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8 de dezembro de 2024
Bahia

PSD exige troca de ministério e apoio ao governo Lula fica ameaçado

Em clima de tensão após a rejeição do PT ao líder do PSD, Antonio Brito (PSD-BA), na disputa pela presidência da Casa, a bancada da sigla na Câmara ameaça romper o apoio ao governo Lula. O partido tem o comando de três pastas: Minas e Energia, Agricultura e Pesca e a bancada quer trocar Pesca e Aquicultura comandada pelo deputado André de Paula (PSD-PE).

Na avaliação de deputados do PSD ouvidos pelo UOL, o partido precisa de uma pasta que dê “mais resultados” nos estados para a reeleição dos parlamentares em 2026. A estrutura tem um orçamento baixo (R$ 356 milhões, previsto na lei orçamentária de 2024) e pouca capilaridade em estados e municípios.

A relação entre o PSD e o governo Lula começou a tensionar depois da rejeição a Brito (PSD-BA), na disputa pela presidência da Casa. Os petistas escolheram apoiar o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), indicado pelo atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). O partido considera que houve uma traição do PT Aliado a isso, uma boa parte da bancada acha que o governo vai mal nas questões econômicas e pautas ideológicas.

Percalços – o governo deve enfrentar dificuldade na aprovação do pacote de corte de gastos. Brito, que também lidera o segundo maior bloco da Câmara —formado por MDB, PSD, Republicanos e Podemos—, demorou para assinar o requerimento de urgência dos projetos de contenção de despesas. O atraso foi fruto do descontentamento crescente da sua bancada.

Votação das urgências foi apertada e coloca em risco a aprovação das propostas. Apesar da orientação favorável de Brito, dos 44 parlamentares que compõem o grupo na Casa, 20 e 27, respectivamente, votaram contra os dois requerimentos de urgência dos projetos de contenção de despesas.

Os deputados afirmam que os votos contrários devem se repetir ou até aumentar na votação das propostas. O governo precisa de, pelo menos, 257 votos para aprovar um dos textos e 308 votos para a PEC do pacote de corte de gastos.