
Servidores terceirizados de mão de obra na Saúde de Feira de Santana estão fazendo uma vaquinha para conseguir comprar alimentos, já que estão com salários atrasados, entre dois e três meses.
A vereadora da cidade Lu de Ronny (PV) foi a responsável pela denúncia e criticou a contratação de funcionários através de organizações de terceirização, como InSaúde (Instituto Nacional de Pesquisa e Gestão em Saúde).
“O prefeito Colbert Martins (MDB) disse que a categoria não tem que questionar sobre salários atrasados com ele, mas foi ele quem contratou a empresa”, comentou durante seu discurso na Câmara Municipal nesta quarta-feira (26).
Além disso, segundo o também vereador Emerson Minho (PP), os trabalhadores da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Queimadinha foram atrás da Casa Legislativa na tentativa de arrecadar recursos para conseguir ter acesso à cesta básica.
A empresa, que gere essa unidade, não adquiriu a quantidade necessária dos materiais e insumos para o atendimento dos pacientes, de acordo com o parlamentar.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) explicou os motivos dos atrasos dos salários, informando que a empresa atrasou “a entrega de documentos essenciais por parte da empresa.”
Veja a nota na íntegra:
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) não pôde efetuar o repasse à empresa In Saúde, que gerencia a UPA Queimadinha, devido ao atraso na entrega de documentos essenciais por parte da empresa.
Na última sexta-feira (21), a In Saúde entregou a documentação pendente, que agora está sendo verificada pela SMS para que o repasse seja realizado o mais rápido possível. Neste ano, a SMS já repassou R$ 5.550.272,91 à empresa.
O contrato firmado entre a SMS e as empresas licitadas exige que essas instituições possuam saúde financeira suficiente para cumprir todas as suas obrigações legais, incluindo o pagamento de salários dos trabalhadores terceirizados, recolhimento de impostos e aquisição de materiais necessários para a prestação dos serviços.