Mascar chiclete já é uma estratégia conhecida para driblar a vontade de atacar aquela sobremesa do buffet. Mas um novo estudo da Universidade Waseda, no Japão, mostra que, para turbinar a perda de peso, essa também pode ser uma estratégia durante o exercício. O trabalho – publicado em abril de 2018 no periódico científico Journal of Physical Therapy Science – envolveu cerca de 50 homens e mulheres com idades entre 21 e 69 anos. Num primeiro momento, os participantes foram instruídos a caminhar durante 15 minutos, num ritmo normal, enquanto mascavam chiclete; em outra fase, os voluntários fizeram o mesmo exercício, mas, no lugar da goma, ingeriram um pó cujos ingredientes são os mesmos do doce de mastigar. Fatores como frequência cardíaca, quantidade de passos e gasto calórico foram medidos pelos cientistas ao longo de toda a investigação. Os resultados mostraram que andar com a guloseima na boca fez com que os participantes – principalmente os homens mais velhos – percorressem distâncias maiores e gastassem mais energia. Os mecanismos por trás desse efeito ainda não estão claros, mas os autores acreditam que tenha a ver com o fato de que, ao mascar um chiclete, o ritmo do coração acelera, o que contribui para que o corpo todo trabalhe mais. Os pesquisadores japoneses ainda pretendem se aprofundar na investigação, então, vá com calma! Prefira as versões sem açúcar do doce e nunca fique com ele na boca por muito tempo, especialmente se tiver o estômago sensível. E, caso você pratique atividades intensas, melhor dispensar a goma para não correr o risco de engasgar durante o treino.
Iniciaram ontem, segunda-feira, 13, os atendimentos na Carreta da Mamografia em Brumado. Serão atendidas 140 mulheres por dia, o que totalizará em 15 dias de atendimento, o número de 2.100 mamografias realizadas no Município. A programação é igual para zona urbana e rural, de maneira que as mulheres foram separadas por unidade de saúde, em que a enfermeira coordenadora de cada unidade acompanhará as suas pacientes para este atendimento. Em caso de detecção de câncer nessas mulheres, o estado retornará com a carreta, em que as que estiverem com este diagnóstico realização a punção para confirmar este diagnóstico, e em caso de confirmação, as pacientes serão direcionadas para a Vitória da Conquista ou Salvador no hospital da mulher
Uma nova sopa está se tornando o novo elixir de saúde e beleza das celebridades. Atrizes e modelos estão substituindo seu café matinal por esta sopa, que muitos especialistas garantem contribuir para uma pele mais luminosa, menos resfriados e uma melhoria geral do sistema imunológico, devido à alta concentração de vitaminas e de minerais.
Estamos falando do bom e velho caldo de ossos provenientes do frango.
De acordo com os nutricionistas, o popular caldo aumenta naturalmente os níveis de energia e inclui ainda probióticos, que por sua vez contribuem para o crescimento das chamadas bactérias boas e da manutenção de um intestino saudável.
Catherine Farrant, nutricionista e fundadora da marca de alimentação natural Ossa Organic, disse em declarações à publicação Mirror Online: “Historicamente o caldo de ossos era consumido diariamente como um elixir e como uma parte vital da ingestão de nutrientes – não é de admirar que as celebridades tenham começado a beber esta mistura!”.
Acrescenta: “Os nossos ancestrais sabiam que se tratava de um elixir nutritivo capaz de curar e de selar o intestino, já que se trata de uma fonte natural de colágeno e de conteúdo gelatinoso”.
“Quase nem é necessário dizer que este caldo é ótimo para a regeneração da pele. E sem dúvida muito mais barato do que qualquer injeção de botox!”.
Na Grécia Antiga, Hipócrates, o fundador da medicina moderna recomendava a mistura. Atualmente um número crescente de nutricionistas estão recomendando o consumo regular de caldo de ossos.
