25 de novembro de 2015
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Imagem Reprodução
Em meio à tragédia do tsunami de lama de rejeitos de mineração da Samarco, a atitude inusitada de um padre da região atingida pelo desastre tem chamado a atenção. Pároco da Igreja de São José, da cidade de Barra Longa, a 60 Km de Mariana, Wellerson Magno Avelino, de 39 anos, abriu as portas de sua paróquia para cultos de outras religiões, sobretudo a Batista, que teve templo parcialmente destruído. Fotos de um dos cultos circulam pelas redes sociais e dividem opiniões e causam polêmica. Embora a maioria dos internautas louve a iniciativa de Wellerson, que recebeu apoio de sua arquidiocese, fiéis e até alguns padres da própria Igreja Católica, e evangélicos, o criticam. Nas fotos, o interior da Igreja de São José está sem imagens de santos, retiradas provisoriamente. Devotos batistas aparecem orando e abraçados ao padre. Padre Marcelo Tenório usou seu blog para reclamar. “Lamentável. A fé não se negocia, a verdade não pode ser obscurecida por nada, nem tão pouco pela solidariedade”, postou Tenório. O bispo anglicano Josep Rossello, que publicou as primeiras fotos, disse que “em momento de tristeza e dor, a missão como cristãos e filhos do mesmo Deus, é acolher uns aos outros. O padre Wellerson está de parabéns, pois faz o bem sem olhar a quem”, justificou. Há seis anos e meio à frente da Paróquia de São José, padre Wellerson disse ontem ao Dia, por telefone, que não está incomodado com questionamentos.