A introdução de uma droga que reduz em 90% o risco de infecção pelo HIV em duas grandes cidades da Austrália levou a um aumento nas relações sexuais casuais desprotegidas -inclusive entre quem não toma o medicamento.
A conclusão é de estudo publicado nesta quarta (6) na revista médica inglesa Lancet HIV. Foram acompanhados cerca de 17 mil homens gays e bissexuais em Sidney e Melbourne, recrutados online ou em locais mais frequentados por esse público.
A estratégia é indicada para populações que têm maior risco e número de casos de HIV, como homens que fazem sexo com homens, pessoas trans; trabalhadores do sexo e casais sorodiferentes (quando uma pessoa está infectada pelo HIV e a outra não).
O uso da PrEP, oferecida na rede pública de saúde da Austrália desde 2016, cresceu de 2% para 24% entre 2013 e 2017.
Entre os homens que tomam o medicamento, a proporção que relatou sexo anal desprotegido com parceiros casuais foi de 1% para 16%.
Já entre os que não tomam a droga preventiva, incluindo tanto quem é HIV negativo como quem não fez testes, a taxa de sexo desprotegido cresceu de 30% para 39%.
Em aplicativos para busca de parceiros, por exemplo, é comum que homens gays escrevam avisos do tipo “tomo PrEP, não uso camisinha”. Mas, mesmo sem tomar o medicamento, muitos usam gírias que indicam que fazem sexo desprotegido.
Uma das hipóteses para explicar o comportamento é que, com o crescimento do uso da PrEP, até mesmo quem não usa o medicamento acha que o sexo sem camisinha ficou menos arriscado e se sente mais seguro, segundo um dos autores do estudo, o professor Martin Holt, da Universidade de Nova Gales do Sul.
O infectologista brasileiro Caio Rosenthal, do Hospital do Servidor Público Estadual, diz que é muito favorável ao uso da PrEP, mas reconhece que a terapia é uma faca de dois gumes. “As pessoas acham que estão livres para descuidar da prevenção.”
As consequências dessa mudança de comportamento ainda não estão claras, diz Holt. É possível que a transmissão do HIV cresça, mas, por enquanto, a Austrália não observou aumento nas infecções por HIV entre homens que fazem sexo com homens após a adoção da PrEP.
Usar a terapia sem o preservativo pode ainda levar a um aumento de outras infecções sexualmente transmissíveis, como a sífilis, diz Rosenthal. “Toda semana atendo casos novos. E agora tem aparecido também a sífilis neurológica”, afirma. Assintomática, esse tipo de sífilis ataca do sistema nervoso central e pode ter consequências neurológicas, como déficit cognitivo.”
Além disso, Rosenthal aponta para o surgimento de vírus resistentes ao medicamento.
Para ele, a mensagem que deve ser passada e reforçada sobretudo entre os jovens que fazem sexo com homens é “faça o teste”. “O caminho é iniciar o tratamento o quanto antes e baixar a carga viral a níveis indetectáveis. Assim, a transmissão é interrompida.”
No Brasil, a PrEP é oferecida pelo SUS desde 2017. No início do ano, cerca de 2.000 pessoas estavam em tratamento. A expectativa do Ministério da Saúde é que até o final do ano entre 7.000 e 9.000 pessoas estejam usando o medicamento.
A psicóloga Helena Lima, consultora da Unaids (agência da ONU de combate à Aids), afirma que é preciso reforçar o trabalho educativo em torno do uso da PrEP para que as pessoas não achem que o tratamento é “um doce de coco inócuo” e abandonem as outras formas de prevenção.
“Será sempre mais fácil tomar um comprimido do que mudar o comportamento. O tratamento tem efeitos colaterais, exige adesão e pode, sim, criar uma rivalidade com o uso da camisinha.” Os efeitos indesejados incluem náusea e dor de cabeça.
Ele diz que as campanhas educativas de prevenção à Aids tendem a não ouvir os jovens, e os eventos sobre o tema “pregam para convertidos”. “Para muitos jovens, a mensagem ‘use camisinha’ tem efeito de ‘não use’.”
Mas, segundo o infectologista Esper Kallas, professor da USP, é natural que haja redução do uso da camisinha após a introdução da PrEP, e o que importa no final é a diminuição das infecções sexualmente transmissíveis em especial o HIV. “Troco facilmente a redução do uso da camisinha pela redução do HIV.”
Dados de San Francisco (EUA) apontam uma redução de 50% de novas infecções e casos de Aids após a PrEP, a ponto de já se falar em chegar a um índice zero de transmissão. “Isso não era sequer sonhado antes da terapia.”
Sobre as outras doenças sexualmente transmissíveis, ele diz que todos os estudos apontaram estabilidade ou até diminuição dos casos após a introdução da PrEP. “Você traz esse indivíduo para o serviço de saúde e ele faz o diagnóstico, tratamento e evita de transmitir para os outros.”
Kallas afirma que também é esperado que aqueles que busquem a PrEP sejam os que menos usem preservativos.
Em relação às pessoas que deixaram de se proteger mesmo não usando a PrEP, ele acredita que haja uma mescla de fatores.
“Toda medida que interfere no ato sexual é colocada em segundo plano. É por isso que nem abstinência nem camisinha funcionaram como principal medida de proteção. Pode funcionar no individual, mas não no coletivo.”
Para Mario Scheffer, professor de saúde preventiva da USP, demonizar a PrEP no momento de fracasso da prevenção tradicional é o pior caminho. “Não vamos jogar o bebê fora junto com a água do banho. PrEP não é panaceia mas pode ser uma grande ferramenta a mais de prevenção.”
Segundo Rosenthal, as atuais campanhas públicas não atingem os jovens 15 a 19 anos, faixa etária em que a taxa de infecção de HIV mais cresce.
“Eles não leem jornal, não veem canal aberto. É preciso repensar as campanhas com o uso de meios de digitais.”
O psiquiatra americano Richard Gallagher, membro da Junta Americana de Psiquiatria e Neurologia e professor na Columbia University é um profissional renomado em sua área. Ele estuda relatos de possessão demoníaca há 25 anos e descobriu que, de fato, elas são reais. Em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, explicou que lida com essa questão “de um ponto de vista puramente científico”. Acostumado a tratar com doenças mentais, sempre fica intrigado quando é “outra coisa”. “Há muitos outros psiquiatras e profissionais de saúde mental que fazem o que eu faço e que parecem ter medo de admitir [que a possessão existe]”, explica ele. “Como tive muitas experiências, estou disposto a falar, pois sinto essa obrigação”. Gallagher explica que é católico praticante e, quando um padre o procurou cerca de 25 anos atrás para que ajudasse a determinar se uma mulher que alegava estar sendo atacada por “forças invisíveis” realmente sofria de alguma doença mental. O psiquiatra examinou a mulher e encontrou hematomas que apareceriam espontaneamente. “Aquilo não poderia ser explicado com base em qualquer patologia médica ou psiquiátrica”, disse ele. “Ela estava completamente lúcida, nunca tinha visto um caso daquele antes.” Depois de uma longa entrevista, concluiu que ela, de fato, estava sendo atacada por um espírito maligno.
“Estava cético, mas o comportamento da mulher que se dizia bruxa superou tudo o que podia explicar com minha formação. Ela podia dar-se conta dos segredos de algumas pessoas, sabia como tinham morrido indivíduos que nunca conheceu, incluindo a minha mãe e seu caso mortal de câncer de ovário”, lembra Gallagher. Além disso, seis pessoas lhe asseguraram que durante os exorcismos realizados a esta mulher, escutaram-na falar vários idiomas incluindo o latim, que era totalmente desconhecido para ela. “Esta não era uma psicose; só consigo descrever como uma capacidade paranormal. Cheguei à conclusão de que estava possuída”, expressou. Desde então ele passou a ver a questão da possessão de um modo diferente. Alguns casos tratados por ele, posteriormente entregues a um padre, incluem pessoas que demonstravam “uma força enorme ou inclusive o estranho fenômeno de levitação. Alguns possuíam ‘conhecimento oculto’ de todo tipo de coisas, como a forma em que parentes queridos de estranhos morreram, ou situações específicas de seu passado. Estas são habilidades que não se podem explicar, exceto pela capacidade psíquica ou sobrenatural”. Na Igreja Católica, o exorcismo só pode ser realizado por um sacerdote capacitado e com a permissão da alta hierarquia. Para os evangélicos, a libertação é relativamente comum, sobretudo nas igrejas “renovadas” e “pentecostais”. (Via Gospel Prime / Jarbas Aragão)
A possibilidade de economia sem riscos, proporcionado pelos medicamentos genéricos está fazendo com que grande parcela da população já considere essa opção na hora da compra. Os dados são resultados da pesquisa Análise do Perfil de Compra dos Shoppers em Farmácias – 2018, realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC), em parceria com a Unicamp e com o Instituto Axxus.
