
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) sancionou nesta sexta-feira (27) a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) com previsão de R$ 72 bilhões no orçamento da Bahia para 2026. A estimativa inclui R$ 60 bilhões do tesouro estadual e R$ 12 bilhões vindos de outras fontes, como operações de crédito e transferências. Investimentos somam R$ 10,2 bilhões, com foco em obras públicas, energia e educação, áreas estratégicas no ano eleitoral.
Movimento visa impulsionar a imagem do governo em meio à corrida por apoio político para as eleições estaduais de 2026. Segundo o governo, o estado pretende manter o equilíbrio fiscal e a meta de endividamento abaixo de 52% da receita líquida. Projeções da Superintendência de Estudos Econômicos (SEI) apontam crescimento de 3,1% do PIB baiano, impulsionado pelo novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Estruturação de políticas sociais também é prioridade, com destaque para o programa Bahia Pela Paz e o fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
Objetivo é reduzir a violência, promover cidadania e ampliar o atendimento à população em vulnerabilidade. Cálculo político é inevitável, os bilhões previstos seduzem aliados e aquecem os bastidores da disputa eleitoral que se aproxima. Aliados do governo veem no pacote uma chance de mostrar serviço e fidelidade ao projeto petista de continuidade no estado. Capilaridade das obras pode ser usada como vitrine eleitoral, beneficiando lideranças locais ligadas ao governo estadual.
Com a LDO aprovada, o governo se antecipa ao debate do orçamento definitivo e constrói terreno político para 2026. Estratégia inclui atender regiões com baixa presença petista, ampliando o campo de alianças em troca de obras e emendas. Rodrigues busca manter a base unida e fortalecer seu nome como principal articulador do grupo político no estado. Mensagem final é clara, o orçamento de R$ 72 bilhões não é só número, é também munição eleitoral.