A tarde da última sexta-feira (10), foi de grandes conquistas para a saúde brumadense. Uma parceria firmada entre Banco de Olhos da Bahia, Central de Transplantes da Bahia, Hospital de Olhos de Conquista e Hospital Municipal Professor Magalhães Neto oportunizou a primeira captação de córneas em Brumado. As instituições vem se preparando há alguns anos com treinamento de profissionais desde 2014, ajuste de fluxos e estruturação de serviços para viabilizar esse tipo de procedimento, alcançando agora a implementação desse avanço para a saúde. A Bahia criou desde o ano passado a Campanha “Fila Zero de Córneas” com o objetivo de zerar as filas para espera de córneas até o final de 2019 e Brumado agora participa dessa campanha. O procedimento foi autorizado pelos familiares do doador, o senhor W. S. O. com assinatura de documentação necessária ao procedimento. Foram coletadas as córneas pelos enfermeiros Daniela Queiroz e Luã Lima e enviadas ao Banco de Olhos da Bahia, em Salvador, que seguirá com o preparo das córneas para doação à duas pessoas da fila de espera. O ato de amor que é a doação permite que duas pessoas voltem a enxergar. O acolhimento e a solicitude da equipe de profissionais foram excepcionais e de grande ajuda, mas a generosidade da família foi imprescindível à realização da captação.
A utilização de medicamento genérico para o tratamento da hepatite C no Brasil poderia gerar uma economia de cerca de R$ 1 bilhão aos cofres púbicos, segundo informações da organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF).
De acordo com a entidade, o país tem capacidade para produzir o genérico do sofosbuvir, já analisado e registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O início efetivo do fornecimento ao governo, entretanto, depende da conclusão de uma análise de pedido de patente a cargo do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual.
Segundo o MSF, quando o sofosbuvir foi lançado no mercado, em 2013, o custo por tratamento chegou a US$147 mil. Atualmente, a entidade garante realizar tratamentos para hepatite C com genéricos ao custo de US$ 120.
A economia de R$1 bilhão, portanto, se refere à diferença entre o preço atual do tratamento com medicamentos de marca e o custo do tratamento com a utilização de genérico nacional, considerando-se a oferta de tratamento para 50 mil pessoas via sistema público, conforme planejamento divulgado pelo Ministério da Saúde.
A entidade trabalha em projetos que atendem a pessoas infectadas pelo vírus da hepatite C em 11 países e, desde 2015, ofereceu tratamento a mais de 6 mil pacientes afetados pela doença.
Entre os que concluíram a terapia até o momento com genéricos do sofosbuvir e do daclatasvir, também indicado para o tratamento, a taxa geral de cura foi de 94,9%.
Uma pesquisa da USP que testou o uso de um corante alimentício como forma de impedir o avanço de um tipo de câncer que atinge principalmente crianças venceu a categoria Pesquisa em Oncologia do 9º Prêmio Octavio Frias de Oliveira. Já um exame que investiga, com ajuda de inteligência artificial, a origem de um tumor que se espalha pelo organismo foi o vencedor da categoria Inovação Tecnológica em Oncologia.
Os nomes dos ganhadores foram revelados em cerimônia de entrega que ocorreu na noite desta segunda-feira (6) no teatro da Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo. A apresentação ficou a cargo da atriz Denise Fraga. O oncologista pediátrico e fundador do Graacc (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer), Sérgio Petrilli, 71, foi o vencedor na categoria Personalidade em Destaque. A ONG, criada em 1991, é referência no câncer infantojuvenil.
A premiação é uma iniciativa do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira), em parceria com o Grupo Folha. A láurea, que leva o nome do então publisher da Folha de S. Paulo, morto em 2007, busca reconhecer e estimular contribuições na área oncológica.
Para cada categoria, a premiação é de R$ 20 mil. Os vencedores são apontados por uma comissão composta por representantes do Icesp, da Faculdade de Medicina da USP, do HC da USP, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), da Academia Nacional de Medicina, da Academia Brasileira de Ciências, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação Oncocentro de São Paulo e da Folha de S. Paulo.
O estudo vencedor na categoria Pesquisa em Oncologia foi liderado pela professora de bioquímica da USP Claudiana Lameu. Em um discurso emocionado, ela falou das dificuldades de fazer ciência no Brasil. “Estamos na luta para superar as dificuldades na ciência. Precisamos de incentivos como esse prêmio, especialmente diante do medo de cortes de verba. Podemos nos sentir heróis por nosso trabalho. Parabenizo todos os brasileiros na luta pela ciência do país”, disse.