Segundo a pesquisa, o número de brasileiros que consideram essa opção na hora da compra é bastante expressivo, sendo que 45% dos consumidores apontara que adquiriram medicamentos predominantemente genérico, outros 55% compraram predominantemente os de marcas.
“Os genéricos já venceram uma desconfiança inicial e natural que enfrentaram no mercado e hoje já fazem parte das opções de escolhas dos consumidores, eles possuem um grande potencial competitivo por causa da economia que ele proporciona, sendo que os preços são fundamentais na escolha”, analisa Edison Tamascia, presidente da Febrafar, que encomendou a pesquisa.
Ele se refere ao fato de que a pesquisa também aponta a prioridade que o consumidor está dando ao preço em relação à marca na hora de adquirir medicamentos. Segundo a pesquisa, 33% dos consumidores, acabaram comprando produtos diferentes do objetivo inicial e metade desses clientes buscavam economia (50%).
“É importante reforçar, porém, que o cliente não está indo contra a indicação médica, mas sim buscando uma alternativa real, sendo que o genérico possui a mesma substância ativa, forma farmacêutica e dosagem que o medicamento de referência”, complementa Tamascia.
A pesquisa teve como objetivo apurar as características de compras de medicamento dos brasileiros, bem como o tipo de medicamento adquirido, o índice de intercambialidade de medicamento e os motivos que levaram a essa troca.
“Essa pesquisa comprova uma característica muito comum nos brasileiros que é não ser fiel ao produto que foi procurar em uma farmácia, ouvindo a indicação dos farmacêuticos. O principal fator de intercambialidade é o preço, demonstrando que o brasileiro se encontra mais preocupado com o bolso”, explica o presidente da Febrafar.
A pesquisa foi realizada com quatro mil consumidores de todos o Brasil que quando esses saíam das farmácias em que estiveram para efetuar a compra. A pesquisa foi realizada por 152 entrevistadores.
Centro São Gabriel: Os exames ginecológicos são os mais importantes na vida de uma mulher, pois é por meio deles que é possível realizar o diagnóstico e fazer a prevenção de várias doenças como o câncer de mama e o câncer do colo do útero. É recomendado que a visita ao ginecologista seja feita pelo menos uma vez ao ano para exames e avaliação de rotina. No Centro Médico São Gabriel você encontra o especialista em Ginecologia e Obstetrícia Dr. Sérgio Luiz Rodrigues. Agende sua consulta: ☎ 77 3441-1502 📱 77 99925-8807 (WhatsApp) 📌 Praça dos Meiras, Centro | Brumado-Ba
Dados do Ministério da Saúde apontam que a frequência do consumo de tabaco entre os fumantes nas capitais brasileiras reduziu em 36% de 2006 a 2017. Os números, divulgados na quarta-feira (30), mostram que a porcentagem de fumantes caiu de 15,7% em 2006 para 10,1% em 2017. Se separarmos a quantidade de 2017 por gênero, a frequência de fumantes é maior entre o sexto masculino, representando 13,2%, enquanto entre o sexo feminino, a porcentagem cai para 7,5%. Em análise feita a partir da faixa etária, a quantidade de fumantes é menor entre os adultos com 65 anos ou mais (7,3%). Entre os jovens de 18 a 24 anos esse número é 8,5%, enquanto os adultos de 35 a 44 anos ficam com 11,7%. As duas últimas porcentagens aumentaram em relação ao ano anterior, quando foram registrados 7,4% e 10%, respectivamente. A frequência do hábito de fumar é maior entre os adultos com menor escolaridade (13,2%), e cai para 7,4% entre aqueles com 12 anos ou mais. Quanto as regiões, os dados do Ministério da Saúde mostraram que Salvador é a capital brasileira com a menor prevalência de fumantes (4,1%), enquanto Curitiba (15,6%), São Paulo (14,2%) e Porto Alegre (12,5%) são as capitais do país com maior número de fumantes. A pesquisa foi feita por telefone nas 26 capitais e Distrito Federal e contou com 53.034 entrevistas.
