Representantes de postos disseram que a estimativa do governo de queda de R$ 0,11 por litro com mais etanol é “completamente irreal”. Paranapetro afirmou que, com base nos dados da Petrobras e Cepea, o impacto real seria de no máximo R$ 0,015 para distribuidoras.
Fecombustíveis, que representa sindicatos de postos, prevê redução máxima de apenas R$ 0,02 por litro, bem abaixo do número do governo. O etanol anidro representa só 12,7% do preço final da gasolina, segundo a Petrobras. Restante vem da gasolina, tributos e margens.
Na semana passada, o litro da gasolina custou R$ 6,23. Desses, R$ 2,08 são da Petrobrás, R$ 0,79 do etanol e o resto de impostos e lucros. Segundo a Fecombustíveis, o repasse depende da política de compra de cada distribuidora e do mercado, que é volátil e com variações diárias.
Paranapetro reforça que redução mínima só chega aos postos se houver repasse das distribuidoras, o que não é garantido em todos os casos. Ministério de Minas e Energia argumenta que mais etanol fará o Brasil virar exportador de gasolina, reduzindo o custo ao adotar a paridade de exportação.
Petrobras, porém, não segue mais a paridade de importação. Mantém defasagem, como prometido por Lula para “abrasileirar” os preços. Durante cerimônia, o ministro Alexandre Silveira afirmou que o governo “está vencendo a batalha” contra o preço alto dos combustíveis.