
Estudantes da comunidade de Tanquinho, na zona rural de Brumado, denunciaram nesta quinta-feira (19) a precariedade do transporte escolar oferecido pelo município. As queixas incluem superlotação, bancos danificados, portas amarradas com correntes e nuvens de poeira que se formam durante o trajeto de aproximadamente 10 quilômetros.
Mesmo com as janelas fechadas, os alunos relatam que a poeira entra pelas frestas do assoalho e pelas partes desgastadas do veículo, tornando o ambiente insalubre. Bastante preocupados, os estudantes afirmam que a situação persiste desde o início do ano letivo e que, apesar das reclamações, nenhuma solução foi apresentada até o momento.
Com o passar dos meses, a condição dos veículos teria piorado, prejudicando o rendimento escolar e colocando em risco a saúde e a segurança dos usuários. De acordo com imagens enviadas à redação, é possível observar bancos rasgados e improvisações que colocam em dúvida a segurança do transporte fornecido pela prefeitura.
Estudantes também relatam que em alguns dias o veículo circula com mais passageiros do que a capacidade recomendada, o que agrava ainda mais o desconforto e o perigo. Fiscalização por parte do poder legislativo municipal também foi cobrada pelos moradores, que esperam uma atuação mais efetiva dos vereadores no acompanhamento do problema.
Grupos de pais e responsáveis reforçaram o apelo por medidas urgentes, apontando que o transporte escolar é um direito básico garantido pela Constituição. Honrar esse direito, segundo eles, é garantir acesso digno à educação e respeito às condições de aprendizado das crianças e adolescentes da zona rural.
Integrantes da comunidade afirmam que já encaminharam denúncias ao Ministério Público, buscando providências diante da omissão do poder público local. Jovens afetados pela situação dizem temer pela própria integridade física ao embarcar diariamente em um transporte que consideram instável e perigoso.
Kits escolares sujos de poeira e roupas manchadas se tornaram parte da rotina dos alunos, que relatam dificuldade para se concentrar durante as aulas após o trajeto. Líderes comunitários defendem que o município deve rever os contratos e realizar manutenções regulares nos veículos que atendem à zona rural.
Mais do que conforto, os estudantes pedem dignidade e segurança para continuar frequentando a escola com regularidade e tranquilidade. No momento, a prefeitura ainda não se manifestou oficialmente sobre as denúncias, embora moradores aguardem uma resposta urgente e ações concretas.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais, onde internautas demonstraram indignação e solidariedade às famílias afetadas. Por fim, os estudantes esperam que a exposição pública do problema resulte em melhorias efetivas e no fim de anos letivos marcados pela precariedade no transporte.