
Rodrigo Pimentel, ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), expressou sua insatisfação nesta quinta-feira (5) em relação à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Segurança Pública, proposta pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Durante sua participação no evento SOS Bahia, promovido pela Fundação Índigo em Salvador, Pimentel destacou que a iniciativa não ocorre anualmente nas vozes dos governadores.
“Os governadores estaduais não foram ouvidos, os policiais militares não foram ouvidos, os policiais civis não foram ouvidos. É quase que uma imposição aceitar isso aí para receber recursos. Essa é a grande verdade”, afirmou o ex-capitão.
Pimentel também manifestou sua preocupação em relação ao programa de “saidinhas” de presos, questionando a veracidade dos dados apresentados pelo ministro.
“Uma saidinha aqui na Bahia em 2023. Em dezembro de 2023. 311 presos, todos reforçaram membros de facção. Foram colocados em liberdade. 38 não retornaram. Ou seja, muito mais do que aqueles 5% que o Lewandowski afirma. Ah, mas só 5% que não voltaram. Mentira, isso é mentiroso”, desafiou ele.
O evento “SOS Bahia”, realizado pela Fundação Índigo, vinculado ao partido União Brasil, reúne especialistas para discutir temas relacionados à Segurança Pública.