
Durante entrevista à Rádio 95 FM, em Jequié, nesta terça-feira (17), o ex-prefeito de Salvador ACM Neto fez duras críticas ao governador Jerônimo Rodrigues (PT). Na avaliação de Neto, Jerônimo comanda o que classificou como “o pior governo da história da Bahia”, apontando falhas graves em áreas essenciais como saúde e segurança.
“Eu sabia que não seria uma boa gestão, mas não imaginei que fosse tão ruim. É desastroso para a Bahia e para os baianos”, declarou o líder do União Brasil. Para embasar suas críticas, Neto citou a crise da fila da regulação na saúde pública como um símbolo da ineficiência administrativa do governo petista.
Segundo ele, o problema persiste há mais de 20 anos e o atual governo não apresentou soluções efetivas, o que estaria causando mortes evitáveis na rede estadual. Ao falar sobre segurança pública, Neto afirmou que a Bahia vive uma escalada alarmante da violência, resultado direto da falta de controle do Estado sobre o crime.
Conforme suas declarações, facções criminosas e o tráfico de drogas avançaram não apenas na capital, mas também em diversas cidades do interior baiano. “É triste ver que um Estado antes pacífico se tornou um território dominado pelo crime organizado. Isso é reflexo da omissão e da incompetência”, afirmou.
Mesmo reforçando seu papel como adversário político, o ex-prefeito afirmou que sua análise não é motivada apenas por disputa, mas por fatos concretos. “Jerônimo é, sem dúvida, o pior governador da série histórica da Bahia. Isso não é opinião isolada, é uma constatação a partir da realidade que vemos”, concluiu.
No contexto nacional e estadual, as falas de ACM Neto esquentam o clima político que já antecipa os embates das eleições de 2026, tanto na Bahia quanto no Brasil. Políticos de oposição têm intensificado discursos críticos, apostando na insatisfação popular com governos petistas para tentar reverter o cenário eleitoral.
Mesmo sem anunciar candidatura oficial, Neto é visto como um possível nome forte para a sucessão estadual ou até para compor chapas majoritárias a nível federal. Enquanto isso, o governo Jerônimo tenta conter os ataques com a divulgação de ações nas áreas sociais, educação e infraestrutura, buscando reconquistar apoio. Nos bastidores, a avaliação é de que a disputa de 2026 na Bahia promete ser uma das mais polarizadas e intensas da história recente do estado.