O alvo da equipe de investigadores foi o neuroblastoma, câncer que comumente surge na glândula suprarrenal. Quase 90% das ocorrências desse tumor são em crianças, e cerca de 50% a 60% delas já têm metástase (ou seja, o espalhamento do tumor para outros locais do corpo) no momento do diagnóstico. O neuroblastoma pode se espalhar para a medula óssea, osso, fígado, gânglios linfáticos ou, menos comumente, pele ou cérebro.
Os pesquisadores testaram então um corante alimentício que dá a cor azul a alimentos para, de alguma forma, bloquear essa metástase. Os testes foram feitos em camundongos -curiosamente, os animais que receberam o corante também ficaram azuis. Resultado: o corante conseguiu bloquear um receptor do sistema purinégico -trata-se de um conjunto de possíveis alvo farmacológicos descoberto há pouco tempo e que está em todas as células; dependendo do local, esses receptores podem funcionar como ativadores do sistema imune.
Com isso, houve diminuição do tamanho do tumor (em comparação com os roedores que não receberam a substância) e, o mais importante, houve também uma redução na disseminação das células tumorais.Segundo Claudiana Lameu, a equipe pretende, no futuro, usar a nanotecnologia para produzir uma versão mais potente, o que vai permitir o uso de uma dose menor, com menos efeitos colaterais -incluindo a coloração azul.
Já o prêmio na categoria Inovação Tecnológica em Oncologia foi dado a Marcos Tadeu dos Santos, da startup Onkos Diagnósticos Moleculares. Uma parceria da empresa com o Fleury, o Hospital de Câncer de Barretos e a Universidade Federal do Maranhão permitiu o desenvolvimento de um exame que analisa 95 genes com ajuda de inteligência artificial e descobre a origem de um tumor que já se espalhou para diferentes órgãos.
Ao apontar a origem do tumor, o objetivo é indicar também tratamentos mais eficazes, segundo Santos.Em seu discurso, ele disse que essa relação entre indústria e universidade ainda é incipiente no Brasil e tem espaço para crescer. “A pesquisa de verdade é colaborativa, com apoio de várias frentes. O que começou no computador de uma república de estudantes hoje pode ajudar os pacientes com câncer.”
O Brasil enfrenta atualmente o que a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica como “epidemia” de cesáreas. Dados de 2016 mostram que 55,6% dos partos foram cirúrgicos no país. Essa é a segunda maior taxa do mundo, superada apenas pela República Dominicana (56%). A Bahia, por sua vez, registra um índice menor. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, 43% dos bebês nascidos vivos no estado em 2017 tiveram parto cesáreo. Neste ano, os números seguem parecidos, com um leve aumento percentual: 44% de cesáreas até 2 de agosto. No entanto, o número ainda está muito acima do recomendado pela OMS, que varia de 10% a 15%. Durante a inauguração do Centro de Parto Humanizado do Subúrbio, o secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, afirmou que o projeto do governo visa à redução da mortalidade neonatal e materna a partir do estímulo ao parto natural. “A estruturação de centros de parto humanizado, como esse que nós inauguramos hoje, com toda uma infraestrutura de retaguarda para atender algum tipo de complicação, faz parte de um projeto nosso para reduzir a mortalidade neonatal e materna, que ainda estão em níveis acima do preconizado pela Organização Mundial da Saúde”.
Ao defender o parto natural, Vilas-Boas explicou que a “cultura da cesárea” é influenciada por variáveis que afetam tanto as gestantes mulheres – pela facilidade de marcar hora para o procedimento – quanto os médicos – pela maior remuneração, no caso de unidades privadas, e pela pressão em casos de sobrecarga de atendimento.
Uma mulher morreu, na quinta-feira (2), após aguardar por uma cirurgia cardíaca há sete anos em Juazeiro, cidade localizada no norte da Bahia.
De acordo com o ‘G1’, a dona de casa Josilene dos Santos foi diagnosticada com miocardiopatia, doença que compromete o funcionamento do miocárdio, músculo do coração. Ela passou mal na quarta-feira (1°) e morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, depois de sofrer quatro paradas cardíacas.
