
O ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, criticou o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), após uma declaração polêmica do petista durante agenda no município de João Dourado, na última sexta-feira (2). Em discurso, Jerônimo sugeriu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus representantes foram levados “para a vala”.
Para ACM Neto, a declaração foi uma ofensa não apenas aos adversários políticos, mas também aos cidadãos baianos que não votaram no governador.
“A Bahia hoje tem um governador que defende tratar bandidos com amor e carinho, e ao mesmo tempo colocar adversários políticos numa vala. É isso mesmo. Essas são as palavras do governador do PT, Jerônimo Rodrigues. Aliás, é impressionante como essa turma prega uma coisa e faz outra completamente diferente. São, em tese, defensores da democracia, do respeito às instituições, das diferenças e liberdades”, disparou Neto.
“Mas está aí uma declaração do governador Jerônimo Rodrigues, que enviou o Brasil inteiro, que não é desrespeitosa apenas com adversários políticos, mas também com muitos cidadãos baianos que não votaram nele e que não votaram no PT”, acrescentou.
A frase de Jerônimo mais criticada foi: “Bota uma ‘enchedeira’ […] uma retroescavadeira, bota e leva tudo para a vala”, dita em tom de indignação.
ACM Neto afirmou que a declaração extrapola os limites da política e atinge os princípios democráticos.
“Governador Jerônimo Rodrigues, ao invés de trabalhar para resolver os gravíssimos problemas do nosso Estado, a exemplo da segurança pública, não. É uma pérola atrás da outra. Aliás, é impressionante, eu fico estarrecido e ao mesmo tempo envergonhado com a capacidade do governador Jerônimo de bobagem. Agora, não foi falar apenas uma bobagem política, foi uma ação contra a democracia e contra a vida”.
Neto pediu que o governador se retratasse: “Eu peço ao governador Jerônimo que tenha pelo menos a humildade de se desculpar com milhões de pessoas que não votaram nele, porque, governador, já que o senhor não é capaz de reconhecer as falhas, os erros e os defeitos do seu próprio governo, pelo menos tem a decência de consideração que o senhor erra quando diz que é para colocar oponente em vala e quando quer tratar bandido com amor e carinho”.