Morreu na última quarta-feira (11), Murilo Gabriel de Jesus Santos Machado. O bebê de um ano e 11 meses, estava internado Hospital São Vicente de Paulo, em Vitória da Conquista.
Gabriel aguardava uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas com a demora o bebê não resistiu e veio a falecer. De acordo com familiares, Murilo enfrentou sérias complicações de saúde.
O bebê era morador do povoado do Baixão, zona rural de Vitória da Conquista. A criança completaria dois anos no dia 3 de novembro. O sepultamento ocorreu nesta quinta-feira (12). Nas redes sociais amigos e familiares lamentaram a morte precoce de Murilo.
Arcebispo emérito de Feira de Santana, Dom Itamar Vian condenou duramente, em uma missa, as autoridades políticas e jurídicas que defendem a descriminalização do abordo. O tema está sendo analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e é defendido principalmente por lideranças ligadas a movimentos de esquerda.
O religioso comparou os apoiadores da proposta a Herodes, o Grande, rei da Judeia subordinado ao Império Romano que teria ordenado o assassinato de bebês do sexo masculino com medo de perder poder para Jesus Cristo. O episódio foi batizado de “O massacre dos Inocentes”, narrado na Bíblia no Evangelho de Mateus.
“Não matar. Não matar. São palavras que não passam. Algumas autoridades jurídicas, algumas autoridades políticas estão hoje substituindo Herodes. Herodes mandou matar aproximadamente 30 crianças. E esses juristas, essas autoridades políticas, se aprovarem o abordo, estão sendo assassinos. Não matar. Não matar. São palavras que não passam”, disse Dom Itamar.
A explanação do arcebispo emérito de Feira aconteceu no último dia 29 de agosto, durante a missa de encerramento da Festa do Senhor dos Passos, na Igreja Senhor dos Passos, em Feira de Santana, mas começou a repercutir intensamente nas redes sociais neste início de semana após a divulgação do vídeo abaixo.
O STF começou a julgar no dia 22 de agosto a ação que tenta descriminalizar o aborto feito por mulheres com até 12 semanas de gestação. A votação foi suspensa por um pedido do ministro Luís Roberto Barroso, e a análise será feita de forma presencial.
Até o momento, apenas a ministra Rosa Weber, relatora da ação, votou. Ela defendeu que o aborto seja descriminalizado nesse período de 12 semanas. O tema tem dividido os políticos baianos e motivado debates em espaços públicos, a exemplo da Assembleia Legislativa da Bahia e Câmara Municipal de Salvador.
A oposição na Câmara dos Deputados trabalha em conjunto com a do Senado para aprovar um plebiscito sobre o aborto no país, diante do que considera uma tentativa do Supremo Tribunal Federal de legislar sobre o tema, invadindo a seara do Congresso.
No último dia 22, a ministra Rosa Weber (STF) votou a favor da descriminalização do aborto nas 12 primeiras semanas de gestação, poucos dias antes de se aposentar.
A deputada Bia Kicis (PL-DF), aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirma que quem deve encabeçar o movimento na Câmara é sua colega Chris Tonietto (PL-RJ), que preside a Frente Parlamentar Mista Contra o Aborto e em Defesa da Vida.
“O nosso objetivo é fazer com que o povo decida uma pauta tão importante como essa, e não ministros do Supremo Tribunal Federal. E a gente sabe que, na verdade, a Câmara dos Deputados nunca deixou de votar”, afirma. “Esse tipo de avanço num tema tão importante e ainda de forma totalmente ilegítima, vindo pelo Supremo, isso traz uma inquietação social, uma insegurança muito grande.”
Ela critica o que vê como avanço do progressismo e defende que sejam ampliadas política de ajuda a mulheres. “Eu acho que é muito importante que a gente incentive ações que deem real apoio às mães para que elas podem levar adiante uma gravidez indesejada, mas se sintam apoiadas, acolhidas, e favorecer também as famílias que aguardam uma criança para adoção.”
O projeto de decreto legislativo foi apresentado na terça-feira (26) pelo líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN) —ex-ministro de Bolsonaro. Conforme o texto, o eleitor deverá responder “sim” ou “não” à pergunta: você é a favor da legalização do crime de aborto?
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira (25) um novo medicamento para tratamento de diabetes tipo 2. O Mounjaro, da farmacêutica Eli Lilly, tem como princípio ativo a tirzepatida, que age no controle do açúcar no sangue em adultos com a doença, combinado com dieta e exercícios físicos.
