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1 de julho de 2018
Bahia

Chapada Diamantina deve ganhar produtora de frutas orgânicas

Foto Rede Acontece

A Bioenergia Orgânicos assinou nesta sexta-feira (29), na Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), um protocolo de intenções para instalar uma processadora de frutas orgânicas no município de Lençóis, na Chapada Diamantina. Com investimento de R$ 20 milhões, a empresa baiana pretende empregar até 2 mil pessoas, de forma direta e indireta, no auge da capacidade, que será de 110 toneladas por ano, em alguns anos. O faturamento anual previsto é de R$ 100 milhões. Natural da cidade de Ruy Barbosa e adepta da alimentação equilibrada, a secretária da SDE, Luiza Maia, deu as boas vindas à empresa. “Espero que produzam muito e ajudem nossa economia a crescer. A Bahia e o Brasil precisam disto. Aproveito para destacar a preocupação da empresa com as práticas orgânicas. Até mesmo o adubo usado nas árvores frutíferas provêm de gado criado de forma orgânica pela empresa”, disse. A Bioenergia existe há cerca de uma década. Nesse período, tem se dedicado, juntamente com a unidade da Embrapa de Cruz das Almas, à pesquisa para a escolha e desenvolvimento de espécies adequadas aos seus objetivos. A opção pela Bahia deu-se após estudos prévios também realizados em Pernambuco e no Ceará.”Mas foi aqui que encontramos as condições ideais para dar início ao nosso projeto”, explica um dos sócios da empresa, Oswaldo Araújo. Além dos pormenores técnicos, ele entende por condições ideais os conceitos básicos que definem a Bionergia: fruticultura orgânica, sustentabilidade, respeito ao meio ambiente e inclusão social. “Tínhamos em mente um local em que fosse mais fácil desenvolver práticas sustentáveis e de inclusão social e onde não houvesse a prática da produção com agrotóxicos. Encontramos na Chapada”. A certificação orgânica, segundo Araújo, será feita pelo instituto IBD. Logo de inicio, a marca Bioenergia não será vista nas gôndolas dos supermercados, nem haverá uma grande variedade de frutas. Toneladas de polpa de abacaxi, manga e maracujá serão envasadas em bombonas de 200 litros e vendidas a empresas produtoras de alimentos do mercado interno e externo. Não se trata de concentrado, uma vez que a água natural das frutas vai ser preservada. Será possível, por exemplo, consumir a polpa diretamente como suco, sem a mistura de qualquer outra substância. E o mais importante: sem conservantes. O processo de produção será automatizado e com uma técnica de assepsia que possibilitará o consumo em até dois anos, sem necessidade de refrigeração, mantendo as características originais.