Ainda segundo a publicação, a dona de casa descobriu a doença há sete anos e procurou a Secretaria de Saúde de Juazeiro (Sesau) para agendar uma cirurgia, no entanto, foi informada que o procedimento só poderia ser feito em Salvador.
Em nota enviada ao G1, a Sesau informou que a cirurgia que a paciente precisava não poderia ser feita em Juazeiro, que já tinha encaminhado a solicitação do procedimento para Salvador e esperava uma vaga em um hospital de referência.
Já a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), salientou que, como a paciente não estava internada em uma unidade de saúde, caberia ao setor de Regulação de Juazeiro encontrar uma vaga para ela na capital.
Profissionais e estudantes de diferentes áreas com projetos que contribuam para a melhoria das práticas, processos, tecnologias e métodos de gestão no setor de saúde podem participar do Prêmio Empreenda Saúde 2018 até domingo (5). A inscrição pode ser feita em três categorias: solução para melhoria da qualidade ou eficiência hospitalar, solução de orientação direta ao paciente e solução de impacto na rede de saúde. O vencedor ganhará R$ 50 mil para utilização no negócio, além de orientação profissional especializada da Everis, cuja fundação organiza o concurso junto com o Hospital Sírio-Libanês, para colocar a ideia em prática no mercado brasileiro. Para cada categoria, serão selecionados seis finalistas e as duas melhores soluções de cada serão apresentadas em um evento final. A escolha do ganhador será feita por uma comissão de avaliação e um corpo de jurados, compostos por membros renomados das áreas de ensino, pesquisa e inovação, e de empresários das mais diversas esferas da saúde no país. Pessoas físicas residentes no Brasil, individualmente ou em grupo, podem inscrever seus projetos ou planos de negócios, pelo site, onde também está disponível o regulamento. O vencedor será anunciado em novembro.
Crianças com autismo conseguiram avanços em suas habilidades sociais utilizando uma combinação de um aplicativo de smartphone com o Google Glass a fim de melhorar sua capacidade para decifrar as emoções transmitidas pelas expressões faciais das pessoas. O resultado foi obtido em um estudo piloto realizado por cientistas da Universidade Stanford (Estados Unidos) e publicado nesta quinta-feira, 2, na revista científica Digital Medicine. O autismo é um distúrbio de desenvolvimento caracterizado por déficits sociais, dificuldade de comunicação e comportamentos repetitivos.
A terapia se baseia no aplicativo desenvolvido pelos cientistas de Stanford, que fornece algumas pistas sobre a expressão facial das pessoas às crianças que usam o Google Glass. Ligado ao smartphone por uma conexão sem fio, o dispositivo semelhante a um par de óculos é equipado com uma câmera que registra o campo de visão do usuário, além de uma pequena tela e um alto falante que dão a ele informação visual e auditiva.
Enquanto a criança interage com outros indivíduos, o aplicativo identifica seus nomes e emoções pela tela ou pelo alto falante. Depois de três meses de uso regular do sistema, os pais das crianças com autismo envolvidas no estudo relataram que elas passaram a fazer mais contato visual e a se relacionar melhor com as pessoas.
De acordo com os autores do estudo, as terapias precoces para o autismo têm se mostrado especialmente eficazes, mas muitas crianças não são tratadas rápido o suficiente para obterem os benefícios máximos. Atualmente, por causa da falta de terapeutas especializados, as crianças podem levar até 18 meses para receberem um diagnóstico antes de começarem o tratamento.
“Temos muito poucos médicos especializados em autismo. A única maneira de enfrentar esse problema e criar sistemas domésticos de tratamento que sejam confiáveis. Essa é uma necessidade muito importante que não é atendida”, disse um dos autores do estudo, Dennis Wall, que é professor de pediatria e ciência biomédica de dados em Stanford.
Os pesquisadores relatam que, antes de participar do estudo, olhar nos olhos de outra pessoa era algo opressivo para o garoto Alex, de 9 anos. Sua mãe, Donji Cullenbine, tentava estimular delicadamente o contato visual, sem sucesso.