O remédio está disponível em formato de caneta injetável. De acordo com a Anvisa, estudos mostram que a tirzepatida reduz de forma significativa a quantidade de hemoglobina glicada no sangue, o que indica o controle de açúcar. Essa redução contribui para queda do risco de doença microvascular, cegueira, insuficiência renal e amputação de membros.
“Outro benefício dessa droga é a mudança favorável do peso corporal (perda de peso), uma vez que o sobrepeso e a obesidade contribuem para a fisiopatologia do DM2 [diabetes tipo 2]”, informa publicação da Anvisa. A tirzepatida funciona como o primeiro receptor de dois hormônios produzidos no intestino: o polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose (GIP) e o peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1). Com isso, aumenta a quantidade de insulina produzida pelo pâncreas, ajudando no controle glicêmico no sangue.
Diabetes tipo 2
Estima-se que quase 463 milhões de pessoas no mundo, de 20 a 79 anos, têm diabetes. Desse total, o diabetes tipo 2 é responsável por quase 90% dos casos. No Brasil, são quase 17 milhões de adultos com a doença.
A doença é caracterizada pela produção insuficiente de insulina, hormônio que mantém o metabolismo da glicose. É uma das principais causadoras de insuficiência renal, cegueira, amputação e doença cardiovascular, complicações que podem levar à morte. Pelas projeções, 578,4 milhões de pessoas estarão vivendo com diabetes em 2030, e mais de 700 milhões em 2045. O aumento está relacionado à tendência crescente de obesidade da população, alimentação não saudável e falta de atividade física.
Uma amostra de sangue é suficiente para indicar o desenvolvimento do Alzheimer antes mesmo que os primeiros sintomas da condição apareçam. Nesta terça-feira (19/9), um novo exame de diagnóstico para a doença começa a ser realizado no Brasil em laboratórios particulares. O exame PrecivityAD2 detecta proteínas que indicam a presença ou a ausência de placas amilóides no cerébro. As placas amilóides são restos de proteínas agrupadas, que prejudicam o funcionamento cerebral.
O procedimento deverá custar cerca de R$ 3,6 mil e não tem cobertura de convênios. A realização do teste depende de encaminhamento médico. O resultado é emitido em 20 dias. Embora o preço pareça salgado, custa três vezes menos que os exames de imagem usados tradicionalmente para avaliar os pacientes.
O teste PrecivityAD2 é realizado a partir de uma amostra de sangue analisada em alta resolução. O nível de certeza do diagnóstico é semelhante aos resultados dos exames de imagem. Os laboratórios de São Paulo do grupo Fleury serão os primeiros a realizar o exame. Outros estados, de forma gradativa, começarão a ofertá-lo nos próximos dias. São eles: Maranhão, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
Embora atualmente não haja cura para o Alzheimer, diagnosticá-lo de maneira precoce aumenta as possibilidades de tratamento e diminui a velocidade de progressão da doença. O exame foi criado em 2020 e disponibilizado em escala comercial nos Estados Unidos em agosto de 2023, já com as adaptações para resultados mais efetivos. Além dos EUA, Canadá, Coreia do Sul e países da Europa já usam o método de diagnóstico.
O jovem Rafael Araújo, morador de Feira de Santana, a 100 km de Salvador, realizou o sonho de passar no curso de medicina em uma universidade pública na Bahia após 28 tentativas. Aprovado na Universidade Estadual da Bahia (Uneb) em agosto deste ano, o estudante se preparou para o vestibular sozinho, pois não tinha condições financeiras para pagar um cursinho.
A idéia de seguir carreira na área de saúde começou quando ele ficou doente e foi internado em um grande hospital da sua cidade natal.
Filho de uma dona de casa e um vigilante, o jovem morador do bairro do Tomba sabia que a família não conseguiria arcar com uma faculdade particular. Para cursar medicina, ele precisaria ser aprovado em uma instituição pública.
Para estudar, ele pedalava 7 km do bairro do Tomba até a Biblioteca Municipal de Feira de Santana para estudar. Em 2020, quando a pandemia da Covid-19 teve início, o local ficou fechado e Rafael perdeu o foco dos estudos durante quase dois anos.
Autor de requerimento para instalar na Assembleia Legislativa da Bahia uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) para apurar possíveis irregularidades no Planserv, o deputado Leandro de Jesus reafirma, em entrevista ao bahia.ba, que está confiante na instalação do colegiado.
