?
No sábado, nós fizemos contato com uma empresa de um galpão ao lado, lá tinha 30 homens do COT (Comando de Operações Táticas) prontos para invadir. Ele (Lula) iria sair em sigilo pelo fundo quando alguém, lá do sindicato, foi para a sacada e gritou para multidão do lado de fora, que correu para impedir a saída. Foi um susto. A multidão começou a cercá-lo e eu vi que ali poderia acontecer uma desgraça. Ele retornou.
Qual era o risco?
Quando tem multidão, você não tem controle. Aquele foi o pior momento, porque eu percebi que não tinha outro jeito. A pressão aumentando. Quando deu 17h30, eu liguei para o negociador e disse: ‘Acabou! Se ele não sair em meia hora nós vamos entrar’. E dei a ordem para entrar. Às 18h, ele saiu.
Houve alguma exigência?
Eles pediram para não haver muita exposição, que não humilhasse o ex-presidente, nós usamos tudo descaracterizado. Ele estava quieto o tempo todo, bastante concentrado.
Por que o ex-presidente está na superintendência da PF?
Isso não nos agrada. Nunca tivemos preso condenado numa superintendência. É uma situação excepcional. O juiz Moro me ligou, pediu nosso apoio, ele sabe que não temos interesse nisso. Mas, em prol do bom relacionamento, nós cedemos.
Recentemente, Lula mandou chamar dirigentes do PT para discutir, dentro da superintendência, a eleição presidencial. É um tratamento diferenciado?
Não somos nós que organizamos isso (as regras para visitas), mas o juiz da Vara de Execuções Penais. O Lula está lá de visita, de favor. Nas nossas novas superintendências não vão ter mais custódia. No Paraná, não vamos mexer agora. Só depois da Lava Jato.
O sr. conversou com o ex-presidente na prisão?
Eu estive na superintendência, mas não fui vê-lo. É um simbolismo muito ruim.
O segundo momento tenso para a PF envolveu a ordem de soltar Lula dada pelo desembargador Rogério Favreto e a contraordem de Moro e dos desembargadores Gebran Neto e Thompson Flores, do TRF-4.
Eu estava no Park Shopping, em Brasília, dei uma mordida no sanduíche, toca o telefone. Avisei para a minha mulher: ‘Acabou o passeio’.
Em algum momento a PF pensou em soltar o ex-presidente?
Diante das divergências, decidimos fazer a nossa interpretação. Concluímos que iríamos cumprir a decisão do plantonista do TRF-4. Falei para o ministro Raul Jungmann (Segurança Pública): ‘Ministro, nós vamos soltar’. Em seguida, a (procuradora-geral da República) Raquel Dodge me ligou e disse que estava protocolando no STJ (Superior Tribunal de Justiça) contra a soltura. ‘E agora?’ Depois foi o (presidente do TRF-4) Thompson (Flores) quem nos ligou. ‘Eu estou determinando, não soltem’. O telefonema dele veio antes de expirar uma hora. Valeu o telefonema.
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo, blindou o delegado da PF Cleyber Malta Lopes ao autorizar a prorrogação do inquérito dos Portos, que investiga o presidente Michel Temer. O sr. tentou trocar o delegado?
Não. Eu estive com o Cleyber antes de me tornar diretor-geral. Depois disso sequer o vi. Houve um momento em que eu coloquei 25 policiais para ajudá-lo. Foi no período anterior à decisão do ministro de prorrogar por mais 60 dias.
Não lhe pareceu um recado o fato de o ministro especificar em sua decisão que o delegado deveria continuar à frente do caso?
Acho que o ministro quis dizer que Cleyber toca bem o caso. Na linha: ‘Olhe, não tire ele, não. Se ele entrar de férias, não põe outro no lugar’.
A PF está perseguindo professores da UFSC que fizeram protestos contra agentes da operação que investigou o ex-reitor Luiz Carlos Cancellier?
Depois que o reitor se suicidou, uma situação terrível, começou um movimento de muita crítica às autoridades que participaram da investigação, a delegada, a juíza, o corregedor da universidade. Foram colocadas fotos deles dizendo: ‘autoridades que cometeram abuso de poder e mataram o reitor’. E essa faixa é exposta toda vez que fazem uma manifestação. E essas autoridades se sentiram ofendidas.
Houve necessidade de abertura de inquérito?
É a mesma coisa de colocar, por exemplo, a foto de servidores e dizer: ‘Esses indivíduos estupraram alguém’. É uma acusação seríssima. E esses indivíduos, cada vez que saem da oitiva, dizem que estão sendo perseguidos. Não é uma investigação contra a universidade. É de crime contra a honra.
Mas o inquérito não pode ser uma forma de censura?
Tem outros meios de protestar que não acusar uma autoridade de abuso.
O sr. é um gestor, um técnico. Como evitar que o próximo presidente nomeie um delegado amigo para a diretoria da PF?
Tem policial com viés político. E isso é legal. Mas será que um desses, se tornando diretor-geral, é bom para a instituição? A gente teve um exemplo recente que se provou que não é. Se o gestor não tiver legitimidade interna, ele não consegue permanecer. Eu não tenho influência nas investigações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Um ex-funcionário do Conjunto Penal de Vitória da Conquista foi preso na noite da última sexta-feira, 10, durante uma ação policial. Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), André dos Santos Rocha facilitou a fuga de um detento em troca de dinheiro. O caso aconteceu em 2017.
Além de auxiliar o detento a escapar, André também furtou uma quantia em dinheiro do cofre da unidade prisional, do qual só ele possuía a senha. Ele estava com um mandado de prisão em aberto e foi capturado na cidade de Brumado, no Sudoeste baiano.
Os policiais militares chegaram até André após um levantamento de possíveis endereços onde ele poderia estar escondido. O ex-funcionário foi apresentado no Distrito Integrado de Segurança Pública de Vitória da Conquista e será encaminhado para o presídio.