Ao invés de buscar juntar os cacos, após fragorosa derrota pela segunda vez consecutiva nas eleições municipais em Paramirim, os capatazes do grupo oposicionista, insistem nas velhas práticas da pressão e do chicote, imaginando poder comandar a bancada de vereadores com chantagens, no intuito de obriga-los a votarem de acordo com os interesses do já combalido “chefe”. Episódios recentes ocorridos na Câmara de Vereadores, explicitaram o esperado enfraquecimento, quando um vereador da oposição, deixa público que não mais aceitará o cabresto, condição que até pouco tempo imperava na Casa. “Apresentei relatório técnico em consonância com o que se apurou no TCM, que não enxerguei irregularidades gritantes que impedissem a aprovação das contas da prefeitura, relativas à 2018”.
Uma das vítimas do ódio e rancor recolhido, foi o atual vereador Willian Martins, que sofreu todo tipo de xingamento via telefone e através de fake news esparramadas nas redes sociais. Tudo porque decidiu acompanhar o TCM, que opinou pela aprovação das contas do atual prefeito Gilberto Brito, referentes ao ano de 2018. Segundo relatou o vereador ofendido, o próprio “gerente” do esfacelado grupo oposicionista, o teria tratado de forma arrogante e desrespeitosa, proferindo inclusive ameaças, caso o vereador “não entrasse na linha”, seguindo orientações exclusivas. Essa teria sido a gota d’água para que Willian exigisse respeito à sua pessoa e ao seu mandato. Ressaltando que segue as orientações legais do seu partido, afirmou que não é obrigado a dizer amém sob pressão de ninguém.
Nossa reportagem esteve em contato com vereador Willian, que concedeu entrevista à TV O Eco, no qual ele esclarece a sua posição de independência e o compromisso de seguir cumprindo com o seu papel, baseado na sua consciência de servir a população, defendendo a bandeira do seu partido e se postando a favor do que for bom para os munícipes e não servindo de capacho para ninguém. A sociedade que acompanha o desenrolar dos acontecimentos, também políticos e lideranças, concordam que é inaceitável em tempos atuais, que gente que sequer exerceu qualquer cargo público, pessoas “queimadas na sociedade” diante de tudo o que pesa contra elas, ainda imaginem gerenciar o grupo político de oposição, que, em tese, é comandado pelo ex-prefeito Júlio, derrotado em 15 de novembro passado.
O vereador esclarece na entrevista, que não possui qualquer sentimento de vingança, apesar de se sentir magoado com tantas calúnias, seguirá mantendo a sua conduta, pois entende que a maioria da população apoiou sua postura. Willian disse que irá acionar os órgãos competentes para que sejam identificados e punidos os autores das fake news, afinal é um crime previsto em Lei e na condição de pessoa pública, não pode permitir que calúnias e difamações manchem a sua história de lutas, o seu legado de muito trabalho. “Sei que minha condição de pessoa humilde, que teve a graça de se tornar representante do povo, causa incômodo a alguns, no entanto, sou um homem religioso, tenho fé em Deus e creio que ele está vendo minha luta para contribuir com o bem da população. Ele fará justiça a meu favor”.
Segundo especialistas políticos que acompanham de perto a realidade em Paramirim, um episódio parecido de perseguição a vereador, já ocorreu no passado, protagonizado pelo mesmo grupo e em resposta, a sociedade se posicionou, ofertando apoio ao então vereador que ousou desafiar o “Rei”. Ainda segundo entendidos em estratégias políticas, o grupo derrotado nas últimas eleições, poderá sofrer importantes baixas daqui por diante, pois, ainda não perceberam que existe uma nova realidade, novas cabeças pensantes e o desejo latente de respeito, paz e renovação contínua no formato da política local. Nesse novo conceito, não há espaço para o endeusamento de lideranças, mas sim, o compromisso de união para servir cada vez melhor a população.