“As reclamações por parte dos beneficiários vão desde a dificuldade de marcação de consultas e exames até a falta de atendimento de emergência, o que tem deixado os usuários em situação precária, de verdadeira insegurança sobre os serviços de saúde. Precisamos investigar o que está por trás disto. Os servidores estão pagando o plano normalmente e não estão sendo atendidos. Isso não pode ficar assim”, diz o deputado.
Leandro de Jesus diz contar com a colaboração dos parlamentares que ainda não assinaram o requerimento.
“Até o momento temos 19 assinaturas, inclusive de deputados do governo, que entendem que a situação do plano de saúde precisa ser investigada. Faltam duas assinaturas para termos as 21, no entanto, o deputado Júnior Muniz afirmou à imprensa que vai retirar a assinatura. Desta forma, precisaremos da assinatura de mais três deputados e, estamos pedindo para que os parlamentares que ainda não assinaram levem em consideração aquelas pessoas que estão sofrendo com o mau funcionamento.”
Muitos tratamentos contra a dependência em cocaína viraram alvos de análises, inclusive uma vacina. Porém, um estudo publicado na revista científica ACS Central Science, nesta quarta-feira (30), apontou que a ritalina, remédio popularmente conhecido pelo uso em pacientes com transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), pode ser um aliado para tratar o vício.
De acordo com a pesquisa, o remédio e a droga têm efeitos parecidos no organismo e, por isso, a ritalina poderia auxiliar no tratamento. Os cientistas da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, constataram que o medicamento atua diretamente nos receptores de dopamina no cérebro, assim como a cocaína.
Até o momento, foram realizados apenas testes em animais. Em humanos, ainda não foi encontrada uma dose adequada para o tratamento. Os cientistas encontraram casos que funcionam, e outros que não.
A ciência agora busca desenvolver variações do princípio ativo da ritalina para encontrar uma fórmula específica contra o vício da cocaína. Uma opção é a inclusão de um anel piridínico, um tipo de reagente químico.
O próximo passo será testar a mudança nos medicamentos nos próximos anos para avaliar os impactos e asegurança terapêutica de seu uso. Se comprovada, os pesquisadores acreditam que a produção será barata e poderá se iniciar em larga escala rapidamente.
Foram reabertas as vagas temporárias do processo seletivo destinado a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), em Alagoinhas e Vitória da Conquista. Ao todo, 1.022 vagas. As inscrições foram encerradas na última segunda-feira (14), com a reabertura, interessados terão até 17h desta segunda-feira (21) para candidatar a uma das vagas.
As oportunidades são por tempo determinado, em Regime Especial de Direito Administrativo (REDA). Elas estão distribuídas em duas unidades de saúde, sendo 587 para atuação no Hospital Regional Dantas Bião (HRDB), localizado no município de Alagoinhas, e 435 vagas para o Complexo Hospitalar de Vitória da Conquista
Os profissionais precisam possuir formação de nível médio, médio/técnico ou superior. A remuneração varia entre R$ 1.852,51 e R$ 4.843,45 e a jornada de trabalho pode ser de 30 ou 40 horas semanais, a depender do cargo.
As inscrições devem ser realizadas no site do Instituto Mais (www.institutomais.org.br), responsável pela organização da seleção. A taxa de inscrição varia entre R$ 42,00 a R$ 60,00. O prazo para solicitar a isenção do pagamento já foi encerrado.
A seleção será realizada por meio de aplicação de prova objetiva, com previsão de aplicação no dia 24 de setembro, além de prova de títulos conforme os critérios estabelecidos pelo edital.
Quadro de Vagas – Processo Seletivo Sesab
Hospital Regional Dantas Bião (HRDB) – Alagoinhas
A dipirona, popularmente conhecida para aliviar dor e febre, tem sido tema de debates intensos sobre sua segurança. eficácia e proibições em algumas partes do mundo. Ela, que é um dos remédios mais vendidos do Brasil, não é comercializada em países como Estados Unidos e parte da União Europeia, por preocupações com um possível efeito colateral grave.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mais de 215 milhões de doses da dipirona foram comercializados no país somente em 2022.
Entre os anos 1960 e 1970, o remédio era amplamente disponível em várias partes do mundo. No entanto, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, retirou o medicamento de circulação em 1977, devido a relatos de casos graves de doenças sanguíneas após o seu uso, incluindo mortes.
Por causa disso, tanto a dipirona quanto outros medicamentos do mesmo grupo foram abandonados em diversos países devido ao risco de causarem agranulocitose irreversível, uma reação adversa potencialmente fatal que resulta na redução das células de defesa do sangue, predispondo o indivíduo a infecções.