“Eu sorria e dizia para ele: ‘você olhou para mim três vezes hoje’. Mas na verdade não via avanço nenhum.”, disse a mãe. Segundo ela, o novo dispositivo mudou o que Alex sentia ao olhar para o rosto dos outros . “Funciona como um ambiente de jogo, no qual ele queria vencer. Ele queria acertar qual era a emoção da pessoa e tinha uma recompensa imediata quando acertava”, contou.
“Superpoderes”
Os cientistas batizaram a nova terapia de “Óculos de Superpoderes” para que ela fosse mais atraente para as crianças. A terapia se baseia na análise comportamental aplicada, um tipo de tratamento para o autismo no qual os médicos ensinam o reconhecimento de emoções utilizando exercícios estruturados, como cartões que mostram rostos expressando diferentes emoções.
Embora a análise comportamental aplicada tradicional ajude as crianças com autismo, segundo os autores, esse tipo de terapia tem algumas limitações. Ela precisa ser feita individualmente por terapeutas treinados, os cartões nem sempre capturam toda a gama de emoções humanas e as crianças podem ter dificuldades para transferir o que aprenderam para suas vidas cotidianas.
A equipe coordenada por Wall decidiu utilizar os princípios da análise comportamental aplicada em um sistema capaz de trazer para os pais e as situações cotidianas para o processo de tratamento.
A solução foi construir um aplicativo para smartphones que utiliza o campo da inteligência artificial conhecido como “aprendizado de máquina”, no qual os algoritmos reconhecem padrões e, à medida que recebem mais dados, adaptam-se a novos cenários e corrigem suas decisões com o mínimo de intervenção humana.
Utilizando o aprendizado de máquina, o aplicativo reconhece oito expressões faciais básicas: alegria, tristeza, raiva, nojo, surpresa, medo, desprezo e neutralidade. O aplicativo foi treinado com centenas de milhares de fotos de rostos que mostravam as oito expressões. Ele possui também um mecanismo que permite aos usuários calibrarem a leitura para indicar expressões neutras, quando necessário.
Segundo Wall, as crianças que têm desenvolvimento normal aprendem a reconhecer as emoções ao fazer contato visual com as pessoas ao seu redor. Para as crianças com autismo, o processo é diferente. “Eles não absorvem essas situações sem um tratamento direcionado”, disse o cientista.
No estudo, 14 famílias testaram os Óculos de Superpoderes em casa por um período médio de 10 semanas. Todas elas tinham uma criança com idades enter 3 e 17 anos, com diagnóstico confirmado de autismo. A terapia foi utilizada pelo em menos três sessões de 20 minutos por semana.
Brincadeira terapêutica
No início e no fim do estudo, os pais completaram questionários para fornecer informação detalhada sobre as habilidades sociais de seus filhos. Em entrevistas posteriores, os pais e as crianças descreveram os resultados do programa terapêutico em suas famílias.
Os pesquisadores estabeleceram três maneiras para utilizar o programa de reconhecimento de emoções. No modo “jogo livre”, as crianças usavam o Google Glass enquanto interagiam ou brincavam livremente com seus familiares, enquanto o aplicativo fornecia a elas as dicas visuais e auditivas cada vez que uma emoção era reconhecida nos rostos em seu campo de visão.
No modo “adivinhe minha emoção”, um dos pais simulava uma expressão facial correspondente às oito emoções básicas e a criança tentava identificá-la. A brincadeira ajudava as famílias e os cientistas a acompanhar os avanços da criança na identificação de emoções.
Já no modo “capture o sorriso” é a criança quem dá a outra pessoa pistas sobre a emoção que deseja provocar, até que a pessoa a expresse. O objetivo é ajudar os cientistas a avaliar a capacidade da criança para compreender diferentes emoções.
De acordo com o estudo, as famílias relataram aos pesquisadores que o sistema é “envolvente, útil e divertido”, que “as crianças se mostraram dispostas a usar o Google Glass” e que “os dispositivos resistiram bem ao desgastes por serem usados por crianças.”
Doze das 14 famílias, incluindo a do menino Alex, disseram que as crianças fizeram mais contato visual depois de receber o tratamento. Em poucas semanas de envolvimento nos testes, Alex começou a se dar conta de que os rostos das pessoas dão pistas para suas emoções. “Ele me disse: ‘mamãe, eu estou conseguindo ler as mentes’. Meu coração se encheu de emoção. Gostaria que outros pais tivessem a mesma experiência”, disse a mãe.
