Qualquer semelhança com a vida real é apenas uma incrÃvel coincidência”, essa é a frase que está na embalagem do jogo da Lava Jato, recém-lançado pelo jornalista Luiz André Alzer. A Sputnik Brasil entrevistou com exclusividade o idealizador do jogo de cartas. Para Alzer, o jogo é uma maneira de demonstrar apoio a Lava Jato. “É uma ideia de dar um basta na corrupção, até porque o objetivo do jogo é prender corruptos, você brinca de ser o juiz”. Ao todo, são 72 cartas, elas são divididas em igual número entre réus da Lava Jato e decisões da justiça. Os réus são classificados de acordo com as denúncias de que são alvo, suas conexões e o montante de propina que movimentaram. O objetivo do jogo é prender o maior número de réus. Entretanto, quantidade não é qualidade. Ganha quem prender o maior número de réus influentes. As ilustrações dos alvos da justiça foram feitas pelo cartunista Renato Machado. Embora não cite diretamente nenhum nome real, há sugestões de quem está sendo retratado. Por exemplo: há uma ilustração de uma mala de dinheiro sendo carregada por um deputado e de um empresário cortando um pedaço de carne. O criador do jogo esclarece que a iniciativa levou três meses para ficar pronta e que acompanhou os fatos novos da mais importante operação contra a corrupção da história do Brasil. “O jogo apoia a Lava Jato, uma investigação profunda indo nas entranhas de personagens que a gente a vida inteira achou que nunca iriam ser punidos. O jogo é um pouco desse retrato, desse paÃs que está mudando”, diz Alzer. O jogo já está sendo comercializado pela internet.