A Neurologia é a especialidade que se dedica ao diagnóstico e tratamento das doenças que afetam o sistema nervoso (cérebro, tronco encefálico, cerebelo, medula espinhal e nervos) e os componentes da junção neuromuscular (nervo e músculos). Na Clínica Master você encontra a competente médica neurologista Drª. Maiara Teixeira. A Clínica Master fica situada na rua Donizete Alves Lima, 225, Bairro Nobre (em frente à Dimak Malhas). Na Clínica Master, você também encontra ultrassonografia, Doppler, eletrocardiograma, eletroencefalograma, audiometria, RX digital, laboratório de análises clínicas, punção de mama e tireóide por agulha fina, teste do olhinho, espirometria, procedimentos ortopédicos, procedimentos estéticos (aplicação de botox, peeling), preventivo ginecológico, colposcopia, escleroterapia convencional e com espuma (tratamento de varizes) e muito mais para cuidar bem de sua saúde! Agende já a sua avaliação (77) 3441-5396, (77) 99991-5396 e (77) 99126-1903. Clínica Master, prazer em cuidar de você!
Pela primeira vez na história, uma menina a três meses de nascer recebeu cinco transfusões de sangue e um transplante de células-tronco da medula óssea da mãe diretamente no útero. O objetivo era tratar de uma doença chamada alfa talassemia, enfermidade hereditária caracterizada pela redução de glóbulos vermelhos e que pode levar ao desenvolvimento de anemia. O procedimento foi realizado no UCSF Benioff Children’s Hospital, em São Francisco, nos Estados Unidos, em fevereiro, mas foi divulgado somente na última sexta-feira (25), após o nascimento da criança. No entanto, ainda não é possível saber se a doença foi curada. Se o caso obtiver sucesso, como ressaltado pelo “New York Times”, a operação poderia marcar um avanço em casos de transplante fetal e no combate à anemia falciforme, hemofilia e a outras doenças hereditárias. Com informações da ANSA.
A apresentadora e atriz Ana Furtado, de 44 anos, agradeceu todo o apoio que tem recebido após revelar que descobriu um câncer de mama em fase inicial. “Tenho lido centenas de depoimentos emocionantes de quem está vivendo – ou de quem já viveu – esse mesmo processo. E ainda estou tentando terminar de ler e responder tudo. É lindo ver essa onda de amor, de solidariedade e afeto. É muito importante – não só pra mim, mas para todas e todos que enfrentam essa batalha – sentir esse apoio, esse carinho e essa energia tão boa que vocês passaram”, declarou Ana. No domingo (27), a apresentadora da Globo contou, em um vídeo publicado no Instagram, que já fez a operação de retirada do tumor, e agora segue em tratamento para que a doença não volte a se manifestar.
O secretário de saúde do governo da Bahia, Fábio Villas Boas, afirmou nessa segunda-feira (28), durante inauguração de uma policlínica em Feira de Santana, que se a greve dos caminhoneiros durar mais alguns dias a situação da saúde no estado vai ser preocupante. “Afeta a saúde e particular, mas as medidas que nós adotados dentro do governo até o momento vem surtindo efeito e nós estamos conseguindo manter as unidades hospitalares em manutenção não sei por quanto tempo mais a gente consegue sustentar essa situação, mas até o momento com o apoio do governador Rui Costa pra que a policia militar apoiasse a escolta de medicamentos”, relatou.
Ainda segundo o secretário, o governo vem fazendo ajustes para manter os recursos necessários. “Fizemos ajustes, suspendemos algumas cirurgias que precisariam de sangue por precaução para ter os estoques garantidos para rede de urgência e emergência. Os caminhões de oxigênio foram escoltados pela polícia”, explicou.