Em campanha para chegar ao seu terceiro mandato no Planalto, Lula prometeu, em 2022, acabar com a fila de espera por benefícios no INSS. “É possível fazer. Se nós voltarmos, vamos fazer isso porque o mundo digitalizado está muito mais moderno e as pessoas que fizeram a primeira vez estão todas vivas e muito dispostas a trabalhar”, disse o presidente.
De acordo com a coluna Radar, da revista Veja, prestes a terminar seu segundo ano de mandato no Planalto, Lula não conseguiu fazer com que “o mundo digitalizado” e “mais moderno” chegue para 1,8 milhão de brasileiros que estão na fila do INSS, em dados atualizados em setembro.
Nessa primeira metade de mandato, Lula cobrou ações de seus auxiliares para resolver a questão, justiça seja feita, mas diferentes fatores relacionados ao próprio modo de organização de um governo de esquerda — mais sujeito a movimentos trabalhistas — tornaram a tarefa uma missão quase impossível.
O presidente Lula vai fechar o segundo ano de governo com uma de suas principais promessas ainda distante de ser cumprida. Para se ter uma ideia, apenas em São Paulo, diferentes greves de trabalhadores do setor de previdência elevaram em 53% impacto das paralisações trabalhistas na área, fizeram a fila crescer 53%.
Em defesa de quem opera diariamente a máquina do governo, é sempre bom lembrar que o INSS recebe e analisa, todos os meses, cerca de 1 milhões de novos processos, o que deixa pouco espaço para avançar sobre o que está represado sem novos investimentos.