O presidente Michel Temer antecipou ao empresário Joesley Batista que o Copom (Comitê de Política Monetária) cortaria a taxa de juros em 1 ponto porcentual. A informação foi publicada na manhã desta quinta-feira (18) pelo site “Antagonista” e confirmada pela reportagem. O episódio é parte do acordo de delação premiada dos donos da JBS com a Procuradoria Geral da República. A conversa foi gravada pelo empresário e ocorreu no dia 7 de março, à noite, no Palácio do Jaburu. Nesse mesmo encontro, o presidente deu seu aval para que a JBS pagasse propina para garantir o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha na prisão, segundo a delação. No dia 12 de abril, o Copom reduziu a taxa Selic, referência para os juros da economia, em 1 ponto porcentual para 11,25%. Foi a primeira reunião do Copom após a conversa entre Temer e o empresário. Caso se confirme a história contada por Joesley com a divulgação do áudio da conversa, o presidente terá passado informação privilegiada -que nem mesmo o presidente da República poderia saber- ao empresário, o que permitiria a JBS fazer operações vantajosas no mercado futuro de juros. Procurado, o Banco Central afirmou, em nota, que as decisões do Copom são tomadas apenas durante as suas reuniões e são divulgadas imediatamente após seu término por meio de comunicado. “Não existe possibilidade de antecipação da decisão a qualquer agente, público ou privado. Sinalizações sobre possíveis futuras decisões são emitidas nos documentos oficiais do Banco Central”, disse. Os assessores do presidente Michel Temer não retornaram as ligações da reportagem até a publicação deste texto.
Com Michel Temer (PMDB) e Aécio Neves (PSDB) sob a mira da Lava Jato, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou, nesta quinta-feira (18), que se os implicados não tiverem “alegações convincentes” para se defender das acusações das quais são alvo “terão o dever moral de facilitar a solução, ainda que com gestos de renúncia”. FHC não cita Aécio ou Temer e fala sempre no plural. Ele publicou texto no início da tarde em suas redes sociais. Na mensagem, cita “indignação e decepção” como sentimentos correntes. “A solução para a grave crise atual deve dar-se no absoluto respeito à Constituição”, inicia. “É preciso saber com maior exatidão os fatos que afetaram tão profundamente nosso sistema político e causaram tanta indignação e decepção. É preciso dar publicidade às gravações e ao fundamento das acusações.” O ex-presidente afirma que “os atingidos têm o dever de se explicar e oferecer à opinião pública suas versões” e, em seguida, conclui. “Se as alegações de defesa não forem convincentes, e não basta argumentar são necessárias evidências, os implicados terão o dever moral de facilitar a solução, ainda que com gestos de renúncia”. “O país tem pressa. Não para salvar alguém ou estancar investigações. Pressa para ver na pratica medidas econômico-sociais que deem segurança, emprego e tranquilidade aos brasileiros. E pressa, sobretudo, para restabelecer a moralidade nas instituições e na conduta dos homens públicos”, diz ele no fim da mensagem.
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (18) abertura de inquérito para investigar o presidente Michel Temer. O pedido de investigação foi realizado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). As informações são do G1. Após a decisão, o presidente passa oficialmente a ser investigado no âmbito da Operação Lava Jato. Em delação à PGR, o empresário Joesley Batista afirma ter gravado, em março deste ano, o presidente dando autorização para comprar o silêncio do e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O depoimento do empresário e de seu irmão, Wesley Batista, foi homologado pelo STF.
O ministro de Cidades, Bruno Araújo, comunicou nesta quinta-feira (18) que vai deixar o cargo no governo de Michel Temer. A informação é do canal GloboNews. De acordo com o jornalista Gerson Camarotti, Araújo já comunicou a bancada do PSDB sobre a decisão. Esta é a primeira baixa do governo desde as denúncias divulgadas na noite de quarta-feira (17) contra Temer. O presidente é acusado de autorizar pagamentos pelo silêncio do ex-presidente Eduardo Cunha, preso em Curitiba. O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou abertura de inquérito contra o presidente na tarde desta quinta.
O presidente Michel Temer afirmou a aliados que o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) deve assumir a responsabilidade pelo recebimento de R$ 500 mil do empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo JBS. Pessoas próximas a Temer afirmam ter recebido indicações de que o parlamentar, que foi assessor especial do presidente, estaria disposto a confirmar esta versão. Os relatos foram feitos à reportagem por quatro aliados de Temer. Essa explicação vem sendo tratada no círculo de Temer como a principal defesa do presidente desde que informações sobre a delação de Joesley vieram a público. Em conversas com aliados e auxiliares desde a noite de quarta-feira (17), o presidente se defendeu das acusações feitas na delação, disse que não autorizou qualquer entrega de dinheiro a Rocha Loures e que o deputado deveria se explicar sobre o caso. Temer também afirmou estar seguro de que, na conversa que Joesley gravou, ele “não disse nada de comprometedor”, nas palavras de um ministro. Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley, um dos donos do grupo JBS, segundo delações de executivos do grupo. Loures teria sido indicado por Temer para resolver uma questão de interesse do grupo, segundo Joesley. A afirmação, publicada pelo jornal “O Globo”, foi confirmada pela Folha de S.Paulo. Peemedebistas querem que Rocha Loures diga que recebeu o dinheiro para uso pessoal. Essa versão, eles dizem, poderia ajudar a isentar Temer.Rocha Loures está em Nova York, onde fez uma palestra sobre política brasileira a investidores internacionais. Ele divulgou nota na noite de quarta-feira (17) em que afirma que vai “se inteirar e esclarecer os fatos divulgados” quando voltar ao Brasil -o que está previsto para esta quinta-feira (18). Segundo a delação, Joesley pediu ao presidente Temer uma ajuda para resolver uma pendência de seu grupo no Cade, órgão de controle da liberdade de concorrência. O empresário disse à Procuradoria que Temer lhe sugeriu procurar Rocha Loures.O deputado foi assessor especial da Presidência até março, quando voltou à Câmara no lugar do ministro da Justiça, Osmar Serraglio. No governo Dilma Rousseff, foi chefe de Relações Institucionais da Vice-Presidência, quando o cargo era ocupado por Temer. Segundo o jornal “O Globo”, Joesley se encontrou com Loures e pediu ajuda em questão que envolve o preço do gás fornecido pela Petrobras à termelétrica EPE, usina do grupo J&F. O empresário afirma na delação que Loures ligou para o presidente em exercício do Cade e pediu solução para o caso, em troca de R$ 500 mil semanais por 20 anos.A entrega do dinheiro, feita por Ricardo Saud, diretor da JBS e um dos sete delatores, foi filmada pela PF. No gabinete presidencial, onde tenta esboçar uma estratégia de reação à crise política, o presidente avaliou que passa uma situação muito “desagradável” e “ruim”, mas que irá enfrentá-la até o fim. Reunido com ministros e parlamentares, ele lembrou que, durante a sua vida pública, passou por situações difíceis, mas que sempre conseguiu contorná-las e não irá renunciar ao cargo. Ele avaliou que o vazamento da delação premiada é uma espécie de “conspiração” contra a gestão peemedebista para “atrapalhar” e “abalar” a recuperação econômica. Segundo relatos de presentes, o peemedebista afirmou ainda que fará o pronunciamento mesmo que os áudios das gravações não sejam divulgados nesta quinta-feira (18). O Palácio do Planalto ingressou com requerimento para que as gravações sejam disponibilizadas à gestão peemedebista.
Marcelo Leonardo, advogado de Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), disse nesta quinta-feira (18) que uma relação de caráter privado foi usada por delator da JBS como forma de obter benefício. “O que podemos adiantar desde logo é que uma relação de caráter pessoal, privada, sem nenhum vínculo com a administração pública ou qualquer atividade pública, seja dela seja do irmão, foi utilizada por uma pessoa que estava em negociação de delação para obter benefício. É o que posso dizer nesse momento”, afirmou o defensor. Andrea foi presa preventivamente na manhã desta quinta (18) em sua casa. Segundo ele, seu escritório já protocolou no STF (Supremo Tribunal Federal) pedido para ter acesso ao conteúdo das acusações. Ele disse ainda que não há nenhuma justificativa para que uma pessoa como a irmã do senador fique presa. “Ela é primária, tem bons antecedentes, residência fixa, família constituída e, nessas condições, você não tem necessidade [da prisão]. Por isso, contra ela, nós vamos tomar, depois de informados judicialmente, as medidas cabíveis.” Agentes da Polícia Federal apreenderam dois telefones e um computador na casa de Andrea Neves, num condomínio na região metropolitana de Belo Horizonte. Em seguida, o delegado da PF apresentou a ela mandado de prisão expedido pelo STF e ela foi levada à superintendência da PF em Belo Horizonte. Questionado por uma jornalista se Andrea estava com passagem comprada para a noite desta quinta-feira (18) para viajar para Londres, o advogado disse desconhecer. “Ela tem uma filha que mora em Londres e ela visita a filha frequentemente”, disse ele, que afirmou ainda não ter detalhes sobre a compra de passagem aérea e que isso é “irrelevante”.
