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21 de março de 2017
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Rússia pode extinguir Testemunhas de Jeová: “extremistas”

Imagem Reprodução

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O Ministério da Justiça da Rússia abriu um processo junto à Suprema Corte do país para que os Testemunhas de Jeová sejam considerados “um grupo extremista” e sejam proibidos de atuar em solo russo. No dia 15 de março foi iniciada uma ação judicial que pede o fechamento da sede da seita. Caso a Corte acate o pedido, será a primeira vez na história do país que um tribunal de justiça liquida uma organização religiosa. De acordo com o USA Today, o processo está nas mãos do juiz Nikolai Romanenkov, que deverá examinar a acusação e determinar quando será a audiência. Se acatar o argumento do Ministério da Justiça, as atividades do grupo religioso serão encerradas em todo território russo e o prédio onde eles estão instalados passa a ser de propriedade do governo. Caso continuem a realizar reuniões, seus membros podem ser processados ou presos. Sendo assim, eles estarão proibidos de falar publicamente sobre suas crenças. Segundo os dados oficiais, são 175 mil seguidores, presentes em mais de duas mil congregações em todo o país. Em comunicado oficial, seus líderes dizem que “a perseguição dos fiéis pela nova legislação antiextremismo é construída sobre uma fraude, argumentos de especialistas incompetentes e, como resultado, um erro judiciário”. Segundo o site internacional da organização, eles se registraram como grupo religioso na Rússia em 1991, logo após o fim do comunismo e a Contudo, nos últimos 20 anos promotores russos em várias localidades periodicamente procuram proibir ou restringir a atuação do grupo, acusando-os de ser uma seita que destrói famílias, promove o ódio e ameaça vidas. Foram proibidos de distribuir literatura, pois as autoridades entendem que elas promovem o extremismo. As Testemunhas de Jeová foram oficialmente banidas da cidade portuária de Taganrog em 2009, quando um tribunal local decretou que a organização era culpada de incitar o ódio religioso “propagando a exclusividade e a supremacia de sua religião”. Dezesseis membros foram condenados à prisão de mais de 5 anos, que posteriormente foram suspensas. O presidente Vladimir Putin sancionou em junho do ano passado uma lei que proíbe a pregação religiosa fora dos limites dos templos. Logo em seguida surgiram os primeiros relatos de líderes cristãos sendo presos por ter anunciado Jesus fora de suas igrejas. Vários pastores locais e o missionário batista norte-americano Donald Ossewaarde foram detidos. Acusados de realizar estudos da Bíblia ‘ilegais’, ele foi levado para a delegacia, multado em cerca de 2 mil reais e liberado. Além disso, os Gideões Internacionais teve 20 mil cópias da sua famosa edição de bolso, contendo tanto o NT quanto Salmos apreendidas. O motivo alegado é a nova legislação antiterrorismo vigente no país. Serghei Lenin, funcionário responsável pela liberação de cargas, alegou que não havia “qualquer documentação que comprovasse que os livros não tinham conteúdo extremista, conforme exigido por lei”.