
A completa ausência dos deputados baianos do PSD na votação do IOF acendeu o alerta no Planalto sobre o afastamento da sigla da base governista. Embora aliado histórico do PT na Bahia, o PSD evitou se comprometer com Lula, mesmo diante de uma derrota humilhante para o governo na Câmara.
Dos 42 deputados do partido, 26 votaram contra o decreto. Nenhum baiano registrou voto, o que sinaliza cálculo político para 2026. O silêncio da bancada baiana parece mais uma manobra para evitar desgaste com o Planalto sem contrariar a tendência do PSD nacional.
Lideranças da sigla já articulam projetos próprios para 2026 e testam a autonomia longe do lulismo na Bahia e em Brasília. O senador Otto Alencar, que comanda o PSD baiano, ainda não se manifestou publicamente, mas nos bastidores o distanciamento é claro. A movimentação fortalece especulações de que o PSD pode abandonar de vez a base de Lula e se lançar como força de centro no próximo pleito.
Nos bastidores, o Planalto vê a ausência como um recado, o PSD quer liberdade para negociar alianças conforme a maré política de 2026. Enquanto isso, a base do governo se fragmenta. Lula perde aliados e coleciona derrotas no Congresso, sem reação clara para conter a sangria. A fragilidade da articulação petista pode acelerar a debandada. O PSD pode ser só o primeiro de vários a deixar o barco antes da tempestade.