Entre as famílias cujas crianças tinham um autismo mais severo, a escolha pelo modo “jogo livre” foi menos frequente, segundo os cientistas.
Redução de sintomas
Em uma escala padronizada para avaliar as habilidades sociais das crianças, aplicada com base em um questionário, foi registrada uma redução média de 7,38 pontos ao longo do estudo, indicando sintomas menos severos de autismo. Nenhum dos participantes teve aumento nos pontos, indicando que ninguém teve piora nos sintomas.
Seis dos 14 participantes tiveram uma redução dos pontos grande o suficiente para descer um degrau na classificação de severidade do autismo. Quatro deles tiveram a classificação alterada de “severo” para “moderado”, um passou de “moderado” para “leve” e um de “leve” para “normal”.
Os cientistas afirmam, no entanto, que esses bons resultados precisam ser interpretados com cuidado, já que se trata de um estudo piloto, que não envolveu um grupo de controle. Ainda assim, Wall afirma que “os resultados são promissores”.
Segundo Wall, alguns dos comentários dos pais nas entrevistas ajudam a ilustrar a melhora no quadro das crianças. “Os pais disseram coisas como ‘alguma chave foi acionada, meu filho está olhando para mim’, ou ‘de repente o professor veio me dizer que meu filho está envolvido nas aulas’. Tudo isso é muito reconfortante e animador para nós”, afirmou Wall.
A equipe de cientistas agora está terminando um teste da terapia mais amplo, com controle aleatório. Eles também planejam testar a terapia em crianças que acabaram de ser diagnosticadas com autismo e estão na fila de espera para tratamento. A Universidade de Stanford já deu entrada em um pedido de patente para a nova tecnologia. Com informações do Estadão Conteúdo.
Melhorar o funcionamento do organismo a ponto de prevenir o envelhecimentoprecoce e ajudar a combater problemas da cabeça aos pés é possível com o consumo de alimentos ricos em antioxidantes. A substância combate os radicais livres, protegendo as células de doenças, melhorando o aspecto da pele e prevenindo o acúmulo de toxinas no organismo. Não deixe os itens a seguir de fora da sua próxima lista de supermercado!
1. Açafrão (ou cúrcuma)
A especiaria é lotada de curcuminoides, compostos com ação anti-inflamatória e anti-idade. A cúrcuma é a raiz e o açafrão é a cúrcuma torrada, em pó. Se almoça fora, leve um potinho com o tempero e salpique sobre o arroz com feijão.
2. Aveia
Fonte importante de silício, a aveia auxilia na estruturação da pele, minimizando o aspecto da celulite. Tem betaglucana, molécula que melhora a circulação sanguínea e dificulta a absorção da gordura pelo intestino. De quebra, ainda ajuda a eliminar toxinas.
3. Azeite de oliva
Rico em gorduras monoinsaturadas, tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Dê preferência ao azeite extravirgem, que tem taxa de acidez inferior a 1%. Consuma, no máximo, 2 colheres de sopa por dia.
4. Chá de cavalinha, centelha asiática e dente-de-leão
A cavalinha apresenta bom teor de silício e funciona como diurético natural, desintoxicando o organismo e reduzindo, assim, o inchaço. A centelha asiática estimula a circulação sanguínea. Já o dente-de-leão ajuda a eliminar as toxinas.
5. Linhaça
Rica em ômega-3, anti-inflamatório natural, a linhaça auxilia na regulação hormonal. Também faz uma faxina interna, graças ao alto teor de fibras, contribuindo para evitar o acúmulo de impurezas que dificultam a irrigação sanguínea e favorecem a celulite. Sugestão: leve de casa a linhaça triturada para salpicar sobre a salada, de preferência batida no liquidificador pouco antes de sair para o trabalho. Isso porque as sementes oxidam e perdem boas doses de ômega-3.
6. Frutas vermelhas
Morango e uvas vermelhas e roxas possuem protoantocianidina, substância que fortalece os vasos sanguíneos e linfáticos, melhorando a circulação.
