Ainda que o setor varejista tenha caÃdo 1,8% no acumulado do ano e registrado baixa de 6,3% nos 12 meses até abril, quase a metade dos empresários está esperançosa com a expectativa das vendas para o segundo semestre. É o que aponta o resultado do Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário (ICMPE), apurado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). De acordo com o Indicador de Expectativas, que serve de termômetro para avaliar o que o empresário aguarda para o futuro, quatro em cada dez (41%) micro e pequenos empresários estão, de algum modo, confiantes com o futuro da economia brasileira. Quando essa análise detém apenas a realidade da sua empresa, o Ãndice é maior e chega a 53% dos empresários consultados. O percentual de pessimistas com a economia e com os negócios é de 24% e de 14%, respectivamente. A confiança dos empresários no desempenho da economia, entretanto, não é explicada na maior parte dos casos: 41% dos empresários que se dizem confiantes para os próximos seis meses dizem não saber a razão de seu otimismo, apenas acreditam que coisas boas irão acontecer – há também 21% que acreditam que a crise polÃtica será resolvida e 14% que observam sinais de melhora no cenário macroeconômico. Entre os que estão otimistas com o próprio negócio, 37% também não sabem a razão, 22% acreditam que é devido à boa gestão do seu empreendimento e 14% estão investindo para enfrentar a crise. Por conta deste otimismo do setor, a maior parte dos empresários acredita que o faturamento das suas empresas deve se manter estável nos próximos seis meses (45%) – 40% acreditam que deve aumentar e apenas 8% acreditam que suas receitas cairão. Entre os que esperam crescimento, 32% não sabem apontar a razão do otimismo, enquanto 20% creditam a melhora à busca de novas estratégias de vendas e 16% afirmam ter melhorado a gestão da empresa.