
Um menino de 4 anos está internado na UPA 24h de Caetité desde a manhã desta segunda-feira (16), com sintomas graves e suspeita de meningite. Gustavo de Jesus Rocha deu entrada na unidade com quadro severo, incluindo paralisia corporal. O estado de saúde inspira cuidados intensivos e contínuos.
De acordo com o relatório médico, a criança precisa com urgência de uma vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), devido ao avanço dos sintomas. O nome de Gustavo foi inserido na lista de regulação estadual, mas até o momento a transferência ainda não foi autorizada, aumentando a angústia da família.
Os pais pedem intervenção urgente das autoridades de saúde, temendo que a demora possa resultar em complicações irreversíveis ou risco de morte. A meningite é uma inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos.
Nos casos mais graves, como o suspeito em Caetité, a doença pode evoluir rapidamente, provocando danos neurológicos ou levar à morte em poucas horas. Segundo a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), o estado já registrou 446 casos confirmados de meningite apenas em 2024, um aumento de 141% em relação a 2020.
O crescimento preocupa especialistas, que alertam para a importância da vacinação e do diagnóstico precoce para conter o avanço da doença. Na semana passada, outro caso foi registrado em Guanambi, a cerca de 40 km de Caetité, reforçando o alerta para um possível surto regional da doença.
A meningite bacteriana é considerada a forma mais grave, exigindo internação imediata e tratamento com antibióticos e suporte hospitalar intensivo. Febre alta, rigidez na nuca, vômitos, sensibilidade à luz, sonolência e confusão mental são sintomas comuns, especialmente em crianças pequenas.
Em casos mais avançados, o paciente pode apresentar convulsões, dificuldade respiratória, perda de consciência ou até falência de órgãos. A vacina é a principal forma de prevenção. O SUS oferece gratuitamente doses contra os principais tipos de meningite bacteriana no calendário infantil.
A Sesab afirma que monitora a situação e trabalha junto à Central Estadual de Regulação para acelerar os encaminhamentos conforme a gravidade dos casos. Enquanto isso, a família de Gustavo aguarda com esperança por uma vaga de UTI, temendo que o tempo perdido se torne determinante no desfecho do caso.