
O fonoaudiólogo Rômulo Vianna, natural de Paramirim (BA), será coautor de uma obra inédita sobre a Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), da Organização Mundial da Saúde (OMS). Com lançamento previsto para novembro, o livro reunirá capítulos de especialistas e abordará o uso do modelo biopsicossocial nas políticas públicas do Brasil.
A participação de Rômulo foi confirmada após destaque no 32º Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia, onde sua palestra teve ampla repercussão. A CIF amplia o conceito de saúde ao incluir fatores sociais, psicológicos e ambientais que influenciam a funcionalidade das pessoas no dia a dia.
O objetivo desta obra é demonstrar como este modelo pode ser aplicado de forma prática no Sistema Único de Saúde e em outras instâncias de gestão pública. No Brasil, são raros os livros que abordam a CIF voltada às políticas públicas, tornando essa publicação uma contribuição importante para o tema.
A maioria da literatura sobre o assunto continua concentrada em países como Estados Unidos e em periódicos técnicos internacionais. Com linguagem clara e abordagem prática, o livro busca democratizar o acesso ao conhecimento técnico e promover melhorias na atenção à saúde.
Rômulo é especialista em saúde pública e possui um currículo extenso, com prêmios, publicações científicas e experiência em projetos sociais relevantes. Apesar de residir em São Paulo, o fonoaudiólogo mantém vínculos com Paramirim, onde realiza ações voluntárias e compartilha conhecimento com a população.
Sua inclusão como coautor destaca a valorização de profissionais do interior e fortalece a presença nordestina em debates técnicos de alcance nacional. A expectativa é que a obra se torne referência para profissionais, gestores e estudantes, contribuindo para práticas mais humanas e inclusivas no SUS.
O livro representa não apenas um avanço técnico, mas também um passo em direção à valorização do cuidado integral e da funcionalidade como eixo da saúde. Segundo Rômulo, o reconhecimento é motivo de orgulho pessoal e coletivo, pois mostra como o interior do Brasil também gera produção científica de excelência.