A comunidade cristã copta no Egito manifestou-se fortemente neste sábado durante os funerais de sete pessoas que foram mortas por militantes islâmicos na última sexta-feira (2).
O ataque terrorista de jihadistas ligados ao Estado Islâmico deixou outras 20 pessoas feridas, algumas gravemente. Os cristãos voltavam de uma cerimônia de batismo no mosteiro de São Samuel, na província de Minya, quando os dois ônibus que viajavam foram metralhados.
Agências de notícia internacionais identificaram uma das vítimas como uma obreira anglicana. Os seis cristãos coptas foram enterrados em caixões brancos por centenas de pessoas que prantearam seus mortos. Em determinado momento, ecoaram gritos na multidão que acompanhava a cerimônia. “Defenderemos a cruz com nossas almas e com nosso sangue”.
O bispo Makarios, da igreja copta de Minya, disse, segundo o The National, após os funerais que eles aguardam o cumprimento das promessas do governo, incluindo do presidente da república, de que eles seriam protegidos.
O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo massacre. A polícia egípcia disse ter identificado e matado 19 militantes islâmicos em um tiroteio numa área desértica horas algumas horas depois.
Durante os funerais de sábado, os amigos e familiares lamentaram as mortes. “O que esses terroristas querem? Eles querem que odiemos os muçulmanos?”, perguntou um dos enlutados, identificado apenas como Michael.
O padre copta Rad Noseer Mitri, responsável pela Igreja de Mar Girgis, enfatizou que o perdão é possível mesmo em tal situação.
“Gostaríamos de dizer a eles [os assassinos] que ainda os amamos apesar do que aconteceu. Mas temos uma pergunta – por que vocês estão fazendo isso conosco? Não fizemos mal contra ninguém”, disse Mitri.