Coronel comenta possível saída de Wagner da disputa ao Senado e diz que “não vai escalar o time do PT”

A possível desistência de Jaques Wagner (PT) da corrida pelo Senado em 2026, para coordenar a campanha de Lula, movimentou os bastidores da política baiana. Bastou a informação circular nos corredores de Brasília para gerar repercussões, entre elas, a do senador Angelo Coronel (PSD), que não ficou em silêncio. Com a possibilidade de Wagner abrir espaço na chapa governista, Coronel foi direto: “O Senado perderá um grande quadro, caso ele desista”, afirmou.

Durante entrevista concedida na festa de São João da Assembleia Legislativa, o senador destacou a importância do petista no cenário político nacional. “Ele vem fazendo um grande trabalho no Senado. Se não for candidato, será uma grande perda”, declarou Coronel, que foi eleito junto com Wagner em 2018. Entretanto, Coronel reforçou que “não sou eu que vou escalar o time do PT”, e defendeu a autonomia de seu partido nas decisões eleitorais.

Firme, também mandou recado: “Assim como não aceitamos interferência no PSD, não temos o direito de interferir nos rumos do PT”, frisou. Governista, o senador admite, porém, que a política é fluida e “nada está descartado”, quando questionado sobre possível aproximação com a oposição. Hoje, na base de Jerônimo Rodrigues (PT), Coronel evitou fechar qualquer porta e disse que quem decidirá o caminho será o seu partido, o PSD.

“Jamais vou me antecipar. O PSD é quem vai definir sua posição. Eu sou apenas um soldado da legenda”, ponderou, em tom político calculado. Keen para manter sua posição, Coronel revelou que sua preferência, se disputar a reeleição, é manter a dobradinha com Jaques Wagner, e não com Rui Costa. Lembrando os resultados da eleição de 2018, os dois tiveram votações expressivas e parecidas: Wagner com 3,6 milhões e Coronel com 3,3 milhões de votos.

Mesmo rifado de forma precoce da chapa idealizada pelo PT, Coronel não esconde que quer estar na disputa e manter sua vaga no Senado Federal. No campo nacional, o senador endossou a fala do ex-ministro José Dirceu (PT), que defendeu Rui Costa como sucessor natural de Lula em 2026. “Opinião minha: Rui se desenvolveu muito em Brasília, tem força política e conhecimento. É, sim, um nome forte para o futuro”, afirmou Coronel.

Por ora, o PSD continua oficialmente aliado ao governo Lula e ao governador Jerônimo, mas os movimentos do senador sinalizam um alerta estratégico. Questionado sobre uma eventual migração para o campo de ACM Neto (União Brasil), Coronel foi pragmático: “Política muda o tempo todo. Nada está descartado.” 

Ressaltando que sua lealdade é ao partido, Coronel deixou claro que sua permanência na base depende do cenário que se desenhar nos próximos meses. Segundo ele, os próximos passos dependerão das articulações internas, tanto em nível estadual quanto nacional, respeitando a liderança do PSD. Tudo indica que os próximos capítulos da sucessão baiana deverão colocar à prova as alianças e os egos de figuras centrais da política local. Última palavra, por ora, é de cautela. Mas Angelo Coronel está no jogo e, ao que tudo indica, disposto a lutar pela reeleição.

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