Atentado suicida em igreja na Síria deixa dezenas de mortos e feridos

Ao menos 20 pessoas morreram e 52 ficaram feridas após um ataque suicida dentro da Igreja Ortodoxa Grega Mar Elias, em Dweil’a, nos arredores de Damasco. Baseado em informações divulgadas pelo Ministério do Interior da Síria, o autor da explosão era um homem-bomba ligado ao grupo terrorista Estado Islâmico. Crianças estão entre os mortos e feridos. O ataque aconteceu no momento em que diversos fiéis participavam de uma celebração religiosa no templo.

Durante o atentado, testemunhas relataram cenas de pânico, fumaça intensa, gritos e correria. Fiéis tentavam socorrer os feridos ainda dentro da igreja. Entidades religiosas e grupos de direitos humanos condenaram o atentado, classificando o ato como bárbaro, covarde e direcionado à minoria cristã. Fato agravante é que o ataque ocorreu em um contexto político instável, no qual o governo sírio busca apoio de minorias religiosas para manter a ordem.

Grupos internacionais temem o ressurgimento de células extremistas em áreas anteriormente controladas por forças rebeldes e organizações terroristas. Há anos, a Síria enfrenta os efeitos devastadores da guerra civil, com regiões inteiras marcadas por destruição, deslocamentos forçados e radicalização. Inúmeras tentativas de estabilização do país vêm sendo feitas pelo novo governo de transição, liderado pelo presidente Ahmed al-Sharaa, sem sucesso pleno.

Jamais houve um atentado tão brutal a uma igreja desde o início do conflito civil sírio, o que aumenta o clima de tensão entre os grupos religiosos locais. Lideranças cristãs locais pediram reforço internacional para garantir a segurança de igrejas e comunidades religiosas ameaçadas por extremistas armados.

Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores da Grécia condenou o ataque e exigiu responsabilização imediata dos envolvidos no atentado terrorista. Na declaração oficial, o governo grego pediu que as autoridades sírias garantam segurança às comunidades cristãs e a todos os grupos minoritários. O presidente Ahmed al-Sharaa reafirmou o compromisso com a proteção das minorias e disse que a luta contra o terrorismo continuará com mais firmeza.

Permanecem as dúvidas sobre a capacidade do governo de controlar todas as regiões do país, especialmente aquelas ainda sob influência de milícias armadas. Quase simultaneamente ao ataque, imagens de destruição circularam nas redes sociais, aumentando o apelo por ações internacionais e ajuda humanitária. 

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