O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, criticou a situação da saúde pública na Bahia, com foco na crise da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) de Caetité. Ele fez as declarações durante a Missa do Vaqueiro, em Lagoa Real.
Acompanhado de lideranças políticas de Lagoa Real e do deputado federal Paulo Azi, Neto lamentou a dificuldade que os pacientes com câncer enfrentam, atribuindo a situação à falta de sensibilidade do governo do Estado. Ele destacou que muitos pacientes do interior precisam viajar longas distâncias para serem atendidos em Salvador, como no Hospital Aristides Maltez. “Tem gente lá que vem do oeste da Bahia, que anda mais de mil quilômetros para ser atendido em Salvador. Isso é um erro. A gente precisa levar o tratamento contra o câncer para o interior”, afirmou.
A crise na Unacon de Caetité levou a Prefeitura a reassumir a gestão do Hospital Municipal em fevereiro, após problemas de salários atrasados e ameaça de paralisação dos serviços. A gestão municipal vem buscando recursos para manter a Unacon funcionando da melhor forma. Para Neto, é um “descaso” do governo estadual, que, segundo ele, estaria “praticamente encerrando as atividades” da unidade.
Ele responsabilizou o governador Jerônimo Rodrigues pela precarização dos serviços e pela “fila da morte” na regulação da Bahia. Neto defendeu a expansão dos serviços de oncologia no interior do estado, pedindo mais sensibilidade por parte do governo.