No continente europeu, países como Alemanha, França e Espanha ainda permitem o uso do remédio, pois estudos epidemiológicos sugeriram que os riscos não eram maiores que os de outros analgésicos.
Já no Brasil, foi feito um estudo abrangente conhecido como Latin Study, realizado em conjunto por cientistas brasileiros, da Argentina e México. A pesquisa apontou uma taxa relativamente baixa de casos de agranulocitose, mas isso não faz o medicamento ser isento a riscos.
Especialistas brasileiros e estrangeiros se reuniram em 2001 em um painel de avaliação de segurança da dipirona, concluindo que sua eficácia como analgésico e antitérmico é inquestionável, e os riscos associados ao uso são baixos e similares ou menores do que outros medicamentos disponíveis no mercado.
Apesar de tudo, a dipirona é considerada segura quando usada corretamente e de acordo com as indicações médicas, principalmente levando em consideração as dosagens recomendadas e não exceder o limite diário seguro. Se consumida em excesso, pode levar a efeitos colaterais adversos, como enjoo, vômito, disfunção renal e hepática, entre outros. Pacientes com problemas renais ou hepáticos devem ser especialmente cuidadosos.
O novo nome do Hospital Espanhol, já batizado de 2 de Julho em comunicado oficial emitido nesta quarta-feira (16) pelo governo do Estado, gerou polêmica na sessão desta tarde na Assembleia Legislativa. O líder da oposição na Casa, Alan Sanches (União), lembrou que Salvador já possui uma unidade de saúde homônima, localizada no bairro de São Marcos e de propriedade do médico Vicente Massafera.
“Olha o problema que o governo do Estado tem criado. O Hospital 2 de Julho já existe há mais de 20 anos, em São Marcos, originário de um anexo do São Rafael. Ou seja, o governo não pode utilizar este nome porque já está em uso, é patenteado, não é de fantasia. Não pode ter dois hospitais com o mesmo nome no município e nem no Estado ou no Brasil”, discursou Alan.
“Parece que o governo está tão desorientado na saúde que não consegue sequer saber que já existe esse hospital, que já foi conveniado tanto com a gestão estadual quanto municipal. A Secretaria de Saúde precisa fazer o dever de casa. É mais uma barrigada do governo do Estado”, acrescentou o oposicionista.
Autor de um projeto de lei que dá o nome de 2 de Julho ao antigo Hospital Espanhol, o deputado Robison Almeida rebateu, em plenário, Alan Sanches. Ele afirmou que o grupo político do qual o adversário faz parte “costumava colocar o nome dos vivos em tudo”.
“Era Avenida ACM, colégio ACM, hospital ACM. Agora, vem defender um empresário que batizou um equipamento privado. Estamos falando de interesse público, de equipamento público. Há um movimento de boicote às comemorações e homenagens à independência do Brasil na Bahia, afinal, como se combate uma justa homenagem como essa?”, indagou o petista.
A Secretaria de Comunicação (Secom) do governo estadual divulgou mais cedo que Jerônimo fará uma visita, às 9h desta quinta-feira (17), ao “Hospital 2 de Julho, antigo Hospital Espanhol”, localizado na Barra, em Salvador. A unidade, que foi referência no atendimento à Covid-19 durante a pandemia, mudou de perfil no início deste mês e segue funcionando normalmente.
O comunicado diz que o hospital está passando por obras de manutenção e seus 246 leitos, sendo 70 de UTI, estão progressivamente sendo colocados à disposição dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), acolhendo pacientes com perfil de clínica médica adulto e pediátrica, que correspondem a maior demanda de solicitações feitas à Central Estadual de Regulação.
Brumado já notificou 101 casos de dengue no município só neste ano. Segundo dados da Vigilância Epidemiológica Municipal (VIGEP), desses, 33 de dengue clássica, 1 com sinais de alerta, 24 em investigação e 42 descartados. A morte de um estudante de medicina na última quarta-feira (9), foi confirmada como dengue hemorrágica.
O estudante residia no Paraguai, mas mesmo assim, a Vigilância Epidemiológica Municipal realizou um bloqueio de área na região do bairro Campo de Aviação, onde a vítima estava.
Atualmente, o índice de infestação predial no município é de 2.27%. Fábio Azevedo, coordenador do órgão, diz que a taxa é alta, considerado os números da Organização Mundial de Saúde (OMS).