A Procuradoria-Geral da República pediu a prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao Supremo Tribunal Federal. No entanto, o ministro Edson Fachin ainda não autorizou a medida. O ministro afirma que a prisão deve ser discutida pelo plenário do Supremo na tarde desta quinta-feira (18), às 14h. De acordo com o G1, a prisão de Aécio deve ser o primeiro item discutido na sessão. O STF já determinou o afastamento do senador do mandato de senador e presidente do PSDB na manhã desta quinta-feira (18). Também foi determinado o mandato do deputado federal Rocha Lourdes (PMDB-PR), de acordo com informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
A irmã do senador e presidente do PSDB Aécio Neves, Andrea Neves, foi presa pela Polícia Federal (PF) em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, na manhã desta quinta-feira (18), segundo a revista Exame. A ação da PF e do Ministério Público Federal (MPF) fez buscas em endereços ligados ao Senador tucano na manhã desta quinta. No Rio de Janeiro, a operação começou por volta das 5h, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). Foi necessário chamar um chaveiro para cumprir mandado de busca e apreensão no apartamento de Andrea, em Copacabana. O apartamento de Aécio e de Altair Alves Pinto na cidade, braço direito do ex-deputado Eduardo Cunha, também sofreram buscas. Carros descaracterizados da PF chegaram por volta das 6h15 à chapelaria do Congresso, em Brasília, para realizar buscas nos gabinetes de Aécio, do senador Zeze Perrella (PMDB-MG) e do deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), de acordo com o G1. O Supremo Tribunal Federal (STF) já determinou o afastamento de Aécio e de Rocha Loures dos mandatos. O procurador da República Ângelo Goulart Villela já foi preso e há mandado de prisão contra o advogado Willer Tomaz, ligado a Eduardo Cunha.
O ex-ministro do governo Dilma e atual secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Jaques Wagner, afirma que as denúncias de que o presidente Michel Temer (PMDB) deu aval para pagar dinheiro a Eduardo Cunha em troca do silêncio constituem fatos graves. As informações que atingiram o Palácio do Planalto foram reveladas em delação premiada de executivos da JBS. “As revelações agravam a crise política no Brasil, iniciada pelo injusto e inconstitucional processo de afastamento da presidenta Dilma”, lembra o petista. “O momento exige do país, suas instituições e agentes públicos, maturidade e firmeza que resultem na aprovação de uma profunda reforma política e na convocação imediata de eleições diretas”, aponta Wagner. Para o secretário, somente a “convocação do poder soberano, o voto popular, poderá carregar de legitimidade e trazer de volta a mínima estabilidade para condução dos destinos do país”.
Instantes após a revelação do áudio que mostra o presidente Michel Temer (PMDB), autorizando a compra do silêncio do deputado cassado, Eduardo Cunha, o senador baiano Otto Alencar (PSD) declarou apoio à criação de uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar os atos do peemedebista, que segundo são “muito mais graves” que os cometidos pela ex-presidente Dilma Rousseff. “Se ele tiver o mínimo de patriotismo, pode reconhecer o seu erro e convocar eleições indiretas pelo Congresso Nacional e eleger alguém que não esteja envolvido em corrupção ou improbidade administrativa. Vai ter que ter uma CPI e um processo de cassação, não tenha dúvida. Até porque eu vou apoiar se tiver a CPI no Senado e se confirmando que é a voz dele mesmo, voto pela cassação sem nenhuma dúvida porque eu não tenho compromisso com ele”. Ele lembrou que seu voto contrário ao impeachment de Dilma Rousseff foi baseado na ausência de comprovações de crime. “Nos autos não tinha motivo para cassar. Ela foi cassada porque errou politicamente, administrativamente e, de alguma forma, não combateu a corrupção na Petrobras, teve alguma leniência. Parece que naquele momento eu estava fazendo aquele voto, não só porque não tinha nos autos crime de responsabilidade, como também na minha cabeça eu vislumbrava que seria pior afastá-la do que deixa-la e se confirmou agora”. “Não é possível que o atual presidente Michel Temer, tendo participado com ela [Dilma Rousseff] de todos os atos da campanha, não tivesse conhecimentos dos erros que foram cometidos. Não adianta negar as coisas”, acrescentou.
O governador Rui Costa (PT) preferiu adotar uma postura cautelosa ao ser indagado pelo BNews, em Brasília, nesta quarta-feira (17),sobre as recentes denúncias contra o presidente Michel Temer (PMDB). Preferiu não avaliar a notícia, divulgada pelo jornal O Globo, de que Temer teria dado aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB). Contudo, classificou esse momento político como um “tsunami”. “Eu não posso uma avaliação agora. Acabei de ver isso. É um tsunami que precisamos ter um horizonte de como isso vai se concluir no País, temos que gerar emprego e trabalho. Temos que virar a página em algum momento”, disse. Rui, que estava em reunião com outros governadores com o presidente Michel Temer, informou que na sua fala lembrou ao peemedebista a importância da votação de uma nova lei eleitoral. “Nós temos até setembro para que haja uma lei eleitoral que não repita esse caos que o Brasil tá vivendo. Temos que votar uma lei decente para o País. Me preocupa muito, pois não está na agenda nacional a nova lei eleitoral e chamei atenção a isso, principalmente a questão do financiamento”, disse.
A ex-ministra e ex-senadora Marina Silva, líder da Rede Sustentabilidade, afirmou em vídeo publicado nas redes sociais na madrugada desta quinta-feira, 18, que o presidente Michel Temer “não está em condições de governar o Brasil”. Marina diz que a crise política está se agravando “de forma dramática” e que o País está em “estado de choque” com as denúncias. “O que aconteceu é que, mais uma vez, sabotaram os fundamentos da República e da democracia.” As críticas ocorrem após a revelação de que Temer teria dado aval para que a JBS comprasse o silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato. A informação foi divulgada na quarta-feira, 17, pelo colunista do jornal O Globo Lauro Jardim. O Planalto nega a acusação. líder da Rede afirma, no vídeo, que o Congresso Nacional deveria aprovar a emenda à Constituição apresentada pelo deputado Miro Teixeira (Rede) que possibilita a realização de eleição direta em caso de queda de Temer – pela atual regra, a escolha do novo chefe do Executivo se daria por via indireta. “Para que a sociedade faça a escolha daquele que, com base em um programa, poderá fazer a transição neste difícil momento que estamos atravessando.” Marina descarta a possibilidade de se aguardar pela renúncia de Temer. “Não podemos ficar esperando pela consciência de quem já deixou a crise ir para o patamar em que chegou”, disse. No vídeo, a ex-ministra não faz menção ao senador Aécio Neves (PSDB), que teria sido gravado pedindo R$ 2 milhões para o empresário Joesley Batista, dono da JBS. Na eleição de 2014, Marina declarou apoio ao tucano no segundo turno.
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato de senador e presidente do PSDB na manhã desta quinta-feira (18). Também foi determinado o mandato do deputado federal Rocha Lourdes (PMDB-PR), de acordo com informações são do jornal O Estado de S.Paulo. A PF cumpre mandados de busca e apreensão em imóveis de Aécio Neves no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte; da irmã do senador, Andreia Neves; Altair Alves, ligado ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ); e do senador Zezé Perrella (PMDB-MG). O presidente da Casa, Eunício Oliveira, foi informado da ação e autorizou a entrada dos policiais acompanhados de um funcionário indicado por ele. Aécio Neves foi acusado pelo empresário Joesley Batista de solicitar R$ 2 milhões em meio às investigações da Operação Lava Jato e Andreia teria pedido dinheiro em nome do irmão. O valor foi rastreado e chegou ao senador Perrella. Andreia será presa assim que chegar de viagem, pois se encontra no Exterior no momento, segundo o jornal Zero Hora.
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal realizam operação da força-tarefa da Lava Jato desde o início da manhã desta quinta-feira (18), no Rio de Janeiro. O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a PF a cumprir mandados de busca a apreensão nos apartamentos de pelo menos três alvos: o senador Aécio Neves; a irmã dele, Andrea Neves; e Altair Alves, conhecido por ser braço direito do deputado Eduardo Cunha. De acordo com o G1, a operação teve início após a delação do dono do frigorífico JBS, Joesley Batista, que entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma gravação do senador Aécio Neves pedindo a ele R$ 2 milhões. Os agentes começaram a deixar a sede da PF, na Zona Portuária do Rio, por volta das 5h30, para se dirigir até a casa dos alvos. Há mandado de prisão contra o procurador da República Ângelo Goulart Villela e contra o advogado Willer Tomaz, que é ligado a Cunha. A operação também cumpre mandados na casa de Aécio em Brasília, e em endereços ligados ao político no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte.
Um dos donos da JBS, Joesley Batista, prestou depoimento no âmbito da Lava Jato e, entre as informações, revelou que Aécio Neves pediu R$ 2 milhões ao empresário, para pagar sua defesa na Lava-Jato. As informações são do jornal O Globo. A reportagem apurou que foi entregue à PGR uma gravação da conversa, que dura meia hora e foi feita no dia 24 de março, em São Paulo. Essa não foi a primeira vez que o assunto foi abordado. Antes, a irmã de Aécio, Andréa Neves, entrou em contato com o empresário – através de telefone e mensagens no aplicativo WhatsApp, dizendo que o irmão seria defendido pelo criminalista Alberto Toron. O empresário aceitou o pedido de Aécio e questionou quem seria a pessoa encarregada de pegar a mala com o dinheiro. “Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança”, disse propôs Joesley. Aécio, então, respondeu: “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho”. Fred é Frederico Pacheco de Medeiros, seu primo. Da parte do empresário, foi o diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, que levou a mala. Ele é uma das sete pessoas da JBS que acertaram a delação. Para chegar na quantia desejada por Aécio, foram feitas quatro entregas de R$ 500 mil. Segundo apurou O Globo, a PF filmou uma dessas entregas. A PGR afirma que não existe elemento para dizer que esse valor foi, de fato, pago a algum advogado. A PF rastreou o dinheiro, que foi depositado em uma empresa do de Zeze Perrella, senador tucano.
O presidente Michel Temer está no meio de uma revelação feita pelos delatores da JBS. O empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, entregou ao Ministério Público Federal áudio no qual Temer dá aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Na nota divulgada por Temer, ele afirma que “jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha”. Agora, de acordo com o blog do Moreno, do jornal O Globo, a palavra de ordem transmitida por ministros de Temer é “ir à luta”. O peemedebista se reuniu na noite de ontem (17) no gabinete presidencial e definiu que ” renúncia, nem pensar”. ” O presidente quer ver a fita da sua conversa com Joesley”, disse um ministro ouvido pelo blog. Além disso, Temer teria considerado um absurdo um presidente da República ser gravado e, ainda de acordo com o ministro, “o presidente quer ver a fita”. De acordo com o blog do Josias de Souza, do UOL, Temer vai pedir ao Supremo Tribunal Federal que lhe dê acesso ao conteúdo das delações do Grupo JBS. Enquanto isso, a ordem interna é resistir e transmitir clima de normalidade. Porém, até a base aliada quer renúncia de Temer.
O assessor especial do Planalto e ex-deputado Sandro Mabel considera que as denúncias contra o presidente Michel Temer divulgadas nesta quarta-feira (17) são graves e que “o estrago é grande”. Temer teria autorizado a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e do doleiro Lúcio Funaro. Em áudio gravado pelo empresário Joesley Batista, da JBS, o presidente disse que era preciso “manter” o esquema de pagamentos. Em entrevista ao UOL, Mabel disse que a frase usada por Temer na gravação é “uma frase que se usa em qualquer momento, em qualquer lugar”. “Não acho que o presidente ia endossar um negócio desses. [Quanto ao momento da revelação], parece que as coisas são feitas de propósito”, insinuou ele, defendendo ainda que é preciso “pensar no país” e não apenas descobrir um saída política. Em nota, o Planalto negou que Temer tenha dado aval a esquema de pagamento para Cunha, mas confirma encontro entre o presidente e o Joesley em março.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, defendeu investigação rápida e profunda sobre o conteúdo das gravações feitas pelo empresário Joesley Batista, dono da J&F, que, supostamente, mostram a tentativa de obstrução de Justiça pelo presidente da República, Michel Temer. “São estarrecedores, repugnantes e gravíssimos os fatos noticiados por ‘O Globo’ a respeito de suposta obstrução da Justiça praticada pelo presidente da República e de recebimento de dinheiro por parte dos senadores Aécio Neves e Zezé Perrella”, disse Lamachia, por meio de nota.”A sociedade precisa de respostas e esclarecimentos imediatos. As cidadãs e cidadãos brasileiros não suportam mais conviver com dúvidas a respeito de seus representantes”. “Por isso, as gravações citadas precisam ser tornadas públicas, na íntegra, o mais rapidamente possível. E a apuração desses fatos deve ser feita com celeridade, dando aos acusados o direito à ampla defesa e à sociedade a segurança de que a Justiça vale para todos, independentemente do cargo ocupado”.