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16 de maio de 2016
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Qualquer mulher pode fazer inseminação artificial? Há casos em que não é recomendado?

Imagem Reprodução

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Muitas mulheres alimentam o sonho de gestar um filho. Algumas, no entanto, não conseguem realizá-lo de forma natural em decorrência de problemas existentes com ela ou o com o parceiro. Com a evolução da medicina, no entanto, esse grupo pode, através de técnicas específicas, driblar alguns impasses. Descubra quais são as técnicas e quando elas são indicadas. Embora seja usado vulgarmente como um conceito geral, é preciso entender que existe diferença entre inseminação artificial e fertilização in vitro. De acordo com ginecologista Luiz Eduardo Albuquerque, diretor clínico da Fertivitro, de São Paulo, existem dois grandes grupos de tratamentos – os de baixa ou alta complexidade.Tratamento para fertilização de baixa complexidade
Nessa categoria estão os dois tratamentos de inseminação artificial: o coito programado e a inseminação intrauterina. Em ambos os casos, a fecundação acontece de forma natural.O coito programado é o mais simples deles. Com a ajuda de exames de ultrassom, o médico controla a ovulação da mulher e, a depender do caso, aplica medicações que estimulam a liberação do óvulo e, quando ele for liberado, recomenda-se a relação sexual. A indicação é para casais que não apresentam nenhum problema no sistema reprodutor e tampouco na qualidade do sêmen.
Já na inseminação intrauterina, o especialista controla a ovulação e, quando óvulo se mostra pronto para a fecundação, o sêmen, colhido e selecionado em laboratório, é introduzido com um cateter dentro do aparelho reprodutor feminino. O procedimento é indicado para casos em que a mulher possui alterações no muco cervical ou endometriose leve ou quando existem alterações de volume, número, motilidade ou morfologia no sêmen.
Tratamento para fertilização de alta complexidade
Já o segundo grupo é indicado para casos de infertilidade mais grave, como obstrução ou ausência das trompas, endometriose severa, falência ovariana e fatores masculinos moderados ou graves.No método convencional deste tratamento, depois de estimular a ovulação, esses óvulos são coletados e colocados em contato com os espermatozoides pré-selecionados. Este processo é feito em laboratório. Em condições ideais de temperatura e meio, eles podem fecundar-se e formar embriões. Em caso positivo, o material fecundado é implantado no sistema reprodutor feminino.No entanto, quando o problema de infertilidade masculina é severo, o método mais moderno e recomendado é o por injeção intracitoplasmática de espermatozoide. Nele, o especialista seleciona os melhores espermatozoides e, com a ajuda de uma micropipeta e um microscópio, os implanta nos óvulos previamente coletados e selecionados. Depois, o procedimento segue de maneira igual: espera-seo tempo necessário para a formação de um embrião, seleciona-se os melhores de acordo com critérios pré-estabelecidos e, então, estes são implantados. “Nós classificamos os embriões de ‘a’ a ‘d’ de acordo com a qualidade deles. Na hora de escolher aqueles que serão implantados, analisamos uma série de critérios, inclusive a chance deles de implantação e gravidez”, explica o médico.
É permitido implantar até quantos embriões na mulher?
O número de embriões permitidos pelo Conselho Federal de Medicina, de acordo com o ginecologista, depende necessariamente da idade da mãe e é uma decisão tomada entre médico e pacientes. Mulheres de até 35 anos podem receber até no máximo dois, de 36 a 39 até 3 e acima de 40 até 4.
Qual é o melhor tratamento?
Segundo o especialista, o que define a escolha por um ou outro procedimento é a complexidade do problema e o histórico do casal que está tentando engravidar.
Toda mulher pode fazer?
Luiz explica que de acordo com diretrizes do Conselho Federal de Medicina, nenhuma mulher deve ser submetida a tratamentos desnecessários. Por isso, a indicação dos procedimentos deve vir na impossibilidade da reprodução natural ou após a ineficácia de tratamentos mais simples.Depois da necessidade atestada, o que determina se uma mulher pode ou não engravidar através da reprodução assistida são as condições gerais. “Qualquer patologia que uma mulher tenha que contraindique a gravidez é caso de contraindicação para a reprodução assistida. Não tem diferença ou contraindicação específica”, comenta o médico.Em outras palavras, qualquer mulher que esteja em condições de saúde para engravidar naturalmente pode também fazer o tratamento de reprodução assistida.
Reprodução assistida faz engravidar de gêmeos?
Luiz Eduardo explica que o cenário ideal é sempre uma gestação única. No entanto, em casos em que mais de um embrião é implantado, a gestação múltipla pode acontecer. “Não é o que a gente planeja e a porcentagem é baixa. Mas, pode acontecer de todos virarem fetos ou até de um deles se multiplicar. Mulheres abaixo de 35 anos que recebem dois embriões têm 25% de chance de ter uma gestação gemelar. Os números vão diminuindo de acordo com o avanço da idade”, mostra.
Gestação de reprodução assistida é de risco?
Depois de a gravidez confirmada, o médico diz que ela pode ser tratada como qualquer outra. “A gente costuma dizer que é um caso que pede mais cuidado por causa do medicamento utilizado antes e depois e especialmente por conta da ansiedade e da expectativa do casal, mas não porque há mais riscos”, pontua. O mesmo serve para casos em que ocorre um gestação múltipla. “Assim como nos casos de reprodução natural, gestações de mais de um feto apresentam mais riscos”, complementa.
Doação de espermatozoides
É importante lembrar, no entanto, que os casos exemplificados são baseados em casos de mulheres que pretendem engravidar de seus companheiros. No caso de casais cujo homem possui problemas de fertilidade extremamente graves ou de mulheres que buscam a produção independente, é possível usar espermatozoides de bancos de sêmen. A fertilização é in vitro e a técnica utilizada e varia de acordo com o caso.