O diretor de águas do INEMA, Eduardo Topazio, negou que exista alguma barragem em situação de risco na Bahia. Um relatório da Agência Nacional de Águas (ANA), divulgado na manhã desta segunda-feira (19), diz que o estado tem o maior número de construções com algum problema grave na estrutura. Ao todo, segundo o estudo, dez barragens baianas estão vulneráveis.
“O relatório da ANA não é verdade. Não identificamos nenhuma barragem da Bahia com risco eminente de ruptura. O estado está pagando o preço por ter feito o melhor “dever de casa” do Brasil. Muito pelo contrário, estamos bem preparados “, afirmou Topázio.
De acordo com o diretor, os riscos que as barragens da Bahia têm riscos são administrativos. “Os riscos aqui são das barragens que estão sem administração porque o proprietário não cumpre seu papel de, por exemplo, entregar a documentação. Algumas delas, inclusive, foram notificadas pelo Inema durante esse ano”, concluiu.
O estudo da ANA encontrou, no entanto, problemas de rachaduras, infiltrações, buracos, medidores da vazão da água quebrados e falta de documentação que comprove a segurança do reservatório. Para se ter ideia, as barragens de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, estão comprometidas com formigas e árvores.
Ainda conforme Topazio, eventualmente, o órgão tem dificuldades de notificar os donos das barragens .
Empresas responsáveis pelas barragens
Segundo a ANA, as dez barragens baianas citadas no relatório da ANA são as de Zabumbão, localizada em Paramirim e administrada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paraíba, a de Luiz Vieira, que é localizada no município de Rio de Contas e administrada pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, e a de Apertado, que fica em Mucugê e é administrada pela Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hidricos da Bahia.
Há também as construções de Afligidos, em Rio de Contas, e também administrada pela Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hidricos da Bahia. As de RS1 e RS2, que são localizadas em Camaçari e administradas pela Distribuidora de Água Camaçari (Dac/Centrel) e as barragens de Araci e Pinhões, que são administradas pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas.