O senador Otto Alencar (PSD-BA) foi cauteloso ao recriminar os ataques que o seu grupo político faz contra o candidato ao Senado, o deputado federal Irmão Lázaro (PSC), em recentes propagandas eleitorais.
“Não vi esse programa que tá se discutindo. Não sei qual foi o ataque. Não sei se ele votou contra o impeachment […] Na minha ótica nunca faria isso, nunca fiz isso. Agora, não acho que falar que fulano ou ciclano (sic) votou no impeachment seja ataque”, comentou em entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, nesta terça-feira (18).
Nesta segunda (17), Irmão Lázaro reagiu às provocações e bradou que, “no dia 7 de outubro, essa raça terá que engolir o negão no Senado”.
“Nunca tinha visto minha imagem sendo alvo de difamação na televisão. O que eles fizeram comigo foi um tapa e uma ferida em cada homem de bem. Passei mal ao ver a propaganda na TV. Minha mãe e o meu pai não aguentam mais isso”, disse Lázaro durante discurso em evento de lançamento do programa de governo de Zé Ronaldo (DEM).
Antes, a Justiça Eleitoral havia ordenado que campanha do PT para o Senado retirasse do ar a propaganda que associava Irmão Lázaro ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e à crise por que o país atravessa.
Ao Se Liga Bocão, Otto Alencar também rechaçou as avaliações de que Angelo Coronel ainda é desconhecido pelos eleitores. “[Fernando] Haddad era desconhecido no Nordeste e agora desponta nas pesquisas. Em 1989, ninguém conhecia quem era Collor… É o carisma, a capacidade de falar com o povo. Coronel não tá caçando marajá, não! [tal como Collor discursava]. Ele tem boas ideias”.
“Temos avaliações internas, estamos vendo o crescimento. Eu digo a Coronel: ‘Não fica assustado com pesquisa, vamos trabalhar, temos base forte’. A entrada dele na chapa foi traumática […] Ficou sequela, mas não acho que essa sequela vai atrapalhar a eleição de Coronel”, completou.