Em manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, alegou que a ordem pública seria colocada em risco caso seja posto em liberdade o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA), réu em ação penal pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso do bunker de R$ 51 milhões encontrado em um apartamento em Salvador. “A liberdade de Geddel Quadros Vieira, a um só tempo, colocaria em grave risco, ainda hoje, a ordem pública e vulneraria a garantia da aplicação da lei penal, notadamente quando a instrução judicial (fase de coleta de provas) da ação penal nem sequer foi efetivamente iniciada”, escreveu Raquel Dodge. Para a procuradora-geral da República, há uma série de argumentos que justificam a prisão de Geddel, como a ocultação dos R$ 51 milhões no apartamento em Salvador; o uso de secretários parlamentares para serviços pessoais e apropriação do salário deles; e a destruição de papéis e documentos que poderiam servir de prova na investigação em curso. Raquel Dodge ainda destacou que a prisão preventiva de Geddel Vieira Lima foi reafirmada pelos ministros da Segunda Turma do STF em maio deste ano, quando a denúncia contra o ex-ministro foi recebida.