7. Melão
Superimportante na alcalinização do pH sanguíneo (é anti-inflamatório), sobretudo se ingerido com as sementes – que podem ser trituradas, garantindo maior fornecimento de fibras.
8. Mamão e abacaxi
Ambas as frutas têm propriedades antiedema, além de enzimas proteolíticas, que ajudam a digerir proteínas que, para algumas pessoas, podem detonar alergias capazes de estimular a formação de adipócitos (células de gordura).
9. Frutas cítricas
Limão, lima-da-pérsia, laranja e goiaba contêm a poderosa vitamina C, além de bioflavonoides, que aumentam o tônus das veias, favorecendo a microcirculação.
10. Óleo de gergelim
Grande fonte de vitaminas, em especial a E, que atua como antioxidante e, assim, protege as células da ação dos radicais livres. Também tem ação anti-inflamatória.
11. Peixes
Salmão, atum, sardinha e arenque são ótimas fontes de ômega-3, gordura que também entra na tropa de choque contra a osteoporose.
12. Pepino
Diurético natural, alcalinizante e anti-inflamatório, o pepino ajuda a eliminar as toxinas, é rico em vitaminas A e C, além de sais minerais.
13. Sálvia
Ajuda a regular os hormônios femininos, sobretudo o estrogênio, intimamente relacionado à celulite.
14. Semente de abóbora
Ajuda a tornar o pH do sangue mais alcalino, o que afasta as inflamações. A semente de girassol, outro poderoso antioxidante, também pode fazer parte do seu cardápio.
15. Suco de uva integral
Além de antioxidante, também tem ação anti-inflamatória.
Envelhecer bem e com saúde é o objetivo de todas as pessoas, mas, para isso é preciso investir, tanto na alimentação saudável quanto em exercícios e em controle dos níveis de estresse. Já se sabe que a alimentação balanceada, que supra todas as necessidades fisiológicas de forma personalizada, é essencial em todas as fases da vida, contudo, no processo de envelhecimento, a proteína é um dos nutrientes que apresentam maior probabilidade de queda no consumo, o que aumenta o risco da sarcopenia, uma doença caracterizada pela perda acentuada de massa muscular e que atinge cerca de 50% da população brasileira acima dos 80 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. O principal problema desta doença é que deixa os idosos mais propensos a quedas e fraturas.
A nutricionista Milena Maffei Volpini, da Cora Residencial Senior, Instituição de Longa Permanência para Idosos, destaca a importância da alimentação fracionada. “O idoso tem saciedade precoce, ou seja, não consegue comer grandes quantidades de alimentos, digerir de uma vez só. Então, para que ele se alimente melhor, é importantíssimo que a dieta seja fracionada de três em três horas, para favorecer essa aceitação e ele não se sentir estufado”, orienta.
Outra preocupação é a constipação, por causa da baixa ingestão de líquidos, das medicações e das questões fisiológicas do envelhecimento. A hidratação é essencial, porque não adianta dar remédios e fibras se a água não for consumida em quantidade suficiente. “Uma dieta adequada é aquela que oferece todos os grupos de alimentos: carboidratos, proteína, gorduras, vitaminas e minerais distribuídos ao longo de pequenas refeições por dia. Tudo isso com a ingestão adequada de líquidos e que forneça prazer e qualidade ao indivíduo”, diz a nutricionista.
Confira as 10 dicas para uma velhice saudável, segundo o Ministério da Saúde:
1. Faça pelo menos três refeições (café da manhã, almoço e jantar) e três lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições.
2. Inclua diariamente seis porções do grupo dos cereais (arroz, milho, trigo, pães e massas); tubérculos, como a batata; raízes, como mandioca, macaxeira e aipim nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos naturais.
3. Coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras como parte das refeições e três porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches.
4. Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, cinco vezes por semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e bom para a saúde.
5. Consuma diariamente três porções de leite e derivados e uma porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis.
6. Consuma, no máximo, uma porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina.
7. Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas doces e outras guloseimas como regra da alimentação. Você pode consumi-los, no máximo, duas vezes por semana.
8. Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa.
9. Beba pelo menos dois litros (6 a 8 copos) de água por dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições.
10. Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo.