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18 de maio de 2017
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Estudo aponta região do cérebro ligada a religiosidade

Imagem Reprodução

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Durante muitos anos cientistas cogitaram a existência de um “ponto de Deus” no cérebro, uma área em específico, que fosse responsável pelas crenças religiosas. Conforme um novo estudo realizado pela Northwestern University, em Illinois, nos Estados Unidos, pessoas que sofreram lesões no córtex pré-frontal do cérebro podem torná-las menos críticas ao comparar suas crenças religiosas com a fé de outras pessoas, ou seja, mais tolerantes. A região do cérebro estudada está associada a diversas funções, como a capacidade de planejamento e de percepção. Anteriormente, essa estrutura cerebral já foi relacionada a experiências religiosas. O estudo analisou 119 pessoas que sofreram alguma lesão cerebral durante a guerra do Vietnam e outros 30 veteranos normais. Foi solicitado que os participantes respondessem a afirmações como “Para levar uma vida melhor e mais significativa, uma pessoa deve seguir a única religião verdadeira”. Os pesquisadores descobriram que os veteranos lesionados no córtex pré-frontal tinham níveis mais altos de conservadorismo religioso do que os outros. “Crenças humanas, e nesse caso crenças religiosas, são um dos conhecimentos sociais e cognitivos que nos diferenciam das outras espécies”, apontou o coautor da pesquisa, Jordan Grafman, ao PsyPost. A pesquisa liga diretamente a região estudada com a religiosidade, pois foi possível perceber suas interações no cérebro. “Precisamos entender quão distintas as crenças religiosas são das crenças morais, legais, políticas e econômicas em suas representações no cérebro”, destacou Grafman. Grafman também acredita que por mais que a pesquisa evidencie que o córtex pré-frontal está conectado com a espiritualidade, existem outros fatores que determinam o quão religiosa uma pessoa é. “Enquanto crenças religiosas ou não podem ser estudadas seletivamente e independentes de outros processos cognitivos e sociais, sua dependência e interação com outros processos do cérebro será uma importante área de pesquisa nas próximas décadas”, encerrou.