
Enquanto a Bahia enfrenta desafios reais, secretários e deputados já ensaiam o teatro da eleição de 2026. O palco? A estrutura do governo. Deputados reclamam que viraram figurantes. Secretários assumem os holofotes, ignoram aliados e tratam prefeitos como cabos eleitorais de luxo. Surpreende a pressa, a eleição nem começou, mas já tem gente usando obras como palanque. Prefeitos ganham atenção, parlamentares ganham chá de cadeira.
Cenas de bastidor mostram uma guerra fria digna de série política. Teria sabotagem e negociação no fio do bigode, tudo com verba pública, claro. Segundo relatos, Sergio Brito, da Infraestrutura, virou o rei da máquina. Faz composições, costura apoios e carimba obras como se já estivesse eleito. Candidatíssimo, Brito ainda foi cogitado para o TCM, com aval de Otto Alencar. Mas parece preferir mesmo a cadeira na Câmara dos Deputados.
Jayme, da Companhia De Engenharia Hídrica E De Saneamento Da Bahia (Cerb) e do MDB, também entrou no jogo. Recebe até desafetos do governo com tapete vermelho. E ainda tem gente que se diz surpreso. Larissa, da Secretaria De Infraestrutura Hídrica E Saneamento (SIHS), e Jusmari, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (SEDUR) acumulam queixas. Dizem que suas pastas mais parecem diretórios eleitorais do que secretarias estaduais. Pablo, recém-chegado à Agricultura, já ensaia seus passos na dança eleitoral. Por enquanto, ninguém sabe se planta mais votos ou projetos.
Ângelo, Osni e Augusto também querem uma vaga na Assembleia. Pelo menos esses ainda não viraram alvo direto da metralhadora parlamentar. Jerônimo, ao que tudo indica, finge que não vê. O governo parece mais preocupado com alianças do que com entrega real à população baiana. Enquanto isso, o povo assiste de longe à montagem do circo. Com ingresso caro, sem pipoca e com as promessas de sempre no script.