O empresário Joesley Batista, dono da JBS, prestou depoimento e revelou que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pediu R$ 2 milhões ao empresário, para pagar sua defesa na Lava Jato. O delator entregou à PGR uma gravação da conversa, que dura meia hora e foi feita no dia 24 de março, em São Paulo. De acordo com as informações, Aécio pedia dinheiro para o empresário com o objetivo de pagar o criminalista Alberto Toron. Joesley aceitou o pedido de Aécio e questionou quem seria a pessoa encarregada de pegar a mala com o dinheiro. “Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança”, propôs Joesley ao senador. Aécio respondeu: “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho”. O jornal O Globo destaca que Fred é Frederico Pacheco de Medeiros, seu primo. Ele foi preso nesta quinta-feira (18) durante Operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Além de Fred, a irmã do senador Aécio Neves, Andrea Neves, foi presa em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte. O colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, Aécio falou em ‘tom galhofeiro sobre a possibilidade de matar seu primo’. A Procuradoria-Geral da República já pediu a prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao Supremo Tribunal Federal. No entanto, o ministro Edson Fachin ainda não autorizou a medida, mas já determinou o afastamento do senador. A decisão da prisão de Aécio deve ser decidida em plenário do STF ainda nesta quinta (18).
Movimentos sociais e lideranças sindicais convocam brumadenses a sair as ruas e participarem de uma manifestação pública de repúdio e pedido de impeachment do presidente Michel Temer (PMDB), após delação que o aponta que o mesmo está envolvido em esquema de corrupção para comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os protestos estão marcados para acontecer no final da tarde desta quinta-feira (18), com concentração na Praça Coronel Zeca Leite. Na oportunidade, os manifestantes também pedirão eleições diretas.
O clima está tenso. A delação dos donos da JBS e a revelação de que Michel Temer deu aval para comprar o silêncio de Eduardo Cunha e, ainda, a informação de que Aécio Neves pediu R$ 2 milhões ao dono do frigorífico, fizeram o país explodir na noite dessa quarta-feira (17). A notícia deve gerar impacto também na Bolsa de Valores. De acordo com a coluna Radar Online, da revista Veja, banqueiros esperam um dia difícil hoje. Segundo a publicação, os papeis de algumas empresas brasileiras viveram um dia complicado na Bolsa de Nova York. embora o mercado regular já estivesse. No after hours as ações caíram em torno de 10%. Para hoje, um banqueiro avaliou que será um “shit show”.
Após saber que o presidente Michel Temer (PMDB) autorizou a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha, preso em Curitiba pela Lava Jato, a senadora Lídice da Mata (PSB) disse que a solução mais indicada para esse momento de crise política é a convocação de eleições diretas. “Esse é um momento muito delicado e o único caminho para reorganizar e recompor o País é a realização de eleições diretas, já”, declarou a socialista em nota enviada por sua assessoria de imprensa.
Neste sábado (20), serão realizadas as semifinais e a grande final do I Campeonato de Futsal da Superintendência Municipal de Trânsito e Transportes – SMTT. Os jogos terão início às 16h30, no Ginásio Poliesportivo Antônio Alves Ribeiro. A partida de abertura será entre a SMTT/Prefeitura Municipal x 34ª CIPM. Na sequência, acontece o jogo entre 18º Ciretran/CFC x 20ª Coorpin/DPT. Os vencedores dos dois confrontos se enfrentam em uma final que promete ser emocionante. A entrada é 1 kg de alimento não perecível. Todos os alimentos arrecadados serão doados para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – Apae. O campeonato é mais uma ação promovida pela SMTT como parte do movimento Maio Amarelo, cujo objetivo é conscientizar a sociedade para diminuição do número de acidentes no trânsito
A ONG AUCIB – Auditoria Pública Cidadã Baiana – fundada em Brumado e tem como objetivo fiscalizar as contas públicas, se reuniu nesta quarta-feira (17) com o Promotor Ruano Fernando da Silva Leite na sede da promotoria de justiça regional de Brumado para apresentar a associação, suas ações realizadas e planejamento. “É de grande relevância uma instituição como a AUCIB e o Ministério Público está à disposição para a realização de parceria institucional com vistas à proteção do patrimônio e da moralidade pública”, afirmou o Promotor de Justiça Ruano Fernando da Silva Leite. Genivaldo Azevedo falou sobre a parceria: “É indispensável para o trabalho da AUCIB uma parceria fortalecida com o Ministério Público, pois o trabalho de fiscalização só será completo se conseguirmos punir os envolvidos em desvios de conduta e a promotoria é primordial neste processo”.