O ex-prefeito de Guanambi Ariovaldo Vieira Boa Sorte, o ex-secretário municipal de Administração, André Luiz Costa Donato, o ex-secretário de Infraestrutura, Ricardo Kirdeika Martins, e Joaquim Alves Boa Sorte foram condenados por prática de atos de improbidade administrativa que ensejaram enriquecimento ilÃcito, dano ao erário e violação a princÃpios da administração pública. Na decisão assinada no dia 24 de julho, a juÃza federal substituta, Daniele Abreu Danczuk, decidiu que: os réus devem devolver R$ 230.975,21 (com atualização monetária), ter os direitos polÃticos suspenso por oito anos; perder a função pública; pena de multa fixada, individualmente, em metade do valor do enriquecimento ilÃcito; proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefÃcios ou incentivos fiscais ou creditÃcios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurÃdica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos. A ação pública foi ajuizada pelo Ministério Público Federal contra Ariovaldo Vieira Boa Sorte, André Luiz Costa Donato, Charles Fernandes Silveira Santana, Joaquim Alves Boa Sorte, Ricardo Kirdeika Martins, Vicente Cezarino e Charles Fernandes Silveira Santana. A denúncia contra Charles foi excluÃdo dos autos e Vicente foi inocentado por não ter provas suficientes para sustentar uma condenação em seu desfavor, afirmou a juÃza. Segundo a denúncia do MPF, foram realizadas licitações no municÃpio de Guanambi financiadas com os recursos do antigo FUNDEF, referentes a diversas obras de reforma de escolas nos anos de 2003 e 2004. As licitações não passavam de simulações, ainda de acordo com o órgão, nas quais diversas empresas se revezavam para compor o certame e dar uma aparência de competitividade e legalidade. As empresas licitantes pertenciam a um mesmo sócio ou tinham um funcionário que era sócio de outra licitante ou, ainda, possuÃam sócios distintos, mas com vÃnculo de parentesco entre si.