Durante entrevista à rádio 95 FM, de Jequié, na tarde desta quarta-feira (23), o senador Angelo Coronel (PSD) comparou o Partido dos Trabalhadores ao “nazismo”, questionou a força do governo Jerônimo Rodrigues (PT) e voltou a sinalizar com um possível rompimento com o grupo petista.
Coronel criticou a ideia de o PT preencher todas as vagas da chapa majoritária baiana em 2026, comparando a sigla aos “nazistas” que queriam dominar e importar uma “raça pura”. Segundo ele, a gestão Jerônimo não é “essa coca-cola” para o PT ter a intenção de emplacar três nomes na composição do próximo ano.
“Antigamente, os alemães, os nazistas, Hitler queria sempre manter uma raça pura. Sem nenhuma conotação ao extremo passado, mas inadmissível o PT, de quatro (vagas na chapa majoritária), ele querer três. E, se o MDB se abrir, ele quer fazer até quatro cargas da chapa. Isso é inadmissível. A política é aliança. É a arte de somar e ninguém pensa que a situação é assim essa cola-cola, essa paciência toda para ter essa potência de querer achar que pode fazer uma chapa completa só com um partido”, disse Coronel.
Coronel ainda reafirmou que, se o PSD ficar fora da chapa, pode haver uma brincadeira. De acordo com ele, “a aliança sempre tem um prazo de validade”. “O PSD não concorda com isso (do PT ter três nomes na chapa). Nós somos aliados e a aliança sempre tem um prazo de validade. Se o grupo que está dominando a Bahia, está com o poder, achar que deve excluir o PSD da chapa, Angelo Coronel, vamos sentar com o diretório estadual e nacional para ver qual o boato que vamos tomar”, acrescentou.
O senador Jaques Wagner (PT) e o presidente do PT na Bahia, Éden Valadares, defenderam que a chapa majoritária do governo seja composta por Jerônimo, pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), e pelo próprio Wagner.